
Criativos e cativantes, o trio é marcado por uma voz (a voz de Cátia Pereira) que não deixa indiferente qualquer pessoa que a escute, assumindo a sua expressividade vocal um papel preponderante nos temas que vão correndo neste primeiro CD com uma admirável capacidade de surpreender.
À excepção de “Volúpia do Aborrecimento”, todos os títulos que integram o trabalho de apresentação são cantados em português, gerando-se uma perfeita simbiose entre as palavras que constroem interessantes poemas e o electrónico acústico dos teclados e guitarras com que o grupo estruturou este seu primeiro trabalho discográfico.
O que encanta no canto dos Guta Naki é, sem dúvida, a originalidade das palavras, palavras essas que desenham temas onde se abordam assuntos que se afastam da habitualidade dos lugares comuns.
Guta Naki surgem-nos com uma pop refrescante, excêntrica, irreverente, mas numa dose quanto baste. E no final da audição deste seu primeiro trabalho, também chamado de Guta Naki, conclui-se que a sua sonoridade explora outros horizontes musicais que ultrapassa o estrito universo da pop.
O grupo ainda é pouco conhecido apesar de um percurso com quase quatro anos, iniciado em Lisboa no ano de 2008. Mas este semi-anonimato não o deverá ser por muito tempo, já que disco vem publicamente provar que estamos perante um trio com futuro porque executa e cria música com excelente qualidade.
Os transmontanos terão oportunidade de isso mesmo confirmar quando no próximo dia 25 de Fevereiro o grupo se deslocar a Bragança, num concerto que tem agendado para 22 horas no auditório do Museu Abade de Baçal.
A Ouvir: Apresentação resumida da banda