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| Hélio Bernardo Lopes Escreve diariamente |
Hoje, já de um modo indubitável, sabe-se que a atual Maioria-Governo-Presidente está a abrir caminho à extinção do Serviço Nacional de Saúde. Nestas circunstâncias, é natural que a qualidade do serviço prestado nas unidades desta estrutura esteja a decrescer, como se vem tomando conhecimento por via de factos verdadeiramente impensáveis há um bom tempo atrás. O mais recente foi o que envolveu um concidadão nosso com queimaduras do segundo e do terceiro grau, que não foi atendido em certa cidade, acabando por ser transportado para uma outra. Como sempre, estamos agora à espera do resultado do rigoroso inquérito que se deverá ter seguido.
Ao mesmo tempo, custa acreditar que um qualquer futuro Governo se determine a inverter esta destruição, posta em prática pela atual Maioria-Governo-Presidente. Com este frete já operado, quem se seguir poderá sempre argumentar que é muito mais difícil reconstruir que destruir... É um argumento da treta, que será fatal para quem o vier a utilizar, mas para o qual existirão sempre portugueses em condições de o aceitar. Pois não nos disse Amadeu Garcia dos Santos que aguentámos a II República tranquilamente?
Mas o mais estranho de tudo isto é a atitude dos dirigentes do PS em face desta iniciativa da atual Maioria-Governo-Presidente, que deveriam, de imediato, assegurar que poriam um fim nesta verdadeira lei da rolha sobre a possibilidade dos portugueses poderem ser informados da possível má qualidade e das possíveis insuficiências futuras na prestação dos cuidados de saúde à nossa população, em geral.
Deste modo, deixo aqui aos dirigentes do PS esta pergunta: estão em condições de garantir, honrosamente, que, se acaso vierem a governar o País, porão um fim nesta lei da rolha? Sim, porque uma tal garantia não acarreta gastos imprevistos...
