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|Hélio Bernardo Lopes| |
A publicação dessa foto criou uma onda de revolta ao nível da generalidade dos cidadãos do mundo que acompanham o presente drama dos refugiados. Sírios ou outros.
Tal como pude escrever, foi esta fotografia que determinou a grande reação de quase toda a gente exterior à política, e não, como se tentou fazer passar, as palavras do Papa Francisco sobre a disponibilidade de cada paróquia para receber uma família refugiada. E a verdade é que o tempo tem passado, sendo que, para lá das tais duas paróquias do Vaticano, mormente em Portugal, nada se conhece neste domínio. Ao que se diz, as autoridades europeias – é o momento de rir – estão a procurar estudar o caso... Precisamente o que se vem dando com um dos Estados da União Europeia – a Hungria –, dirigida por esse democrata indefetível que é Victor Orban. Sim porque para se pertencer à União Europeia tem de ser-se uma democracia...
Fruto deste estudo intenso dos políticos europeus, e dos seus funcionários, os primeiros não se terão ainda dado conta de que os Estados Unidos andarão a estruturar um ataque nuclear preventivo à Rússia e à China. E não custa compreender este afã norte-americano, porque a Rússia, como se vai podendo ver, resiste às sanções, e porque a China, só por si, terá mesmo já ultrapassado os Estados Unidos em matéria económica e social. Até ao nível dito democrático, que nada tem que ver com a existência de um só partido.
Nos planos por si desde sempre apregoados, os Estados Unidos perderam a supremacia. Resta-lhes, pois, tentar agora aplicar os históricos e criminosos sonhos de Curtis Le May, que em tempos idos chefiou o Comando Estratégico Aéreo dos Estados Unidos. De resto, o próprio MacArthur havia pensado o mesmo, por essa altura, mas para com a China, quando se apercebeu de que não iria conseguir vencer a Guerra da Coreia.
No meio de tudo isto, a inenarrável União Europeia, agora a estuar, e com enorme profundidade, a solução que irá ser adotada para com os refugiados. Mas só com os que fogem da guerra, porque se forem refugiados económicos, nada feito. Caridade cristã? Certamente, mas com conta peso e medida. Como já se está a ver com as tais quatro mil setecentas e trinta e duas famílias que as nossas paróquias estão receber.