|Hélio Bernardo Lopes| |
Simplesmente, o tempo já lá vai há mais de quarenta e um anos, de molde que, por ensaios e erros, os portugueses lá acabaram por descobrir que toda aquela frase não passa de mero conjunto de palavras sem valor substantivo. São todos esses nossos concidadãos a falar e os portugueses logo a acreditar duzentos por cento no minuto seguinte. E atenção: esta última frase tem um autor que não sou eu.
Vem tudo isto a propósito das recentes descobertas sobre casos em que a Administração Pública terá andado a fazer análises ao programa político do PS, o que mostra muitas coisas. Mostra o pânico deste Governo, que, malgrado tudo, lá vai percebendo que o tão badalado barómetro da Universidade Católica parece conter contradições internas. Para lá de não bater certo com todos as restantes sondagens conhecidas. Cá ficamos à espera.
Mas o mais interessante, e para mais depois de tudo o que se passou – e vem passando – no domínio da Justiça, é que a ministra Paula Teixeira da Cruz lá continua, sempre reconhecendo que existiram erros, mas também sempre no desempenho de funções políticas. Para a ministra, se tudo está bem, ótimo, porque se está mal, até de um modo sistemático, enfim, foram erros.
Termino com as perguntas de Augusto Santos Silva, creio que na sua página de Facebook: quantas horas mais vai demorar o Primeiro-Ministro a propor ao Presidente da República a sua demissão e quantas horas mais vai demorar o Presidente da República a exigir ao primeiro-ministro a sua demissão?