Desde que a designação “Origem Transmontana” esteve na base dos casos de botulismo detectados recentemente em Portugal que esta marca comercial ficou associada à generalidade dos produtos regionais, causando imensos problemas no escoamento destes produtos nos últimos tempos.
Mas os produtores e os comerciantes da região pretendem ver clarificado de uma forma definitiva esta questão, uma vez que, sublinham, a designação “Origem Transmontana” nada tem a ver com a certificação dos produtos regionais transmontanos, tratando-se apenas de uma marca comercial representativa de uma pequena empresa detentora de um negócio de fabrico e comércio de produtos alimentares, onde de se incluía a alheira.
Para esclarecer de forma cabal esta confusão o autarca de Mirandela, António Branco, juntamente com representantes da Entidade Gestora da Alheira fabricada no município foram pedir ajuda ao secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, que os recebeu em reunião no ministério.
Os representantes transmontanos transmitiram ao responsável governamental as graves dificuldades que atravessa o sector, registando-se nos últimos tempos quebras de cerca de 80% nas vendas de alheiras, o que está a causar sérios problemas para esta actividade.
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Segundo António Branco, o encontro com Leonardo Mathias foi promissor, uma vez que, referiu o autarca, “a tutela mostrou-se sensível às preocupações dos produtores de alheira e prometeu criar linhas de apoio que ajudem a clarificar a situação”.
"Estamos a falar de medidas que envolvem a parte da comunicação, mas também medidas que apoiem os nossos produtores, que estão a ultrapassar momentos difíceis. Vamos trabalhar em conjunto para que nos próximos tempos as possamos aplicar", salientou António Branco.
O mesmo sentimento foi também manifestado por Sónia Carvalho, uma das produtoras afectadas pela confusão, que também esteve presente no encontro. "Eu sinto-me confiante. Sinto que houve uma grande sensibilidade e abertura para nos ajudarem. O nome de uma marca não pode afectar uma região como está a acontecer", sublinhou Sónia Carvalho, citada pela agência Lusa.