O autor das “Crónicas da Violentíssima Ternura”, álbum editado em 2001, estará pela primeira vez nesta cidade transmontana, sendo, por isso, um concerto bastante aguardado.
Pedro Barroso nasceu em Lisboa em 1950 e estreia-se no célebre programa Zip-Zip no ano de 1969.
“Publica o seu primeiro disco "Trova-dor" (1970) e entra na Companhia do Teatro Experimental de Cascais onde participa como actor, músico e cantor em várias peças. Produz entretanto alguns programas para Rádio e Televisão ("Musicarte", "Tempo de ensaio", etc.).
Embora por norma ande arredado dos grandes centros de decisão e insista em viver no campo, retirado das tertúlias tem gravado com grande regularidade, ao longo de quase 40 anos de carreira. Recebeu até hoje vários prémios nacionais e internacionais tais como prémio para a melhor canção de 1987 (Menina dos Olhos d'água), o Prémio Directíssimo; o Troféu Karolinka (Festival Menschen und Meer, RDA 81), diploma de mérito da Secretaria de Estado do Ambiente (88); Troféu Lusopress (Paris 93) e ainda o título de "Ribatejano Ilustre" atribuído pela Casa do Ribatejo (94).
Cantou até hoje em praticamente todo o território nacional e ainda em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Suiça, Suécia, Inglaterra, Canadá, Brasil, Hungria, Macau e Estados Unidos.
Em 1996 é editado o livro "Cantos Falados", (ED. ULMEIRO) que reune toda a sua poesia - de canção e não só.
Com a atribuição a José Saramago do prémio Nobel da Literatura em 1998, torna-se num dos muito poucos autores que com ele partilha obra publicada - canção Afrodite (in LP Água mole em pedra dura, 1978).
Continuando, com regularidade, os registos e concertos, publica em 1999 o CD "Criticamente" e em 2001 o CD "Crónicas da Violentíssima Ternura".
Mantendo uma preferência especial pelos concertos ao vivo, neles continua evocando os seus temas de sempre - a mulher, o mar, a natureza, os tipos humanos, a solidariedade, o amor, a portugalidade...
Talvez por isso, convidar Pedro Barroso para uma actuação significa optar por um espectáculo culto, digno, forte e emotivo, com uma relação muito especial com a assistência.
No Natal de 2002 foi editado um CD, de seu título genérico "De viva voz" que regista ao vivo temas gravados em pontos vários nos últimos cinco anos e que, embora com a qualidade técnica permitida pelas circunstâncias, se converte num documento único de grande valor como memória de um estilo bem pessoal e da emoção vivida em palco em alguns momentos.
Em 2003 foi publicado o seu segundo livro "das mulheres e do mundo" (Ed. Mirante).
Celebra no ano de 2004 o seu 35º aniversario de autor, poeta e compositor lançando o CD "Navegador do Futuro" (Ed. Ocarina) e com actuações.
Em 2005 actua a solo no Fórum Lisboa; recebe o Prémio de melhor disco do ano atribuído pela Rádio Central FM ao CD "Navegador do Futuro" .
O seu livro de estreia em ficção – "A história maravilhosa do país bimbo", (Ed Calidum) em que aborda com sarcasmo e ironia alguns aspectos incompreensíveis de um país nunca identificado mas vagamente familiar, foi editado em 2005.
Ainda em 2005 foi editado o CD "Antologia" em caixa de duplo CD, registando os seus mais relevantes trabalhos realizados entre 1982 e 1990, onde avultam colaborações históricas com Mário Viegas e Sophia de Mello Breyner Andresen.
Continua trabalhando em concertos pelo país actuando entre outros locais, no Rivoli do Porto, Pavilhão Atlântico, Teatro Lethes e Fórum Lisboa em 2006 e no Teatro Armando Cortês, em Lisboa, já em 2007.
Considerado como um dos últimos trovadores de uma geração de coragem que ajudou pela canção a conquistar as liberdades democráticas para Portugal, continua a constituir-se como uma alternativa sempre diferente nos seus concertos, repletos de emoção e coloquialidade”.
Texto da biografia recolhido no site de Pedro Barroso
A tocar "Maria Montanha" do albúm "Crónicas da Violentíssima Ternura".