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Filme "Máscaras" de Noémia Delgado |
O filme ilustra rituais seculares do nordeste transmontano, próprios do Ciclo de Inverno, associados ao solstício e à iniciação dos jovens na idade adulta. É uma das obras representativas do Novo Cinema português no documentário e a mais representativa obra do uso do cinema directo na prática da antropologia visual.
Filmado por Noémia Delgado entre o Natal de 1974 e a quarta-feira de cinzas de 1975, em Varge, Grijó da Parada, Bemposta, Pondence, Rio de Onor e Bragança, o filme é exibido na segunda-feira, às 21:30, na sala Félix Ribeiro da Cinemateca Portuguesa, com a presença da gestora cultural Luísa Soares de Oliveira.
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A apresentação do filme documental de Noémia Delgada, no âmbito do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (FIMFA-Lx16), justifica-se por refletir a relação "entre a arte da marioneta e artistas de várias áreas, ou a relação entre a marioneta e o cinema", refere em comunicado a Cinemateca Portuguesa
, citada pela Agência Lusa.
Nascida em Angola, Noémia Delgado foi com um ano para Moçambique onde viveu a infância e a adolescência, e chegou a Portugal em 1955. Casou-se dois anos depois com o poeta Alexandre O’Neill (1924-1986). Como realizadora, a sua obra mais conhecida é Máscaras, de 1976, inspirada nos trabalhos etnográficos de Benjamim Pereira.
Realizou cerca de 20 filmes, entre os quais «Mafra, o barroco europeu», «O Canto da sereia, «Walpurgis» e «A estranha morte do professor Antena».
Na televisão, assinou, entre outras, as séries «Palavras herdadas», «TV artistas», «Arte Nova e Deco no norte de Portugal» e «O trabalho do ouro e da prata no norte».