Já é oficial, o Ministério da Economia já confirmou que uma das maiores empresas mineiras do mundo está interessada em investir cerca de três mil e quinhentos milhões de euros para fazer a reactivação das minas de ferro de Torre de Moncorvo.
O projecto poderá durar cem anos e numa primeira fase este investimento irá permitir criar 420 novos postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, assim como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, em parcerias com instituições locais e internacionais.
A população de Torre de Moncorvo reagiu positivamente à notícia mas está reticentes porque o projecto é de uma envergadura pouco habitual na região, sendo necessário investir muitos milhões de euros em vias de comunicação para permitir o escoamento e o fluxo da exportação do minério.
Para já, o que se sabe é que o projecto está a ser negociado entre o Governo, a empresa que detém a concessão das minas de Torres de Moncorvo até 2070, a MTI Ferro de Moncorvo, SA, e a companhia mineira anglo -australiana Rio Tinto.
As jazidas de Torre de Moncorvo têm 600 milhões de toneladas de minério e mil milhões de toneladas de recursos indeferidos, o que as transforma numa das maiores jazidas do mundo. A preços de mercado actual, as reservas valem 58,2 mil milhões de euros, um terço da riqueza anual gerada em Portugal. Se o projecto for concretizado o Estado vai encaixar nos seus cofres 9% das receitas geradas.
O autarca de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, mostra-se cauteloso em relação ao investimento de empresa anglo-australiana nas minas. Em declarações à Antena 1 não se mostrou especialmente entusiasmado com a notícia de uma empresa de exploração de minério anglo-australiana , que é uma das maiores do mundo, estar interessada em investir 3.500 milhões de euros nas minas do seu concelho.
Aires Ferreira espera que consequências ambientais sejam acauteladas neste novo empreendimento e lembra a difícil relação com a concessionária que explora actualmente as minas, a MTI Ferro de Moncorvo, SA.
O edil recorda que a instalação de um parque eólico para o mesmo local foi recentemente inviabilizado, e esse poderia trazer um rendimento anual de cerca de 10 milhões de euros, sem grandes impactos ambientais, referiu . “ A empresa que detém agora a concessão do ferro foi prejudicial para o concelho, porque inviabilizou um parque eólico de 50 megawats adjudicado pela Direcção Nacional de Energia e Geologia em 2008, e que renderia ao município 10 milhões de euros. Essa firma, a MTI, inviabilizou isso. Portanto é preciso ter em conta, também aqui, os interesses locais e regionais, porque senão aquilo que pode ser uma boa notícia para Moncorvo, pode, afinal, trazer só prejuízo”, fez questão de sublinhar Aires Ferreira.
O antigo governador civil de Bragança já conhecia o negócio, tendo dito à Lusa que as negociações para a exploração de ferro em Torre de Moncorvo foram conduzidas pelo anterior Governo, que entregou ao novo executivo o processo já em fase de licenciamento.
Jorge Gomes adiantou ter sido o intermediário destas negociações depois de ter sido contactado no início de 2010 pela MTI, a empresa que detém a concessão da mina desde 2008 e até 2070.
"Este processo arrasta-se há anos e no início de 2010 a MTI apareceu no Governo Civil para apresentar o projecto para proceder à exploração, depois de ter feito as necessárias prospeções", afirmou o antigo representante do Governo em Bragança, em declarações à agência Lusa.
As minas de Torre de Moncorvo começaram a ser exploradas em 1950 por uma empresa alemã. Nessa altura, foi a maior firma empregadora de mão-de-obra da região, chegando a empregar cerca de 1500 mineiros. Em 1976 foi nacionalizada e quando se deu a desvalorização internacional do ferro foi lentamente entrando em decadência até serem definitivamente encerradas em 1983.
Os interessados são da anglo-australianos da Rio Tinto, uma das três maiores empresas mineiras do mundo, que veem nas jazidas de ferro da vila transmontana uma oportunidade de negócio.
O projecto poderá durar cem anos e numa primeira fase este investimento irá permitir criar 420 novos postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, assim como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, em parcerias com instituições locais e internacionais.
A população de Torre de Moncorvo reagiu positivamente à notícia mas está reticentes porque o projecto é de uma envergadura pouco habitual na região, sendo necessário investir muitos milhões de euros em vias de comunicação para permitir o escoamento e o fluxo da exportação do minério.
Para já, o que se sabe é que o projecto está a ser negociado entre o Governo, a empresa que detém a concessão das minas de Torres de Moncorvo até 2070, a MTI Ferro de Moncorvo, SA, e a companhia mineira anglo -australiana Rio Tinto.
As jazidas de Torre de Moncorvo têm 600 milhões de toneladas de minério e mil milhões de toneladas de recursos indeferidos, o que as transforma numa das maiores jazidas do mundo. A preços de mercado actual, as reservas valem 58,2 mil milhões de euros, um terço da riqueza anual gerada em Portugal. Se o projecto for concretizado o Estado vai encaixar nos seus cofres 9% das receitas geradas.
O autarca de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, mostra-se cauteloso em relação ao investimento de empresa anglo-australiana nas minas. Em declarações à Antena 1 não se mostrou especialmente entusiasmado com a notícia de uma empresa de exploração de minério anglo-australiana , que é uma das maiores do mundo, estar interessada em investir 3.500 milhões de euros nas minas do seu concelho.
Aires Ferreira espera que consequências ambientais sejam acauteladas neste novo empreendimento e lembra a difícil relação com a concessionária que explora actualmente as minas, a MTI Ferro de Moncorvo, SA.
O edil recorda que a instalação de um parque eólico para o mesmo local foi recentemente inviabilizado, e esse poderia trazer um rendimento anual de cerca de 10 milhões de euros, sem grandes impactos ambientais, referiu . “ A empresa que detém agora a concessão do ferro foi prejudicial para o concelho, porque inviabilizou um parque eólico de 50 megawats adjudicado pela Direcção Nacional de Energia e Geologia em 2008, e que renderia ao município 10 milhões de euros. Essa firma, a MTI, inviabilizou isso. Portanto é preciso ter em conta, também aqui, os interesses locais e regionais, porque senão aquilo que pode ser uma boa notícia para Moncorvo, pode, afinal, trazer só prejuízo”, fez questão de sublinhar Aires Ferreira.
O antigo governador civil de Bragança já conhecia o negócio, tendo dito à Lusa que as negociações para a exploração de ferro em Torre de Moncorvo foram conduzidas pelo anterior Governo, que entregou ao novo executivo o processo já em fase de licenciamento.
Jorge Gomes adiantou ter sido o intermediário destas negociações depois de ter sido contactado no início de 2010 pela MTI, a empresa que detém a concessão da mina desde 2008 e até 2070.
"Este processo arrasta-se há anos e no início de 2010 a MTI apareceu no Governo Civil para apresentar o projecto para proceder à exploração, depois de ter feito as necessárias prospeções", afirmou o antigo representante do Governo em Bragança, em declarações à agência Lusa.
As minas de Torre de Moncorvo começaram a ser exploradas em 1950 por uma empresa alemã. Nessa altura, foi a maior firma empregadora de mão-de-obra da região, chegando a empregar cerca de 1500 mineiros. Em 1976 foi nacionalizada e quando se deu a desvalorização internacional do ferro foi lentamente entrando em decadência até serem definitivamente encerradas em 1983.