Começaram os ataques

|Hélio Bernardo Lopes|
Desde a manhã em que Marcelo Rebelo de Sousa se dirigiu à Assembleia da República, a fim de tomar posse como Presidente da República, que a sua ação política já nestas funções se tem saldado num êxito cabal.

Ninguém hoje pode pôr em dúvida que o Presidente Cavaco Silva já não concitava o apoio da maioria dos portugueses há uns bons anos. O que agora está a dar-se com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa deve-se, em mui boa medida, àquela realidade. O atual Presidente da República procurou mostrar-se alguém próximo dos portugueses, atento, sem distâncias desagradáveis. A sua irrequietude contém imenso de alma e de profunda sensibilidade humana e cristã.

O facto de alguém o ter apontado como o nosso Papa Francisco, ou de certa senhora, repleta de lágrimas, lhe pedir que não esquecesse as pessoas, são dois indicadores do estado de divórcio entre a grande maioria dos portugueses e os líderes da anterior Maioria-Governo-Presidente. Tal como pude escrever por vezes diversas, a generalidade dos portugueses estava farta daqueles líderes até à ponta dos seus maiores cabelos. E, sobretudo, no que respeita ao Presidente Cavaco Silva.

Mas bastaram três dias de êxito pleno, junto dos portugueses, por parte do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, para que tenham já começado as críticas e as piadas à sua ação política. Começou, indiscutivelmente, o caminho tão nosso conhecido por parte da grande comunicação social.

Esta realidade, hoje já bem visível, mostra bem como é difícil ser-se líder em Portugal. Um país onde os que de há vinham criticando o Presidente Cavaco Silva, num ápice, já lhe reconhecem agora não ter sido assim tão mau! Há até quem vaticine que Aníbal Cavaco Silva ainda virá a ser recordado e com saudade!! É, de um modo indubitável, falar para não estar calado.

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