Mónica Bettencourt Dias, crédito Roberto Keller (IGC) |
Mónica Bettencourt Dias coordena o grupo de Regulação do Ciclo Celular no IGC, onde estudam como erros na divisão das células podem estar implicados na progressão de tumores ou na infertilidade. Mónica Bettencourt Dias fala sobre esta nomeação: “Foi uma surpresa enorme! É uma grande honra para o meu laboratório e para o Instituto Gulbenkian de Ciência que tem apoiado sempre o nosso trabalho” acrescentando que “é uma excelente oportunidade de promover o desenvolvimento da investigação em Ciências da Vida na Europa.”
Henrique Veiga-Fernandes coordena um laboratório de imunologia no IMM, onde estuda a forma como factores ambientais influenciam o sistema imunitário em doenças inflamatórias, infecciosas e cancro. Para Henrique Veiga-Fernandes, esta nomeação: “Foi totalmente inesperada! Tive de reler o comunicado várias vezes para perceber exatamente o que tinha acontecido! Custava acreditar…” referindo ainda que “esta eleição pelos nossos pares internacionais é também uma forma notável de reconhecimento do IMM pelo investimento incondicional que tem feito em ciência”.
Henrique Veiga Fernandes, crédito Andreia Machado (IMM) |
Maria Leptin, diretora da EMBO, refere em comunicado: “Congratulamo-nos com estes cientistas excepcionais que entram agora na EMBO e estamos ansiosos pelo seu contributo". Pode ainda ler-se no mesmo comunicado que “os membros da EMBO têm contribuições inestimáveis para a organização, fornecendo sugestões e feedback sobre as atividades da EMBO, para além de integrarem os comités de seleção para os programas da EMBO e serem mentores dos cientistas mais jovens selecionados pela organização. O seu contributo tem ajudado a promover a excelência nas ciências da vida desde 1964”.
Anualmente, a EMBO nomeia cientistas de topo de várias áreas das ciências da vida que desenvolvem o seu trabalho em países europeus ou países associados como Estados Unidos, Nova Zelândia, Japão e China. Este ano foram nomeados 58 novos membros, provenientes de 19 países. A rede de membros desta organização ultrapassa já os 1700 cientistas em ciências da vida.
Mónica Bettencourt-Dias licenciou-se em Bioquímica pela Universidade de Lisboa e fez o doutoramento em regeneração cardíaca na University College London, Reino Unido. Após o doutoramento, fez investigação na Cambridge University, Reino Unido, mudando-se em 2006 para o IGC para criar o seu próprio grupo de investigação. Mónica Bettencourt Dias foi premiada em 2007 com o Eppendorf Young Investigator Award, recebendo no mesmo ano um Prémio de Instalação EMBO. É desde 2009 membro no programa EMBO Young Investigator ao que se soma agora a nomeação para membro da EMBO.
Venceu o Prémio Criostaminal em 2007 e por duas vezes venceu o Prémio Pfizer em Investigação Básica. O grupo de investigação que lidera tem publicado artigos relevantes na área da divisão e mobilidade celular tendo obtido importantes financiamentos do Programa Harvard-Portugal da Fundação para a Ciência e Tecnologia e uma Starting Grant do European Research Council (ERC). Mónica Bettencourt-Dias tem ainda um forte interesse na promoção do diálogo entre a comunidade científica e a sociedade e tem organizado eventos de comunicação de ciência que promovem interações entre cientistas e o público. Ainda durante o seu pós-doutoramento obteve uma pós-graduação em Comunicação de Ciência pelo Birkbeck College, Reino Unido.
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Henrique Veiga-Fernandes licenciou-se em Medicina Veterinária pela Universidade Técnica de Lisboa. Doutorou-se pela Université René Descartes em Paris, França. Fez o seu trabalho de pós-doutoramento no National Institute for Medical Research em Londres, Reino Unido, onde viria mais tarde a desempenhar funções como cientista sénior. Iniciou o seu trabalho no Instituto de Medicina Molecular em 2009 como coordenador do grupo de Imunobiologia. Desde 2014 é membro da direção do Instituto de Medicina Molecular. Foi premiado, por três vezes, pelo European Research Council (ERC), em 2008, 2013 e 2015. Entre outras distinções incluem-se os prémios Pfizer em Portugal, Kenneth Rainnin Foundation e CCFA, ambos nos Estados Unidos.
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