Numa conjuntura globalmente desfavorável, destaca-se a continuação de um clima de crescimento das exportações de mercadorias da Região do Norte.
As exportações de mercadorias da Região do Norte registaram, no 2º trimestre, um crescimento de cerca de 8 por cento em valor face ao período homólogo, resultado inferior ao apurado para o trimestre anterior (+10,3 por cento), mas, mesmo assim, superior em cerca de um ponto percentual em relação à média nacional. Parte significativa desta taxa é explicada pelas exportações de ouro e de outros metais preciosos. Deve, também, referir-se o contributo das exportações de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, com uma variação homóloga positiva de 30 por cento no 2º trimestre.
A taxa de desemprego regional atingiu 15,2 por cento (uma décima de ponto percentual acima do valor do trimestre precedente). Contudo, e em comparação com o trimestre anterior, a taxa de desemprego diminuiu entre os jovens, as mulheres e para os níveis de instrução secundário e superior. Ao mesmo tempo, o emprego da Região do Norte diminuiu 3,5 por cento, em termos homólogos, no 2º trimestre, embora registando uma evolução menos desfavorável do que a nível nacional (-4,2 por cento), confirmando a tendência dos últimos nove trimestres.
O sistema bancário e financeiro continuou, no 2º trimestre, a reduzir o financiamento às empresas (-9,2 por cento) e às famílias (-4,1 por cento) da Região do Norte, enquanto os níveis de incumprimento bancário (crédito vencido) voltaram a aumentar.
A execução do QREN na Região do Norte acelerou no 2º trimestre, com a taxa de realização dos Fundos Estruturais face às aprovações a crescer de 52,6 por cento para 58,8 por cento.
O boletim "Norte Conjuntura” disponibiliza trimestralmente uma análise conjuntural nos domínios do mercado de trabalho, endividamento das famílias e das empresas, comércio internacional, desempenho das indústrias tradicionais, construção e habitação, turismo, preços no consumo e "monitorização do QREN".