Rio Tinto desiste de Moncorvo

O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, afirmou que o concelho transmontano será duplamente penalizado se falhar o investimento nas minas de ferro.

O autarca socialista lembrou, em declarações à Lusa, que a possibilidade de reativação das minas inviabilizou a instalação de um parque eólico com benefícios garantidos para o concelho, o que significa que, se não avançar a exploração mineira, o município perde dois investimentos.

Aires Ferreira reagiu desta forma à notícia de que a anglo-australiana Rio Tinto desistiu da exploração das minas de ferro de Moncorvo depois de semanas de intensas negociações entre o atual concessionário (MTI) e o Governo.

O presidente da Associação de Municípios do Douro Superior também considerou que a exploração mineira em Torre de Moncorvo era de "grande importância para a região transmontana", lamentando a "desistência" da anglo-saxónica Rio Tinto do processo.

Moraes Machado reagia assim à notícia avançada hoje pela agência Lusa que dá conta que a empresa anglo-australiana Rio Tinto desistiu da exploração das minas de ferro de Moncorvo depois de semanas de intensas negociações entre o atual concessionário Minning Technology Investiments (MTI) e o Governo.

"Considero que houve um rude golpe para a região, tendo em conta que o investimento poderá não avançar. Ao mesmo tempo, veio defraudar algumas espectativas em matéria de emprego para a região", acrescentou Moraes Machado.

Felgar espera para ver se há outras empresas, mas sem grandes expetativas
O presidente da junta de freguesia do Felgar reiterou que "o melhor é não criar muitas expetativas" relativamente a grandes investimentos na região, depois da desistência da Rio Tinto das minas de ferro de Torre de Moncorvo.

António Manuel Castro lidera a freguesia onde se concentram os jazigos de ferro e mantém a posição de "ver para crer" que assumiu quando, em outubro de 2011, foi noticiado o interesse da anglo-australiana Rio Tinto em investir um milhão de euros na reativação da exploração mineira.

Ainda assim, não afasta por completo a possibilidade da existência de outros interessados no minério transmontano, afirmando, em declarações à Lusa, que "ainda não se sabe se o Governo tem mais alguma empresa ou não" em negociações.

Desistência da Rio Tinto não invalida projecto das minas em Moncorvo
O Governo português vai avançar com o projecto de extracção de ferro em Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, apesar da desistência da companhia australiana do projecto.

A exploração das minas de ferro em Moncorvo não fica inviabilizada com a desistência da Rio Tinto do projecto, noticia hoje a Reuters. "O projecto das minas de Moncorvo avança, mas muito provavelmente sem a Rio Tinto", disse à agência de notícias uma fonte próxima do processo.

A empresa australiana tinha previsto um investimento superior a mil milhões de euros no projecto, o que iria permitir, numa primeira fase, a criação de 420 novos postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, bem como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano

"A Rio Tinto está a optar por desinvestir em alguns projectos de menor dimensão e o de Moncorvo deverá ser um deles, apesar das negociações não estarem ainda formalmente encerradas", explicou a mesma fonte à Reuters.

As conversações terminaram na semana passada depois de a Minning Technology Investments (MTI), que detém os direitos de concessão das minas de Moncorvo até 2070, "não ter conseguido provar junto da Rio Tinto que o projecto era viável e rentável".

Segundo a mesma notícia, estarão agora interessadas no projecto em Moncorvo “grandes empresas mineiras do Brasil, China, Canadá e Coreia".

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