O ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu hoje a utilização conjunta de helicópteros pelos ministérios da Saúde, da Defesa e da Administração Interna.
«Isso é que é benéfico para o país. Não é cada um ter os seus helicópteros», disse o ministro aos jornalistas no final de uma cerimónia de entrega de 200 Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a corpos de bombeiros, em Lisboa.
Questionado sobre o alegado fim do serviço nocturno de três dos cinco helicópteros do INEM, Paulo Macedo disse que a questão foi apenas objecto de uma proposta que «vai ser analisada».
Conforme a Lusa noticiou na segunda-feira, os helicópteros ligeiros – estacionados em Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Loulé - não estão a realizar os serviços que deviam estar a realizar, nomeadamente à noite e por dificuldades várias como a visibilidade ou as condições atmosféricas que limitam a sua actuação.
O presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, revelou que, até ao final do ano, deverá haver uma decisão sobre a manutenção, ou não, dos cinco helicópteros com os horários de funcionamento actuais: 24 horas por dia.
«É preciso olhar para o actual mapa dos helicópteros e perceber se a realidade da sua actividade está de acordo com aquilo para o qual foram concebidos», disse.
Para Paulo Macedo, «muito mais importante é a solução de fundo que está a ser estudada entre o Ministério da Saúde, da Defesa e da Administração Interna, no sentido de haver uma utilização conjunta de helicópteros a prazo».
Presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes (CIM) defende continuidade do serviço
Mas o presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes (CIM) defendeu hoje que o funcionamento em período noturno do helicóptero do INEM estacionado em Macedo de Cavaleiros faz tudo o sentido, já que esta região está afastada dos hospitais de referência.
Segundo Jorge Nunes, é nos territórios do interior que estas aeronaves têm mais eficácia em relação às áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, já que nestas zonas a evacuação através de helicóptero está mais limitada.
"Nestes núcleos urbanos existe uma rede de Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação mais densa e um conjunto de hospitais com capacidade de resposta mais próxima, o que significa uma menor procura do transporte aéreo de emergência", justificou o responsável pela CIM e também presidente da câmara de Bragança.
Jorge Nunes alertou ainda que caso seja necessário evacuar uma pessoa em concelhos periféricos como Freixo de Espada à Cinta ou Miranda do Douro, ou de outra zona de interior do país, acionar um helicóptero é uma resposta é mais rápida e eficaz.
"Um helicóptero não precisa de estar estacionado numa zona metropolitana, ou nas proximidades, já que uma VMER assegura uma resposta mais pronta. Um helicóptero numa zona de elevada densidade populacional também não opera entre hospitais de grande proximidade, cabendo a tarefa a ambulâncias equipadas com meios humanos e técnicos", avançou o autarcas transmontano.
O responsável diz entender que tenha de haver alguma "racionalização" de utilização de recursos e "redução" de despesa mas salienta que não pode ser tudo contra o interior.
"Contra o interior tem sido tudo. Foi o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente nos Centros de Saúde, é o Orçamento de Estado a eliminar os incentivos ficais contra interioridade. Há um conjunto de medida que estão a atentar contra os cidadãos e o território", salientou Jorge Nunes.
Em jeito de conclusão o autarca apela ao" bom senso" por parte dos responsáveis públicos, afirmando que os helicópteros do INEM devem estar próximos das populações.
Para já, os especialistas reconhecem que os helicópteros ligeiros - estacionados em Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Loulé - não estão a realizar os serviços que deviam estar, nomeadamente à noite e por dificuldades várias como a visibilidade ou as condições atmosféricas que limitam a sua atuação.
Em média, os helicópteros do INEM efetuam meia saída por dia, o que representa uma "baixa eficiência" a "gastos grandes".
Segundo o presidente do INEM, os cinco helicópteros ao serviço do INEM custam dez milhões de euros por ano, mas três deles poderão deixar de trabalhar à noite, altura em que a sua produção se tem revelado muito reduzida.
Fonte: Lusa
«Isso é que é benéfico para o país. Não é cada um ter os seus helicópteros», disse o ministro aos jornalistas no final de uma cerimónia de entrega de 200 Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a corpos de bombeiros, em Lisboa.
Questionado sobre o alegado fim do serviço nocturno de três dos cinco helicópteros do INEM, Paulo Macedo disse que a questão foi apenas objecto de uma proposta que «vai ser analisada».
Conforme a Lusa noticiou na segunda-feira, os helicópteros ligeiros – estacionados em Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Loulé - não estão a realizar os serviços que deviam estar a realizar, nomeadamente à noite e por dificuldades várias como a visibilidade ou as condições atmosféricas que limitam a sua actuação.
O presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, revelou que, até ao final do ano, deverá haver uma decisão sobre a manutenção, ou não, dos cinco helicópteros com os horários de funcionamento actuais: 24 horas por dia.
«É preciso olhar para o actual mapa dos helicópteros e perceber se a realidade da sua actividade está de acordo com aquilo para o qual foram concebidos», disse.
Para Paulo Macedo, «muito mais importante é a solução de fundo que está a ser estudada entre o Ministério da Saúde, da Defesa e da Administração Interna, no sentido de haver uma utilização conjunta de helicópteros a prazo».
Presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes (CIM) defende continuidade do serviço
Mas o presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes (CIM) defendeu hoje que o funcionamento em período noturno do helicóptero do INEM estacionado em Macedo de Cavaleiros faz tudo o sentido, já que esta região está afastada dos hospitais de referência.
Segundo Jorge Nunes, é nos territórios do interior que estas aeronaves têm mais eficácia em relação às áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, já que nestas zonas a evacuação através de helicóptero está mais limitada.
"Nestes núcleos urbanos existe uma rede de Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação mais densa e um conjunto de hospitais com capacidade de resposta mais próxima, o que significa uma menor procura do transporte aéreo de emergência", justificou o responsável pela CIM e também presidente da câmara de Bragança.
Jorge Nunes alertou ainda que caso seja necessário evacuar uma pessoa em concelhos periféricos como Freixo de Espada à Cinta ou Miranda do Douro, ou de outra zona de interior do país, acionar um helicóptero é uma resposta é mais rápida e eficaz.
"Um helicóptero não precisa de estar estacionado numa zona metropolitana, ou nas proximidades, já que uma VMER assegura uma resposta mais pronta. Um helicóptero numa zona de elevada densidade populacional também não opera entre hospitais de grande proximidade, cabendo a tarefa a ambulâncias equipadas com meios humanos e técnicos", avançou o autarcas transmontano.
O responsável diz entender que tenha de haver alguma "racionalização" de utilização de recursos e "redução" de despesa mas salienta que não pode ser tudo contra o interior.
"Contra o interior tem sido tudo. Foi o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente nos Centros de Saúde, é o Orçamento de Estado a eliminar os incentivos ficais contra interioridade. Há um conjunto de medida que estão a atentar contra os cidadãos e o território", salientou Jorge Nunes.
Em jeito de conclusão o autarca apela ao" bom senso" por parte dos responsáveis públicos, afirmando que os helicópteros do INEM devem estar próximos das populações.
Para já, os especialistas reconhecem que os helicópteros ligeiros - estacionados em Macedo de Cavaleiros, Aguiar da Beira e Loulé - não estão a realizar os serviços que deviam estar, nomeadamente à noite e por dificuldades várias como a visibilidade ou as condições atmosféricas que limitam a sua atuação.
Em média, os helicópteros do INEM efetuam meia saída por dia, o que representa uma "baixa eficiência" a "gastos grandes".
Segundo o presidente do INEM, os cinco helicópteros ao serviço do INEM custam dez milhões de euros por ano, mas três deles poderão deixar de trabalhar à noite, altura em que a sua produção se tem revelado muito reduzida.
Fonte: Lusa