Um candidato presidencial que se nos impõe

|Hélio Bernardo Lopes|
A quase totalidade dos amigos ou conhecidos com quem contacto e dialogo sobre a eleição do próximo Presidente da República já não deixa de rir com o estado de balbúrdia a que se chegou. 

Não se duvidando já da imparável sucessão de candidatos a candidatos, a verdade é que raros se vêm identificando com os nomes já surgidos. Com a notável exceção do académico António Sampaio da Nóvoa, hoje já bastamente conhecido.

Nessas minhas conversas expliquei aos meus interlocutores o meu ponto de vista sobre o que se está a passar, mormente com António Sampaio da Nóvoa. Desde logo, ele é hoje um concidadão já deveras conhecido dos portugueses, tal foi a barragem que recebeu por parte de uma meia dúzia de outros mui bem acomodados e que temem poder vir a perder parte dos privilégios que hoje têm e que estão na base do estado a que chegaram Portugal e quase todos os portugueses.

E pude constatar que, malgrado tudo, este académico, dos nomes surgidos e que não recusaram liminarmente uma candidatura, ainda é o que suscita maior aceitação: tem mérito, é honesto, não defende que sejam necessárias mais prebendas para servir a comunidade nacional e tem sido solicitado a usar da palavra pelo Presidente da República, pelo PCP, pelo PS, etc..

A verdade é que seria muito importante para Portugal e para os portugueses que o próximo Presidente da República fosse alguém já com um perfil consolidado de estadista, com garantias já comprovadas de possuir valores essenciais ao desempenho do alto cargo de Presidente da República. E é minha convicção que uma personalidade oriunda da área do Direito seria da maior utilidade. Infelizmente, Marcelo Rebelo de Sousa não possui uma caraterística essencial, que é a de apresentar um perfil de estadista. Uma coisa é a sua irrequietude brincalhona, outra o seu saber, mas outra – esta essencial – é esse perfil de estadista de que Portugal e os portugueses precisam hoje como a boca precisa do pão.

Ora, nós temos hoje uma excelente oportunidade de deitar mão de um nosso concidadão que possui, exatamente, esse perfil de estadista. Refiro-me a Diogo Freitas do Amaral, porque este académico tem um currículo vastíssimo e um enorme conhecimento do funcionamento da generalidade das instituições, sejam nacionais ou internacionais. Seria, em minha opinião, ouro sobre azul.

Pelo que me tem sido possível observar, a sua saúde estará hoje muito bem dominada, já sem aquelas dores terríveis que nos referiu em tempos. Se assim for, eu penso que os que lhe são próximos deveriam iniciar conversações com as lideranças dos partidos com assento parlamentar, depois de o auscultarem, no sentido de se saber da disponibilidade de uma candidatura que seria, neste caso, muito abrangente e com enormes e mui singulares possibilidades de poder pôr em jogo uma personalidade com todas as condições que o momento político, interno e internacional, requer.

Mas não se pense que estou agora a pôr de lado uma possível candidatura de António Sampaio da Nóvoa. Simplesmente, não duvido já de que Diogo Freitas do Amaral dispõe de condições muito singulares para o exercício do alto cargo de Presidente da República, Sobretudo, nos conturbados tempos que passam. Haja quem melhore esta ideia.

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