Mariano Gago |
A partir de agora, o mais prestigiado prémio europeu de museologia científica tem o nome Mariano Gago Ecsite Awards. Foi esta a forma encontrada pelos museus e centros de ciência europeus para reconhecer a intervenção de Mariano Gago no campo da cultura científica na Europa e no mundo.
A proposta, que partiu de antigos dirigentes desta organização, com os quais o ex-ministro da Ciência e físico português José Mariano Gago colaborou activamente nos últimos anos, foi formalmente aprovada pela direcção desta instituição, que representa perto de 400 museus e centros de ciência distribuídos por 50 países e anualmente visitados por cerca de 40 milhões de pessoas, segundo um comunicado da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.
Nesta sua primeira edição, os prémios Ecsite Mariano Gago contemplaram apenas uma categoria, a de criatividade, mas prevê-se que outras surjam em edições futuras. O montante do premio é de 7500 euros, provenientes da Fundação Ernest Solvay, gerida pela Fundação Rei Balduíno (Bélgica).
“O Prémio Ecsite de Criatividade distingue soluções criativas na área da comunicação e da promoção da ciência. É outorgado a uma organização que tenha desenvolvido uma acção ou programa inovadores (…) nos últimos dois anos”, pode ler-se na página online da Ecsite.
O júri do prémio deste ano foi composto por Annemies Broekgaarden (Rijksmuseum, Holanda), Carlos Coelho (empresa Ivity, Portugal), Dariusz Jemielniak (Universidade Kozminski, Polónia) e Jean-Louis Kerouanton (Universidade de Nantes, França).
E o primeiro prémio Ecsite Mariano Gago, atribuído na passada quinta-feira pela Rede Europeia de Centros e Museus de Ciência, foi atribuído ao Museu Norsk Teknisk, em Oslo, pela exposição Ting. A exposição é “uma experiência participativa, imersiva, que explora as ligações complexas entre a tecnologia e a democracia”, disse Rosalia Vargas, presidente da Ciência Viva e actual presidente da Ecsite, citada no comunicado que anunciou o prémio.
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A exposição norueguesa aproveitou o bicentenário da constituição do país e o centenário de vida do próprio museu, em 2014, para questionar os visitantes sobre o impacto de novas tecnologias, como as análises genéticas, as impressoras 3D ou os drones, na democracia.O juri elogiou a ambição e coragem do projecto para tornar o museu “num espaço para o discurso público e onde se advoga os valores democráticos”.
É assim que a ciência tem de ser: aberta e em diálogo com a sociedade democrática.
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva