Os deputados do PS de Vila Real querem saber que medidas concretas o Governo vai implementar para colaborar na concretização da carta de compromissos para o desenvolvimento do Douro e Trás-os-Montes Douro, assinada no sábado, na presença do primeiro-ministro.
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Deputados do PS de Vila Real querem saber que medidas concretas o Governo vai implementar para colaborar na concretização da carta de compromissos para o desenvolvimento do Douro e Trás-os-Montes Douro
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Ivo Oliveira e Agostinho Santa, deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real, questionaram Pedro Passos Coelho sobre a forma como vai o Governo "colaborar na execução dos compromissos" e que "medidas concretas" vai implementar para ajudar este território.
Numa iniciativa considerada inédita, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e os institutos politécnicos de Bragança e Viseu, as comunidades intermunicipais deste território, Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes, e as associações empresariais (ACISAT, NERVIR e NERBA) assinaram uma carta de compromissos que visa a luta pelo desenvolvimento deste território.
O primeiro-ministro participou na cerimónia, que decorreu no sábado em Vila Real, tendo destacado o "pioneirismo" da iniciativa.
"A minha presença aqui também simboliza o compromisso do Estado, em termos de condução geral e de administração central, de poder ser um parceiro deste compromisso estabelecido entre todas estas partes essenciais ao desenvolvimento", frisou na altura Pedro Passos Coelho.
Os deputados socialistas querem agora saber de que forma concreta é que o Governo pretende ajudar.
Ivo Oliveira afirmou hoje à agência Lusa que a região precisa urgentemente de incentivos que estanquem o êxodo para o litoral e a emigração, que levem à fixação de empresas e que o Governo trave a política de encerramentos.
O deputado disse que o executivo de Passos Coelho está a "tempo de corrigir o rumo, a prática centralista que tem seguido".
O parlamentar lembrou ainda o caderno de reivindicações que é defendido neste território, como o fim das portagens na Autoestrada 24 (A24), a não introdução de portagens na A4, entre Vila Real e Bragança, a conclusão do Túnel do Marão e o regresso da ligação área até à capital.
"Aquilo que nós tememos é que, mais uma vez, isto seja apenas uma carta de intenções que as férias de verão rapidamente se encarregarão de fazer esquecer, caso não se tomem medidas concretas que efetivamente desenvolvam a região", salientou Ivo Oliveira.
Lusa