Américo Pereira |
A reação do dirigente da comunidade que representa nove municípios e é também presidente da Câmara de Vinhais, surge na sequência do compromisso do Governo em encerrar metade das repartições de finanças do país até ao final de maio, assumido no memorando de políticas económicas e financeiras que acompanha o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a 11.ª avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF).
Para Américo Pereira, as Finanças são um assunto muito parecido com a reforma dos tribunais.
"Nos tribunais não há critérios, nenhum motivo económico que justifica o encerramento dos tribunais, nenhum motivo técnico-jurídico em termos de realização da Justiça aconselha o encerramento de alguns tribunais, mas faz-se", apontou.
O autarca dá como exemplo o que está a acontecer no tribunal de Bragança e que classificou como "uma vergonha", com obras em curso no edifício para acolher os processos dos tribunais que vão encerrar.
"Há gente que está apostada em destruir este país. Não sei quais são os interesses, se são interesses pessoais, se são interesses empresariais, de terceiros, não sei, mas que há gente que está disposta a destruir este país há", reiterou.
"O problema é que o Governo não nos pergunta. O Governo é de tal forma incompetente e mau sob o ponto de vista intencional que não pergunta aos autarcas", afirmou.
Américo Pereira entende que o que o executivo está a fazer é "inclusive desaconselhado pela própria União Europeia" que, no novo quadro comunitário aposta na coesão territorial e coesão social".
Fonte: Agência Lusa