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Neste evento foi possível apresentar e debater as novidades naturais que vinham do além-mar desde o século XV e o conhecimento que, através destas, foi sendo adquirido para a história natural europeia. Aqui juntaram-se umas cinco dezenas de pessoas à volta deste tema tão único como os seus objetos de estudo - macacos que eram trazidos de África e do Brasil e comprados como animais de estimação, papagaios coloridos que falavam, perus trazidos para a Europa e introduzidos na alimentação corrente, e toda uma panóplia de monstros marinhos que não passavam de grandes baleias, focas ou manatins.
Animais que hoje fazem parte do nosso dia a dia eram, na altura, verdadeiras excentricidades naturais que apenas a partir do século XVI começaram a ser descritos e ilustrados em tratados de história natural, em folhetos avulsos e a fazer parte das coleções dos nobres e das conversas do povo.
Para todos aqueles, para além dos investigadores e estudantes, que se interessam por animais estranhos e pouco conhecidos, há ainda uma oportunidade que não deve ser desperdiçada. Até ao fim do mês de março, apenas aos sábados pelas 16h00, abrem-se ao público as portas da Galeria de Zoologia do Museu da Ciência de Coimbra. Aqui é possível fazer uma visita guiada, ela própria única, que permite uma viagem pela história da museologia e da zoologia.
Neste espaço existem monstros de vários tipos, ossadas de baleias, dentes de unicórnio, manatins, e uma série de animais que nos transportam para o tempo em que os naturalistas recolhiam estes elementos da fauna e os traziam para os seus gabinetes de curiosidades, futuros museus.
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Cristina Brito.
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva