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À semelhança de outros trabalhos anteriores, o artista tem olhado e experienciado intensamente os espaços, os objetos e as imagens que o têm acompanhado no interior da sua casa. A casa é um lugar propício ao pensamento, à rememoração e ao devaneio, que nos faz acordar para a própria transitoriedade da vida, o curso do tempo, das vivências e das emoções. Ao mesmo tempo, sabendo-se da sua atividade profissional enquanto ator, é natural que se identifique ainda na sua obra uma pronunciada teatralidade.
A par do trabalho mais recente, realizado em 2015, a presente exposição reúne ainda um conjunto de séries como Macha, Miroirs ou Per Umbras, produzidas entre 2007 e 2010. Ao percorrermos as suas várias séries, é fácil perceber que o que fundamentalmente motiva André Gomes para a fotografia é a possibilidade de um certo alcance experiencial e poético. E esta forma de praticar a imagem conecta o trabalho de André Gomes com tendências recentes no domínio das práticas artísticas da fotografia, que usa, de algum modo como, como forma de entender o mundo.
Comissário: Jorge da Costa e Sérgio Mah
Coprodução: Município de Bragança / Centro de Arte Contemporânea Graça Morais