A presente mostra tem por objectivo assinalar o percurso de 90 anos da revista Seara Nova, destacando-a como revista de intervenção cívica, cultural, social e política, onde pontuaram e pontuam inúmeras personalidades que têm em comum a vontade de contribuir para um País mais justo, mais igual, mais democrático, mais livre e soberano.
Ao longo dos seus 90 anos de publicação a Seara Nova tem procurado reflectir nas suas páginas a realidade nacional e internacional de cada momento, assumindo-se, desde sempre, como alternativa ao pensamento dominante.
Cinco anos após a sua fundação, em 1921, por um grupo de intelectuais que importa nomear – Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Faria de Vasconcelos, Ferreira de Macedo, Francisco António Correia, Jaime Cortesão, José de Azeredo Perdigão, Câmara Reys, Raul Brandão e Raul Proença – ocorreu o golpe de Estado que deu origem à ditadura fascista vivida durante 48 anos pelo povo português. Nas páginas da Seara Nova reflectiu-se o ânimo dos opositores da ditadura para o combate necessário às atrocidades e ignomínia do regime. Nos anos 70 do século passado, a revista constituía mesmo um importante espaço de reflexão dos democratas e um baluarte teórico da luta pelas liberdades e pela mudança do regime.
Esta exposição, simples e despretensiosa, presta também homenagem aos que a fundaram e aos que, ao longo de quase um século, têm animado as páginas da Seara Nova com as suas análises, opiniões e comentários, sem esquecer os que assumiram o cargo de director: Raul Proença, António Sérgio, Câmara Reys, Augusto Casimiro, Rogério Fernandes, Augusto Abelaira, Rodrigues Lapa, José Garibaldi e Ulpiano Nascimento.
Nela encontram-se alguns (por certo não tantos quanto seria desejável) excertos desses artigos que permitem aferir a seriedade intelectual e moral dos seus autores, evidenciando muitos uma actualidade surpreendente.
São contribuições que radicam no designado espírito seareiro, ou seja, um leque de colaboradores de diferentes tendências políticas e ideológicas que mantêm vivos os ideais da luta pela cultura, pelo progresso, pela justiça social.
Dirigida desde 1979 por Ulpiano Nascimento, a quem se deve, com muita abnegação e mesmo sacrifício pessoal, a manutenção do título, a Seara Nova é hoje propriedade da Associação Intervenção Democrática – ID. Permanece assim independente do poder económico, de partidos políticos e de confissões religiosas. Porém continua, tal como há 90 anos, o combate pela democracia política, económica, social e cultural, pelas liberdadades individuais e colectivas, enfim, pela conquistas alcançadas com a Revolução de 25 de Abril de 1974.
A Seara Nova é e pretende ser um projecto colectivo, no qual participam homens e mulheres comprometidos com os valores enunciados. É e pretende ser uma revista de reflexão e crítica em torno dos grandes temas nacionais e internacionais, divulgadora de opiniões e análises independentes e rigorosas que por isso mesmo, bastas vezes, são mantidas à margem pelos grandes órgãos de comunicação social.
A exposição permite ainda afirmar que é impossível conhecer o pensamento português do século XX e da alvorada do século XXI sem uma leitura atenta da Seara Nova.
As comemorações do 90.º aniversário da Seara Nova contam com o patrocínio institucional da Câmara Municipal de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Casa Museu Abel Salazar, Fundação Mário Soares e Fundação José Saramago, sendo a Comissão de Honra constituída por Dr. António Arnaut, Prof. António Avelãs Nunes, Prof. António Borges Coelho, Dr. António Costa, Prof. António Reis, Eng.º Aquilino Ribeiro Machado, Dr.ª Catarina Vaz Pinto, Prof.ª Dulce Rebelo, Prof. Eduardo Lourenço, Dr. Francisco Melo, Prof. Fernando Correia, Prof. João Caraça, Prof. José Augusto França, Prof. José Barata-Moura, Pintor Júlio Pomar, Pintora Maria Keil, Prof. Manuel Carvalho da Silva, Dr. Mário Soares, Prof. Óscar Lopes, General Pedro Pezarat Correia, Prof. Pedro Saavedra, Dr.ª Pilar Del Rio, Dr. Rui Vilar e Prof. Urbano Tavares Rodrigues. Apresentação da exposição pelos seareiros Dr. Herberto Goulart, Eng. João Vicente e Dr. Levi Baptista e contará com um momento musical pelo Prof. Mário Cardoso. Sítio na internet: www.searanova.publ.pt
Ao longo dos seus 90 anos de publicação a Seara Nova tem procurado reflectir nas suas páginas a realidade nacional e internacional de cada momento, assumindo-se, desde sempre, como alternativa ao pensamento dominante.
Cinco anos após a sua fundação, em 1921, por um grupo de intelectuais que importa nomear – Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Faria de Vasconcelos, Ferreira de Macedo, Francisco António Correia, Jaime Cortesão, José de Azeredo Perdigão, Câmara Reys, Raul Brandão e Raul Proença – ocorreu o golpe de Estado que deu origem à ditadura fascista vivida durante 48 anos pelo povo português. Nas páginas da Seara Nova reflectiu-se o ânimo dos opositores da ditadura para o combate necessário às atrocidades e ignomínia do regime. Nos anos 70 do século passado, a revista constituía mesmo um importante espaço de reflexão dos democratas e um baluarte teórico da luta pelas liberdades e pela mudança do regime.
Esta exposição, simples e despretensiosa, presta também homenagem aos que a fundaram e aos que, ao longo de quase um século, têm animado as páginas da Seara Nova com as suas análises, opiniões e comentários, sem esquecer os que assumiram o cargo de director: Raul Proença, António Sérgio, Câmara Reys, Augusto Casimiro, Rogério Fernandes, Augusto Abelaira, Rodrigues Lapa, José Garibaldi e Ulpiano Nascimento.
Nela encontram-se alguns (por certo não tantos quanto seria desejável) excertos desses artigos que permitem aferir a seriedade intelectual e moral dos seus autores, evidenciando muitos uma actualidade surpreendente.
São contribuições que radicam no designado espírito seareiro, ou seja, um leque de colaboradores de diferentes tendências políticas e ideológicas que mantêm vivos os ideais da luta pela cultura, pelo progresso, pela justiça social.
Dirigida desde 1979 por Ulpiano Nascimento, a quem se deve, com muita abnegação e mesmo sacrifício pessoal, a manutenção do título, a Seara Nova é hoje propriedade da Associação Intervenção Democrática – ID. Permanece assim independente do poder económico, de partidos políticos e de confissões religiosas. Porém continua, tal como há 90 anos, o combate pela democracia política, económica, social e cultural, pelas liberdadades individuais e colectivas, enfim, pela conquistas alcançadas com a Revolução de 25 de Abril de 1974.
A Seara Nova é e pretende ser um projecto colectivo, no qual participam homens e mulheres comprometidos com os valores enunciados. É e pretende ser uma revista de reflexão e crítica em torno dos grandes temas nacionais e internacionais, divulgadora de opiniões e análises independentes e rigorosas que por isso mesmo, bastas vezes, são mantidas à margem pelos grandes órgãos de comunicação social.
A exposição permite ainda afirmar que é impossível conhecer o pensamento português do século XX e da alvorada do século XXI sem uma leitura atenta da Seara Nova.
As comemorações do 90.º aniversário da Seara Nova contam com o patrocínio institucional da Câmara Municipal de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Casa Museu Abel Salazar, Fundação Mário Soares e Fundação José Saramago, sendo a Comissão de Honra constituída por Dr. António Arnaut, Prof. António Avelãs Nunes, Prof. António Borges Coelho, Dr. António Costa, Prof. António Reis, Eng.º Aquilino Ribeiro Machado, Dr.ª Catarina Vaz Pinto, Prof.ª Dulce Rebelo, Prof. Eduardo Lourenço, Dr. Francisco Melo, Prof. Fernando Correia, Prof. João Caraça, Prof. José Augusto França, Prof. José Barata-Moura, Pintor Júlio Pomar, Pintora Maria Keil, Prof. Manuel Carvalho da Silva, Dr. Mário Soares, Prof. Óscar Lopes, General Pedro Pezarat Correia, Prof. Pedro Saavedra, Dr.ª Pilar Del Rio, Dr. Rui Vilar e Prof. Urbano Tavares Rodrigues. Apresentação da exposição pelos seareiros Dr. Herberto Goulart, Eng. João Vicente e Dr. Levi Baptista e contará com um momento musical pelo Prof. Mário Cardoso. Sítio na internet: www.searanova.publ.pt