Ministra do Ambiente garante que abrandamento da construção de Foz Tua é para cumprir

A ministra do Ambiente disse esta segunda-feira que será cumprido em Foz Tua “o que foi decidido em São Petersburgo” pelo Comité do Património Mundial da Unesco, que pediu a Portugal para “abrandar significativamente” a construção da barragem.

“Aquilo que foi decidido em São Petersburgo [Rússia] será naturalmente seguido”, disse à agência Lusa Assunção Cristas, no final de uma cerimónia de entrega de certificados de formação a jovens agricultores promovida pela Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, em Vila Franca de Xira.

O Comité do Património Mundial da Unesco — Organização da Unesco para a Educação, Ciência e Cultura pediu ao Estado português, na reunião realizada em finais de Junho na segunda maior cidade da Rússia, que “abrande significativamente o trabalho na barragem, enquanto está a ser realizado um estudo sobre os impactos da hidroelétrica no Alto Douro Vinhateiro”.

A proposta que estava em cima da mesa nesse encontro recomendava a suspensão da construção da Barragem de Foz Tua, que se encontra em obra há 15 meses, entre os concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães.

Assunção Cristas destacou o facto de não ter sido decidido a suspensão da obra, mas escusou-se a esclarecer de que forma a empreitada vai abrandar.

A Icomos considerou “grave” e “irreversível” o impacto da hidroelétrica sobre o património mundial e, por isso, aconselhou a paragem das obras até à visita de uma missão conjunta ao local.

Assunção Cristas já defendeu na comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local que a barragem de Foz Tua é compatível com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade e afastou a possibilidade de suspender as obras por falta de verbas.

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