No âmbito das comemorações da Semana Europeia das Doenças da Próstata, a decorrer de 19 a 25 de setembro, a Associação Portuguesa de Urologia (APU) alerta os homens com mais de 50 anos para a necessidade de consultarem anualmente o seu médico de família, no sentido de prevenir o aparecimento deste tipo de patologias, que surgem maioritariamente a partir desta idade e têm um desenvolvimento lento e silencioso.
De acordo com um estudo europeu publicado no The New England Journal of Medicine, o diagnóstico precoce do cancro da próstata reduz a mortalidade em 20%. A vergonha em partilhar os sintomas de natureza sexual, o receio de ser submetido a exames constrangedores, e a ideia de que os problemas urológicos são um fenómeno natural do envelhecimento são alguns dos fatores que condicionam a idas ao médico.
A campanha de sensibilização da APU, este ano, consistirá na distribuição de folhetos informativos nas farmácias de todo o país sobre as principais patologias que afetam a próstata e a importância do diagnóstico e intervenção precoce destas patologias, que são silenciosas nas suas fases iniciais.
Tomé Lopes, presidente da APU, explica que “as doenças da próstata são mais frequentes em homens com mais de 50 anos, embora possam ocorrer antes dos 40, com alguma raridade. Estas patologias podem estar presentes durante longos períodos de tempo sem quaisquer sintomas ou com sintomas ligeiros, pelo que deve realizar-se um despiste de forma regular. Falamos de prostatites, hipertrofia benigna da próstata e o cancro, que continua a atingir entre 3 mil a 4 mil portugueses todos os anos, dos quais cerca de 1800 acabam por morrer”.
Segundo o especialista, “ a prevenção pode ajudar a diminuir estes números trágicos. Recomenda-se que a partir dos 45 anos todos os homens consultem o seu médico para saber se o PSA (antigénio específico da próstata) é suspeito, principalmente se algum familiar próximo já tem um historial de cancro da próstata”.
A suspeita de cancro é obtida através da subida do PSA, uma análise ao sangue que doseia uma substância libertada pela próstata para a corrente sanguínea, mas deve ser confirmada através do toque retal. A elevação do PSA não se verifica exclusivamente nas situações de cancro, mas constitui o principal indicador em que os urologistas se fundamentam para recorrer à biopsia prostática.
Sobre as Doenças da Próstata
Prostatite, Hipertrofia Benigna da Próstata (HBP) e Cancro da Próstata são os tipos de patologia da próstata mais frequentes, sendo que a incidência destas duas últimas doenças tem sido maior nas últimas décadas, devido não só ao aumento da esperança média de vida, como pelos novos métodos de diagnóstico.
Embora o cancro da próstata seja usualmente a doença mais falada, a HBP é a patologia prostática mais frequente, dando origem a cerca de 10.000 cirurgias por ano e atingindo metade dos portugueses com 60 anos e 90% com 80 anos. Há homens que não dão muita importância aos sinais de HBP, embora eles estejam presentes. Até ao dia em que, subitamente, não conseguem urinar. Esta patologia pode causar problemas maiores com o decorrer do tempo: a retenção urinária parcial com resíduo miccional progressivamente crescente pode levar a infecções urinárias, incontinência, pedras na bexiga e lesões do rim.
Em Portugal, o cancro da próstata ocupa o terceiro lugar da incidência de doenças oncológicas e o segundo em taxa de mortalidade, sendo responsável por cerca de 1800 mortes, por ano. Na maioria dos homens, o cancro cresce de forma lenta e silenciosa, podendo mesmo muitos desconhecer que têm a doença.
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De acordo com um estudo europeu publicado no The New England Journal of Medicine, o diagnóstico precoce do cancro da próstata reduz a mortalidade em 20%. A vergonha em partilhar os sintomas de natureza sexual, o receio de ser submetido a exames constrangedores, e a ideia de que os problemas urológicos são um fenómeno natural do envelhecimento são alguns dos fatores que condicionam a idas ao médico.
A campanha de sensibilização da APU, este ano, consistirá na distribuição de folhetos informativos nas farmácias de todo o país sobre as principais patologias que afetam a próstata e a importância do diagnóstico e intervenção precoce destas patologias, que são silenciosas nas suas fases iniciais.
Tomé Lopes, presidente da APU, explica que “as doenças da próstata são mais frequentes em homens com mais de 50 anos, embora possam ocorrer antes dos 40, com alguma raridade. Estas patologias podem estar presentes durante longos períodos de tempo sem quaisquer sintomas ou com sintomas ligeiros, pelo que deve realizar-se um despiste de forma regular. Falamos de prostatites, hipertrofia benigna da próstata e o cancro, que continua a atingir entre 3 mil a 4 mil portugueses todos os anos, dos quais cerca de 1800 acabam por morrer”.
Segundo o especialista, “ a prevenção pode ajudar a diminuir estes números trágicos. Recomenda-se que a partir dos 45 anos todos os homens consultem o seu médico para saber se o PSA (antigénio específico da próstata) é suspeito, principalmente se algum familiar próximo já tem um historial de cancro da próstata”.
A suspeita de cancro é obtida através da subida do PSA, uma análise ao sangue que doseia uma substância libertada pela próstata para a corrente sanguínea, mas deve ser confirmada através do toque retal. A elevação do PSA não se verifica exclusivamente nas situações de cancro, mas constitui o principal indicador em que os urologistas se fundamentam para recorrer à biopsia prostática.
Sobre as Doenças da Próstata
Prostatite, Hipertrofia Benigna da Próstata (HBP) e Cancro da Próstata são os tipos de patologia da próstata mais frequentes, sendo que a incidência destas duas últimas doenças tem sido maior nas últimas décadas, devido não só ao aumento da esperança média de vida, como pelos novos métodos de diagnóstico.
Embora o cancro da próstata seja usualmente a doença mais falada, a HBP é a patologia prostática mais frequente, dando origem a cerca de 10.000 cirurgias por ano e atingindo metade dos portugueses com 60 anos e 90% com 80 anos. Há homens que não dão muita importância aos sinais de HBP, embora eles estejam presentes. Até ao dia em que, subitamente, não conseguem urinar. Esta patologia pode causar problemas maiores com o decorrer do tempo: a retenção urinária parcial com resíduo miccional progressivamente crescente pode levar a infecções urinárias, incontinência, pedras na bexiga e lesões do rim.
Em Portugal, o cancro da próstata ocupa o terceiro lugar da incidência de doenças oncológicas e o segundo em taxa de mortalidade, sendo responsável por cerca de 1800 mortes, por ano. Na maioria dos homens, o cancro cresce de forma lenta e silenciosa, podendo mesmo muitos desconhecer que têm a doença.
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