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| Hélio Bernardo Lopes |
Assim, a dado passo do seu texto, o académico diz-nos que na última semana antes das eleições primárias, houve um encontro secreto entre o secretário-geral da UGT e o Primeiro-Ministro. Fiquei a dispor deste novo pedaço de informação, que desconhecia cabalmente.
Como se torna evidente, José Pacheco Pereira não é nenhum Vasco anónimo, como tanto vem referindo José Matos Correia ao redor do caso Passos Coelho, antes um concidadão deveras conhecido e que tem o dever de não divulgar factos de que desconheça a garantia da sua existência. E não duvido de que o nosso académico procede sempre assim, a menos que seja alvo de uma impostura inimaginável.
Nestes termos, José Pacheco Pereira prossegue o seu texto referindo que, segundo diz o oráculo governamental, Passos Coelho convenceu o secretário-geral da UGT a aceitar o acordo sobre o salário mínimo. Tenho, pois, e pelas razões já antes referidas, que continuar a dar crédito a estas palavras do nosso académico.
Mas onde nem seria necessária a explicação de José Pacheco Pereira é quando nos refere que a concertação social (que os mil e um governantes ora presentes na fotografia desprezam todos os dias, a não ser quando têm a UGT no bolso) para marcar a grande vitória do Governo, é mera fachada inútil e muito enganadora. Aqui, em minha opinião, é que nem sequer haverão opiniões muito distintas, para lá dos diretamente em causa, claro está.
Deste modo, e sendo que José Pacheco Pereira é um académico brilhante e que sempre se determinou a falar claro – é raro em Portugal –, seria muito bom que o líder da UGT nos esclarecesse sobre o que se contém no texto, O DIA UM DO ANO ELEITORAL. Por mim, não duvido um mínimo infinitésimo. E o leitor, o que pensa?