|Hélio Bernardo Lopes| |
Quem esteja realmente atento e sem paixões, de pronto percebe que as coisas não estão a correr bem para aqueles dois partidos. E em qualquer das duas eleições já bem à vista. De resto, seria estranhíssimo que os portugueses, depois de quanto já sofreram, e perante a evidência de assim continuarem e para pior com aqueles partidos, optassem pelo suicídio garantido.
No caso da candidatura ao Presidente da República, caiu já cabalmente por terra a fantástica ideia de ser António Sampaio da Nóvoa uma personalidade desconhecida dos portugueses. Ao mesmo tempo, já não se hesita em manter o programa de entretenimento de Marcelo na TVI 24. Nem já me causará qualquer estranheza se o vir antecipar o programa dominical para o sábado anterior ao ato eleitoral em que tanto parece desejar participar.
Se Pedro Passos Coelho disse já o que pôde ouvir-se sobre a temática do catavento, é mesmo essencial querer-se ser Presidente da República a qualquer preço. Infelizmente, surgiu por aí António Sampaio da Nóvoa – e logo com dois doutoramentos, no lugar de um só –, para mais apoiado pelos grandes Presidentes da III República.
Neste domínio, o mais engraçado acabam por ser, para mim, os comentadores que ocupam os nossos espaços jornalísticos, incluindo os televisivos. Escrevem ou debitam centenas de linhas sobre nada, procurando pôr em causa António Sampaio da Nóvoa, o que mostra bem o pânico que vem varrendo esta ala hoje neoliberal e pró-globalização. Os históricos pequeno-burgueses de fachada socialista... Simplesmente, trata-se de comentadores sem história digna de registo, chegando ao ponto de criticar o académico por, (supostamente!) não ter experiência política!!
Mas se esta é a indisfarçável realidade passada com António Sampaio da Nóvoa, o mesmo tem lugar com as eleições deste ano. Sendo evidente que as sondagens publicadas têm cada vez menos valor (e por todo o lado), a verdade é que, das mandadas realizar pelos partidos, nem uma deixa de colocar o PS à frente da atual maioria. Uma porra do quilé...
Por fim, as últimas palavras de António Ramalho Eanes, hoje um concidadão alinhado com os valores humanistas da doutrina social da Igreja Católica: António Sampaio da Nóvoa tem um caráter forte e bom. E não é disto que se precisa hoje em Portugal, para mais logo ao mais alto nível do que resta da nossa soberania?
Mas Eanes diz ainda mais: António Sampaio da Nóvoa é dotado de uma inteligência superior, com boas qualidades de temperamento e com capacidade de liderança. E não tem caraterísticas para desempenhar o alto cargo de Presidente da República?! Pode o leitor ver por aqui – por estas tesouradas inúteis de boa parte dos nossos ditos intelectuais – como tantos dos sempre apontados como sendo dos nossos melhores só acabam por criar problemas onde realmente não existem. Simplesmente, é minha convicção que os portugueses já são hoje capazes de perceber o que é, de facto, vender banha de cobra e como António Sampaio da Nóvoa se encontra nos antípodas desta lamentável marca desses nossos ditos intelectuais.
Simplesmente, Ramalho Eanes foi ainda mais concreto, salientando que António Sampaio da Nóvoa tem uma capacidade de avaliar o mundo difícil em que vivemos e o país que fomos, que somos e que realisticamente podemos ser, e precisamente por possuir uma cosmopolita formação académica. É caso para dizer, pois, mais palavras para quê?!