Macedo de Cavaleiros assinalou ontem os 39 anos do “25 de abril”. As comemorações decorreram no Jardim 1º de Maio, em frente aos Paços do Concelho, e iniciaram com a cerimónia de hastear das bandeiras, acompanhada pela Banda Filarmónica do Brinço.
Prosseguiram com o recital de poesia alusiva à data pelos poetas macedenses Adelaide Garcia e Luís Panda, seguido das intervenções do Presidente da Câmara Municipal, Beraldino Pinto, e da Deputada Municipal, Inês Barrios.
A Deputada referiu que os diversos governos que se sucederam ao 25 de abril “levaram a que o país iniciasse um período de progresso e de desenvolvimento sem precedentes na sua história, tendo como marco fundamental a adesão à Comunidade Europeia”. A representante da Assembleia considera, no entanto, que “ao fim de quase quarenta anos de aproximação aos níveis de desenvolvimento europeus, o país se vê confrontado com uma sempre muito baixa produtividade”, enaltecendo o “papel relevante” da abertura ao exterior.
Lembrando o passado de Portugal ligado à emigração, Inês Barrios diz que “Este não é um tempo de abandonar Portugal, mas sim de levar Portugal além-fronteiras. Não de deixar o país, emigrando, mas de lutar para conquistar novos mercados”, defendendo a alteração do modelo de desenvolvimento porque “temos que mudar o país e não mudar de país”.
O Presidente da Câmara Municipal diz que “é ainda mais pertinente evocar abril e honrar e renovar o compromisso com os valores de abril” num período de “tremendas” dificuldades para as famílias portuguesas e de incertezas quanto ao futuro. “Interessa hoje, muito especialmente, ‘pegar’ na esperança geminada com o 25 de abril e que precisamos de renovar.” Para o autarca, a “não resignação dos jovens de outrora, deve ser entendida pelos jovens de hoje como um exemplo de coragem para as suas vidas.” A evocação de abril “é dizer-lhes que há espaço para os seus sonhos e ambições e pedir-lhes para que não baixem os braços pois cabe-lhes também um papel importante na vida e no futuro do país.” Beraldino Pinto defendeu que “abril deu a palavra ao povo. Promoveu a afirmação da sociedade, em especial da Mulher.
Deu-lhe espaço e respeito, possibilitando-lhe o acesso a lugares nas instituições até ali inalcançáveis. Mulheres a quem o 25 de abril deu direitos que em boa verdade eram seus por mérito e direito próprio. Mulheres que foram e continuam a ser os pilares basilares da nossa sociedade.” Outra das “grandes conquistas de abril foi o designado poder local, fator decisivo na afirmação dos valores de abril. O poder local tem sido determinante e essencial para a construção de um Portugal mais desenvolvido, no entanto o poder local está hoje muito limitado na sua atuação e foi enfraquecido.”
De acordo com o autarca, “há muito abril por cumprir. As desigualdades entre o Litoral e o Interior agravam-se, mantendo dois pesos e duas medidas no ordenamento do território e na oferta de serviços públicos essenciais. Continuam os Municípios a não ver transferidos os meios financeiros necessários para as novas competências que progressivamente lhe têm sido atribuídas, vendo-se privados dos recursos suficientes para uma melhor promoção da riqueza e de emprego.
O fosso entre os mais ricos e os mais pobres demasiado grande. O Estado não tem conseguido afirmar-se como garante da equidade entre as populações, exigindo às famílias esforços em muitos casos não suportáveis. Continua o Estado a enterrar milhões nos sistemas de transportes das grandes urbes e as populações das aldeias do interior sem direito a ter transportes. Continuam as câmaras transmontanas a comprar água a preços ruinosos e cidades do litoral a ter água ao preço da chuva.”
Nesta que foi a última cerimónia evocativa do 25 de abril em que Beraldino Pinto se dirigiu aos macedenses na qualidade de Presidente da Câmara Municipal, lembrou e agradeceu “a determinação e unidade que todos demonstramos nos momentos de defesa dos nossos direitos, e especialmente na assistência à saúde.”
Para Beraldino Pinto “nestes anos, a nossa ação reforçou as condições para a melhoria da qualidade de vida dos macedenses. Macedo de Cavaleiros é hoje um concelho sólido, preparado paras as difíceis exigências que se nos apresentam. Dotou-se o concelho de infraestruturas essenciais. Abril também ensinou que equipamentos desportivos, sociais, de lazer ou culturais também são essenciais. E numa altura em que, por este nosso país, com a justificação de dificuldades financeiras, muitos projetos mesmo estruturantes ficam na gaveta, muitas coletividades culturais fecham as portas, muitos alunos abandonam a escola, muitas feiras do livro não se realizam, muitas terras ficam privadas de cinema, muitas respostas sociais ficam por dar àqueles que mais precisam, mais se evidencia a força do nosso concelho, a riqueza das nossas instituições em todos os setores, a adequação do caminho que seguimos, a coesão das redes que soubemos em conjunto construir, a capacidade, a disponibilidade e o crer da nossa gente.”
Prosseguiram com o recital de poesia alusiva à data pelos poetas macedenses Adelaide Garcia e Luís Panda, seguido das intervenções do Presidente da Câmara Municipal, Beraldino Pinto, e da Deputada Municipal, Inês Barrios.
A Deputada referiu que os diversos governos que se sucederam ao 25 de abril “levaram a que o país iniciasse um período de progresso e de desenvolvimento sem precedentes na sua história, tendo como marco fundamental a adesão à Comunidade Europeia”. A representante da Assembleia considera, no entanto, que “ao fim de quase quarenta anos de aproximação aos níveis de desenvolvimento europeus, o país se vê confrontado com uma sempre muito baixa produtividade”, enaltecendo o “papel relevante” da abertura ao exterior.
Lembrando o passado de Portugal ligado à emigração, Inês Barrios diz que “Este não é um tempo de abandonar Portugal, mas sim de levar Portugal além-fronteiras. Não de deixar o país, emigrando, mas de lutar para conquistar novos mercados”, defendendo a alteração do modelo de desenvolvimento porque “temos que mudar o país e não mudar de país”.
O Presidente da Câmara Municipal diz que “é ainda mais pertinente evocar abril e honrar e renovar o compromisso com os valores de abril” num período de “tremendas” dificuldades para as famílias portuguesas e de incertezas quanto ao futuro. “Interessa hoje, muito especialmente, ‘pegar’ na esperança geminada com o 25 de abril e que precisamos de renovar.” Para o autarca, a “não resignação dos jovens de outrora, deve ser entendida pelos jovens de hoje como um exemplo de coragem para as suas vidas.” A evocação de abril “é dizer-lhes que há espaço para os seus sonhos e ambições e pedir-lhes para que não baixem os braços pois cabe-lhes também um papel importante na vida e no futuro do país.” Beraldino Pinto defendeu que “abril deu a palavra ao povo. Promoveu a afirmação da sociedade, em especial da Mulher.
Deu-lhe espaço e respeito, possibilitando-lhe o acesso a lugares nas instituições até ali inalcançáveis. Mulheres a quem o 25 de abril deu direitos que em boa verdade eram seus por mérito e direito próprio. Mulheres que foram e continuam a ser os pilares basilares da nossa sociedade.” Outra das “grandes conquistas de abril foi o designado poder local, fator decisivo na afirmação dos valores de abril. O poder local tem sido determinante e essencial para a construção de um Portugal mais desenvolvido, no entanto o poder local está hoje muito limitado na sua atuação e foi enfraquecido.”
De acordo com o autarca, “há muito abril por cumprir. As desigualdades entre o Litoral e o Interior agravam-se, mantendo dois pesos e duas medidas no ordenamento do território e na oferta de serviços públicos essenciais. Continuam os Municípios a não ver transferidos os meios financeiros necessários para as novas competências que progressivamente lhe têm sido atribuídas, vendo-se privados dos recursos suficientes para uma melhor promoção da riqueza e de emprego.
O fosso entre os mais ricos e os mais pobres demasiado grande. O Estado não tem conseguido afirmar-se como garante da equidade entre as populações, exigindo às famílias esforços em muitos casos não suportáveis. Continua o Estado a enterrar milhões nos sistemas de transportes das grandes urbes e as populações das aldeias do interior sem direito a ter transportes. Continuam as câmaras transmontanas a comprar água a preços ruinosos e cidades do litoral a ter água ao preço da chuva.”
Nesta que foi a última cerimónia evocativa do 25 de abril em que Beraldino Pinto se dirigiu aos macedenses na qualidade de Presidente da Câmara Municipal, lembrou e agradeceu “a determinação e unidade que todos demonstramos nos momentos de defesa dos nossos direitos, e especialmente na assistência à saúde.”
Para Beraldino Pinto “nestes anos, a nossa ação reforçou as condições para a melhoria da qualidade de vida dos macedenses. Macedo de Cavaleiros é hoje um concelho sólido, preparado paras as difíceis exigências que se nos apresentam. Dotou-se o concelho de infraestruturas essenciais. Abril também ensinou que equipamentos desportivos, sociais, de lazer ou culturais também são essenciais. E numa altura em que, por este nosso país, com a justificação de dificuldades financeiras, muitos projetos mesmo estruturantes ficam na gaveta, muitas coletividades culturais fecham as portas, muitos alunos abandonam a escola, muitas feiras do livro não se realizam, muitas terras ficam privadas de cinema, muitas respostas sociais ficam por dar àqueles que mais precisam, mais se evidencia a força do nosso concelho, a riqueza das nossas instituições em todos os setores, a adequação do caminho que seguimos, a coesão das redes que soubemos em conjunto construir, a capacidade, a disponibilidade e o crer da nossa gente.”