Afinal, que fazer?

|Hélio Beranrdo Lopes|
Num destes dias, talvez desta atual semana, Carlos Silva, da UGT, visitou o ex-Primeiro-Ministro, José Sócrates, tendo pelo final salientado que não deve nunca ter lugar um julgamento na praça pública. Uma afirmação que, assim colocada, deverá merecer a aquiescência da generalidade dos cidadãos interessados no funcionamento da organização social.

Desta afirmação, porém, ficou-me esta dúvida: o tal julgamento na praça pública é realizado por quem? Será que Carlos Silva defende que os jornalistas não informem sobre os casos que correm pelo Sistema de Justiça? Defenderá, por exemplo, o fim pleno do jornalismo de investigação, como se deu com o consórcio internacional de jornalistas que mostrou a fantástica fuga aos fiscos nacionais por parte de mais um banco de grande nomeada internacional? Ou este caso já não é o de um julgamento na praça pública?

Eu compreendo muitíssimo bem que os amigos são para as ocasiões, mesmo quando a sua intervenção só serve, precisamente, para lançar mais dúvidas sobre quem se pretende ajudar e não esquecer num momento difícil. Mas vir pôr em causa o dito julgamento na praça pública, quando o silêncio acompanha a generalidade dos restantes casos, bom, é obra.

Termino, pois, com o título deste meu texto curto: o que entende Carlos Silva que deve ser praticado pela grande comunicação social ao redor deste caso que envolve um antigo Primeiro-Ministro, mas por igual diversos outros nossos concidadãos?

www.CodeNirvana.in

© Autorizada a utilização de conteúdos para pesquisa histórica Arquivo Velho do Noticias do Nordeste | TemaNN