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| |Hélio Bernardo Lopes| |
No primeiro caso, vem-se noticiando a existência de uma investigação judiciária, pelo que vamos esperar para poder perceber a verdadeira realidade do ora crescentemente noticiado. Mas no segundo caso, a reportagem apresentou já os dados suficientes para que se fique boquiaberto, incluindo com o silêncio reinante no ambiente judiciário.
Estes dois casos, de parceria com os mil e um outros que diariamente nos vão sendo dados a conhecer pela grande comunicação social, constituem um terrível fator de angústia para a generalidade dos portugueses. E já nem falo dos casos que, sucessivamente, se vêm passando com bancos nacionais, sem que se chegue à casa do Garcia. Tudo parece ser nada, malgrado o corrupio de fantásticos trabalhos de investigação jornalística que quase tudo vão expondo.
O interessante nestes casos, é que os portugueses acabam por ficar a saber de tudo, mas sem que nada venha a mostrar as consequências usuais noutros países. E é por igual interessante poder ver nestas peças jornalistas esta indiscutível realidade: as pessoas só falam, em geral, escondidas, porque podem existir represálias. Já lá vão quatro décadas da III República, e com o tal (suposto) Estado de Direito Democrático em vigor...
Por mais estas duas realidades, ora dadas a conhecer com algum pormenor, achei interessante a explicação de Tiago Caiado Guerreiro para quem possa recorrer àquela primeira empresa, fruto da perceção do clima de impunidade reinante em Portugal. Mas achei deveras interessantes as inenarráveis palavras da Ministra da Justiça ao redor do diploma sobre pedófilos – ou sobre o CITIUS? –, porque Paula Teixeira da Cruz acha que a causa da reação de (quase) todos – e como são tantos! – é o receio de que desapareça a impunidade reinante!! Bom, caro leitor, foi um bom início para uma manhã de sábado.
