Azeite transmontano continua a somar medalhas internacionais

Começa a ser frequente o reconhecimento internacional do azeite produzido na região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Os primeiros resultados em concursos nacionais e internacionais vieram confirmar isso mesmo, surgindo o Azeite de Trás-os-Montes e do Douro com vitórias em variadas categorias e nos mais diversos concursos por todo o mundo.
Foram recentemente publicados os resultados do concurso Mario Solinas, organizado pelo Comité Olivícola Internacional, referência no mundo oleícola internacional.

A região de Trás-os-Montes e do Douro obteve um Primeiro Prémio na Categoria de Frutado Maduro através do Quinta de Vale do Conde da Sociedade Agrícola do Conde, tendo sido finalistas o Magna Olea de Jerónimo Abreu Lima (vencedor em 2009) e o AUCAMA na categorias de Verde Intenso e Maduro respectivamente.

São também já conhecidos os resultados do concurso internacional TerraOlivo  realizado em Israel. Também aqui e mais uma vez o Azeite de Trás-os-Montes esteve em grande destaque obtendo um conjunto de resultados de grande prestígio.

Segundo a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTMAD), “são estes resultados que demonstram a pujança da fileira olivícola na Região de Trás-os-Montes e do Douro e que o trabalho de valorização do Azeite de Trás-os-Montes e do Douro e os resultados obtidos pelos produtores regionais resultam de um enorme esforço colectivo e não são fruto do acaso. Estes resultados não são simples coincidências”.

A AOTMAD destaca “o percurso que este ano está a realizar o Azeite de Trás-os-Montes DOP Quinta de Vale do Conde com cinco prémios e menções honrosas até ao presente momento”.

A associação de olivicultores da região transmontana diz aguardar com expectativa os resultados do 5º Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra que será realizado no âmbito da 48ª Feira Nacional de Agricultura de Santarém, em que a região de Trás-os-Montes e Douro estará representada com quarenta e sete entre os 100 azeites candidatos.

A AOTMAD sublinha o esforço que tem vindo a ser dispendido para conseguir implementar a nível nacional e internacional a qualidade do azeite transmontano, esforço esse que, referem, tem sido realizado “sem qualquer tipo de apoio institucional seja financeiro ou diplomático, ao contrário de outros países concorrentes a este tipo de eventos que invariavelmente são apoiados pelas entidades governamentais ou pelas respectivas Associações Interprofissionais”.

A aposta na antecipação da campanha, a formação em análise sensorial de todos os actores, o apelo a boas práticas de produção e transformação, a regeneração do perfil do produtor regional e principalmente a motivação aduzida por todos os presentes sucessos têm contribuído para a afirmação nacional e internacional do Azeite de Trás-os-Montes e do Douro

Segundo a AOTMAD, Portugal “é o único país da Europa em que não existe uma estrutura Interprofissional do sector do Azeite que defenda a identidade do azeite nacional e que promova a sua valorização e genuinidade, seria importante pelo menos existir uma estratégia de valorização de todas as vitórias regionais e nacionais que afirmasse de forma definitiva Portugal como país de referência na produção de azeites virgem extra de excelência”, referem.

A associação considera que o conjunto de resultados positivos obtidos constitui uma “grande oportunidade de aumentar de forma significativa as exportações no sector com efectivo retorno na cadeia de valor para o olivicultor e não apenas como desculpa de um único objectivo de compensação da auto-suficiência.

Tal como acontece em diversos países produtores de azeite na Europa, com especial destaque para a Itália, está na hora de aproveitar estes excelentes resultados e lançar um verdadeiro Manifesto em Defesa do Verdadeiro Azeite Virgem Extra Português”, defende a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro.

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