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Portugal quer impulsionar maior consumo na Europa com projecto "Coma, mel" |
O projeto foi apresentado em Bragança pelo presidente da FNAP, Manuel Gonçalves, que sublinhou o propósito também de estimular a produção portuguesa, que já apresenta "um valor económico de 31 milhões de euros", e que espera venha a duplicar as atuais 650 mil colmeias até ao final do novo quadro comunitário de apoio, em 2020.
O presidente da FNAP acredita no potencial de crescimento do setor na União Europeia, que é o maior consumidor de mel e o segundo maior produtor mundial.
A produção europeia continua a se deficitária em cerca de 30 por cento, sendo um dos seus maiores fornecedores a China e continente asiático o maior produtor mundial.
Os países do norte da Europa são, segundo os dados avançados pelos responsáveis do projeto, os principais consumidores de mel com a Alemanha a liderar a procura, estimando-se que cada alemão consuma em média cerca de um quilo de mel por ano.
A Espanha é o maior produtor europeu, enquanto Portugal ocupa "o sexto/sétimo lugar", de acordo ainda com o presidente da FNAP.
A federação representa "60 por cento dos apicultores" portugueses.
O programa apresentado em Bragança, "quer dar a conhecer a qualidade do produto, aumentar a sua notoriedade e ganhar mercado", como adiantou João Pedro Borges, da empresa responsável pela execução das ações previstas nos próximos três anos.
Segundo disse, a meta é "chegar a 1,5 milhões de consumidores nos diferentes eventos programados".
O mel consumido na Europa destina-se essencialmente a fins alimentares.
Segundo um estudo da FNAP sobre o consumo do mel em Portugal, "cada família portuguesa gasta em média, por ano, 20 euros", no consumo deste produto que adquire, maioritariamente, junto de produtores da região de onde é originária.
Os responsáveis pelo projeto realçam "as propriedades benéficas do mel" enquanto alimento, desde as suas características nutricionais às potencialidades terapêuticas".
HFI // JGJ Lusa/fim