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|Hélio Bernardo Lopes| |
E quem a não teve ainda, ou a sofreu de um modo fraco, tem o dever de estar atento às necessidades dos que se possam ter visto atingidos por tragédias muito dolorosas.
Um destes casos é o da pequenina Matilde, apenas com dezasseis meses de idade, cujos pais residem em Rio Tinto, no Concelho de Gondomar. Uma menina que luta contra uma leucemia mieloblástica aguda desde abril de 2015.
Até onde pude perceber, tal maleita não é suscetível de ser atacada em Portugal com dominância forte. Simplesmente, tal possibilidade está presente no Serviço Pediátrico de Oncologia, Hematologia e Imunologia da Clínica da Universidade de Dusseldorf, na Alemanha. Uma realidade que, só por si, comporta já um fator de esperança, mas que necessita do natural suporte material, raramente ao alcance da esmagadora maioria das famílias portuguesas.
Neste caso, o custo dos tratamentos em causa andará entre os trezentos e os quinhentos mil euros, podendo ser esse tratamento pago de um modo diferenciado. Deste montante a família conseguiu já reunir quase sessenta mil euros, pelo que se impõe continuar a suscitar, junto dos portugueses e das suas diversas instituições, a continuação das doações essenciais ao fim em causa. Um fim que ninguém com um mínimo de estigma da consciência deixará de compreender e de apoiar.
É o momento, pois, de todos nos mobilizarmos neste apoio à Matilde, como por igual a quantos possam necessitar do apoio que só a força dos grandes números pode realizar. Entre as instituições de maior peso encontram-se as autarquias da região – não só –, os grandes clubes desportivos, os grandes desportistas, os grandes empresários, todos respondendo à condução orquestral de alguém com notoriedade que possa centralizar o esforço que se requer. E se os portugueses também têm defeitos – e alguns bem desagradáveis –, têm por igual um excecional coração. Portanto, não esqueçamos: a Matilde espera por nós.