Foram vendidas 25 toneladas de cebolas na feira em que este vegetal é“Rei”,realizada no último sábado em Chacim. As expetativas geradas pela feira de ano foram confirmadas e os produtores saíram contentes após mais uma realização desta feira secular.
Embora o grosso dos visitantes apenas tenham vindo a partir das 9.30h, Gabriel Oliveira, agricultor de Chacim, já havia vendido todas as cebolas que destinara para a feira. Trouxera 90 cabos que vendeu “a 3,5€ ou 3€”, preços que lhe garantem “que o cultivo das cebolas ainda é rentável.” A essa hora, ali ao lado, Carlos Silva de Bragança, negociava com o vendedor o melhor preço. É uma presença assídua em Chacim nesta feira, onde adquire cebolas “para todo o ano, tanto para mim, como para a minha mãe e para o meu irmão.” Desta vez, carregou a carrinha furgão com 46 cabos adquiridos por 138€, que, apressa-se a dizer, “é mais barato do que ir semanalmente ao supermercado”.
Os visitantes são agora muitos, passam, vêem e discutem os preços com os vendedores. Mais abaixo, também se interessam com as bancadas de roupa, e utensílios agrícolas, mas nesta altura, o que mais se ouve é o megafone dos vendedores que vieram de Amarante. Se haviam começado a manhã a vender 5 isqueiros a 1€, nesta altura faziam negócio com 30 pares de meias a 5€; “tomaram muitos feirantes comprarem para as voltarem a vender”, apregoa. A atenção de algumas pessoas continuaria ali concentrada com “a promoção” de 5 toalhas de mesa e um edredão ou colcha a 20€ “é de comer à mesa para depois saltar para uma sesta na cama”.
Enquanto isto, Henrique Rocha, orgulhoso por ser o vendedor mais velho da feira, é abordado por um transeunte: “- A como a vende, patrão?”; “- 4,5€, mas vai bem melhor servido do que com a que se vende a 3€.” Enquanto nos mostra um cabo de cebolas, há um outro visitante que nos diz: “tenho-a comprado todos os anos a ele”. Desta vez, leva 4 cabos, 2 em cada mão.
Mesmo ao lado, está a carrinha de José Génio, o Presidente da Junta de Freguesia e também ele produtor. Divide a sua atenção entre quem o aborda para indagar do preço - “- A como é a cebola?”; “- É a 4€, e já pouca tenho… veja lá!” – e, o dever de anfitrião cumprimentado por muitos dos “filhos da terra” que durante esta altura regressam a Chacim. Não esconde a felicidade de ver muita gente na feira, apressando-se a dizer: “isto está a correr bem, o pessoal está satisfeito com as vendas.”
Texto: Nélio Pimentel
Embora o grosso dos visitantes apenas tenham vindo a partir das 9.30h, Gabriel Oliveira, agricultor de Chacim, já havia vendido todas as cebolas que destinara para a feira. Trouxera 90 cabos que vendeu “a 3,5€ ou 3€”, preços que lhe garantem “que o cultivo das cebolas ainda é rentável.” A essa hora, ali ao lado, Carlos Silva de Bragança, negociava com o vendedor o melhor preço. É uma presença assídua em Chacim nesta feira, onde adquire cebolas “para todo o ano, tanto para mim, como para a minha mãe e para o meu irmão.” Desta vez, carregou a carrinha furgão com 46 cabos adquiridos por 138€, que, apressa-se a dizer, “é mais barato do que ir semanalmente ao supermercado”.
Os visitantes são agora muitos, passam, vêem e discutem os preços com os vendedores. Mais abaixo, também se interessam com as bancadas de roupa, e utensílios agrícolas, mas nesta altura, o que mais se ouve é o megafone dos vendedores que vieram de Amarante. Se haviam começado a manhã a vender 5 isqueiros a 1€, nesta altura faziam negócio com 30 pares de meias a 5€; “tomaram muitos feirantes comprarem para as voltarem a vender”, apregoa. A atenção de algumas pessoas continuaria ali concentrada com “a promoção” de 5 toalhas de mesa e um edredão ou colcha a 20€ “é de comer à mesa para depois saltar para uma sesta na cama”.
Enquanto isto, Henrique Rocha, orgulhoso por ser o vendedor mais velho da feira, é abordado por um transeunte: “- A como a vende, patrão?”; “- 4,5€, mas vai bem melhor servido do que com a que se vende a 3€.” Enquanto nos mostra um cabo de cebolas, há um outro visitante que nos diz: “tenho-a comprado todos os anos a ele”. Desta vez, leva 4 cabos, 2 em cada mão.
Mesmo ao lado, está a carrinha de José Génio, o Presidente da Junta de Freguesia e também ele produtor. Divide a sua atenção entre quem o aborda para indagar do preço - “- A como é a cebola?”; “- É a 4€, e já pouca tenho… veja lá!” – e, o dever de anfitrião cumprimentado por muitos dos “filhos da terra” que durante esta altura regressam a Chacim. Não esconde a felicidade de ver muita gente na feira, apressando-se a dizer: “isto está a correr bem, o pessoal está satisfeito com as vendas.”
Texto: Nélio Pimentel