Líder do PS recusa um interior transformado em 'mar de idosos e desempregados'

O secretário-geral do PS afirmou ontem, em Santa Marta de Penaguião, que não quer ver o interior do país como um "mar de idosos e de jovens desempregados", defendendo que este território tem muitas potencialidades e oportunidades.


José Seguro discursa em Santa Marta de Penaguião
Seguro destacou as potencialidades que aqui existem nas áreas da vinha e do vinho, da fruticultura ou do turismo rural.

António José Seguro sentou-se com idosos e jovens do concelho transmontano, onde a vitivinicultura é a principal atividade económica, para recolher informações sobre como é viver no interior despovoado.

“Ao contrário do Governo, eu considero que o interior tem várias potencialidades e muitas oportunidades para se desenvolver e por isso quis falar com diferentes gerações, jovens e menos jovens”, salientou António José Seguro.

O secretário-geral do PS recusa ver este território transformado num “mar de idosos e jovens desempregados” O secretário-geral do PS recusa ver este território transformado num “mar de idosos e jovens desempregados” e destacou as potencialidades que aqui existem nas áreas da vinha e do vinho, da fruticultura ou do turismo rural.

José, um vitivinicultor de Santa Marta de Penaguião, aproveitou a oportunidade para se queixar “ao futuro primeiro-ministro” das quebras de rendimentos que tem sentido e referiu que, atualmente, vende a pipa de vinho a 126 euros quando há uns anos a vendia a “100 contos” (500 euros).

O vinho, segundo o produtor, rende cada vez menos, mas, em contrapartida, os custos com os fatores de produção são cada vez maiores.

O agricultor aproveitou ainda para alertar para a situação da Casa do Douro, que não está, neste momento, a cumprir o papel de defesa dos pequenos e médios viticultores deste Douro que diz que está entregue a “quatro ou cinco grandes empresas produtoras e exportadoras”.

António José Seguro ouviu ainda queixas sobre a falta de oportunidades de emprego e a vontade de alguns jovens aqui quererem ficar a viver.

Ana Sofia é licenciada em reabilitação psicomotora e não quis emigrar nem viajar para outras cidades do país. Criou o próprio emprego, abrindo uma empresa na sua de área de estudo, mas queixa-se de que muitos, devido aos fracos rendimentos, optam por não recorrer aos seus serviços.

O líder socialista aproveitou para destacar o papel destas pessoas, que “podem ainda dar muito pela sua terra”, e disse levar da vila duriense uma “mensagem muito clara”.

Lusa

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