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|Hélio Bernardo Lopes| |
Conhecendo muito bem o meu colega de diálogo, de pronto depreendi que o referido sindicato viria a estar ligado à UGT e não à CGTP. De molde que lhe perguntei: mas esse sindicato é de que central sindical? Simplesmente, o meu interlocutor respondeu deste modo: é nosso! Uma resposta que repetiu sempre que o instei a responder à minha questão: mas a que central sindical pertence?
Em face da situação, lá tive que lhe perguntar de um modo claro: mas esse sindicato é da UGT ou da CGTP? Ao que dele recebi esta resposta, um pouco como que agastado: bom, é da UGT, não somos comunas, claro está! De modo que lhe retorqui: olhe, não tenho interesse, porque com a direita no poder, e com maioria absoluta, eu prefiro um sindicato dominado por gente com uma oposição indubitável ao poder.
Pois, esta decisão do SNPVAC foi tomada por via de referendo, tendo recolhido quase oitenta e cinco por cento dos votos dos seus filiados que se determinaram a responder ao referendo. Foi, nos termos do que penso, uma acertadíssima decisão, porque a CGTP é (e foi sempre!) uma central sindical muitíssimo mais abrangente e representativa dos trabalhadores portugueses. Ainda assim, devem continuar a lutar em defesa dos seus direitos laborais, cada dia mais espezinhados.