O céu de outubro começa por nos reservar uma Lua em Quarto Minguante, no dia 4, com o nosso satélite a passar a apenas 1 grau de Vénus na madrugada do dia 8.
No amanhecer do dia seguinte serão quatro os objetos do Sistema Solar “empacotados” na constelação de Leão. Júpiter, Marte, a Lua e Vénus estarão dispostos quase em linha reta, com os dois das pontas (Júpiter e Vénus) separados por pouco mais de 12 graus (aproximadamente um punho fechado, à distância de um braço esticado).
O amanhecer do dia 9 é também a altura do máximo da chuva de estrelas das Dracónidas, mas sendo uma chuva pouco intensa (embora tenha alguns surtos de maior intensidade), provavelmente não valerá a pena ficarem acordados de propósito para vislumbrar apenas um ou outro meteoro. Dia 10, a Lua passará a 3 graus de Júpiter, e dia 11 a apenas 1 grau de Mercúrio. A Lua Nova ocorrerá no dia 13. Dia 16, virados a Sudoeste ao anoitecer e separados por 3 graus, encontrarão a Lua e o único dos planetas visíveis a olho nu que não está visível de madrugada – Saturno.
Dia 17 ocorrerá o primeiro encontro cósmico do mês, com a conjunção (ponto de maior aproximação) entre Marte e Júpiter, com os dois separados por apenas meio grau.
Dia 20 a Lua estará em crescente, e dia 23, Júpiter estará mesmo a meio entre Marte e Vénus, com estes dois últimos separados por apenas 5 graus.
Devido a esta mudança, no dia 24 o Sol, no Porto, nasce às 7:56, e no dia seguinte às 6:57. A diferença é de apenas 1 minuto (menos uma hora). O segundo encontro cósmico do mês será entre o segundo e terceiro objetos mais brilhantes do céu noturno. A conjunção de Júpiter e Vénus ocorrerá no dia 26, altura em que os dois planetas passarão a apenas 1 grau um do outro.
Finalmente, quase a terminar outubro, a Lua Cheia, redonda “como um queijo” ocorrerá no dia 27.
Boas observações.
Ricardo Cardoso Reis (Planetário do Porto e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva