![]() |
Azurite |
PUB
Anuncie no Notícias do Nordeste! Contacte-nos!
Consulte a tabela de preços
Há pouco mais de vinte anos, a Comissão para os Novos Minerais da International Mineralogical Association (IMA), entidade credenciada para o efeito, propôs (in “The Canadian Mineralogist”, Vol. 33, pp. 689-690,1995), como nova definição de mineral, “um elemento químico ou um composto, geralmente cristalino, gerado por um processo geológico”. Mais simples e abrangente, inclui as espécies excluídas pela anterior definição, que alguns autores referiam por mineraloides, e, até, o gelo.
Ainda que cristalinas, não são consideradas minerais as substâncias orgânicas (açúcar, mentol, cânfora e muitas outras) e inorgânicas produzidas artificialmente (sulfato de cobre, bicarbonato de sódio, iodeto de potássio e muitos, muitos outros). Hoje em dia, são muitos os chamados sintéticos, isto é, substâncias química e estruturalmente semelhantes a determinadas espécies minerais produzidas (sintetizadas) em laboratório e/ou industrialmente. O diamante, o rubi, a safira, a esmeralda ou o quartzo sintéticos não são, pois, minerais. A sua produção com fins tecnológicos de ponta é hoje uma rotina.
Por tradição, o conceito de CRISTAL implicava o carácter poliédrico (facetado) do sólido, fosse ele uma substância mineral ou orgânica, natural ou produzida artificialmente.
Tal concepção foi abandonada a partir do momento em que se tornou conhecida a estrutura íntima, à escala atómica, dos corpos no estado sólido. Assim, cristal é hoje entendido como uma porção uniforme de matéria cristalina, limitada ou não por faces planas bem definidas.
O arranjo geométrico tridimensional referido atrás é posto em evidência, entre outras manifestações, pelas faces do cristal, mas nem sempre a matéria cristalina se manifesta com a configuração de um ou parte de um poliedro. Um grão de areia de quartzo, por mais boleado que esteja, não deixa de ser parte de um cristal. Minerais e cristais são, pois, na antiga concepção de mineral, duas realidades indissociáveis.
![]() |
Opala preciosa |
A par de uma mineralogia dita pura, interessada nos aspectos científicos fundamentais desenvolveu-se uma MINERALOGIA APLICADA, visando a utilização dos minerais como matérias-primas nas mais variadas indústrias e utilizações.
António Galopim de Carvalho
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva