Inoperacionalidade do Helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros está a gerar polémica

Chegou tarde, mas cedo começa a gerar polémica. O helicóptero do INEM que está estacionado no heliporto de Macedo de Cavaleiros está a agitar o ambiente político do distrito de Bragança.

Depois do que aconteceu no dia 7 de Julho, dia em que perante dois graves acidentes o helicóptero não acorreu por ausência de uma equipa médica, o PSD do distrito de Bragança, através dos seus representantes na Assembleia da República, fizeram uma interpelação ao Ministério da Saúde, querendo saber as razões da inoperacionalidade do aparelho destinado a prestar serviços de urgência médica.

Os sociais-democratas do nordeste transmontano querem saber por que razão não estava disponível a equipa médica afecta ao helicóptero do INEM no dia 7 de Julho e quem é o responsável por esta indisponibilidade.

Num requerimento que deu entrada na Assembleia da República, a que o Notícias do Nordeste teve acesso, os deputados nordestinos pelo PSD começam por lembrar que “a colocação de um helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros com vocação para servir toda a região transmontana decorreu de um compromisso do Ministério da Saúde, vertido em diversos protocolos estabelecidos com as Câmaras Municipais locais”.

Contudo, referem, “que o Ministério da Saúde começou por falhar o seu compromisso, já que o helicóptero não foi instalado em 1 de Janeiro de 2008 como previam os protocolos, mas só em Abril de 2010”; um processo que ultrapassou em mais de dois anos os prazos inicialmente previstos e aprovados.

Depois dos primeiros três meses de activação deste serviço de emergência, em que o helicóptero do INEM deu cumprimento às expectativas das populações e dos serviços de saúde “com intervenções rápidas e eficientes em situações de emergência, disponibilização de cuidados de saúde adequados e encaminhamento célere dos doentes emergentes para as urgências hospitalares mais adequadas”, nada fazia supor que passado tão pouco tempo o serviço fosse interrompido por falta de equipas médicas, como aconteceu no passado dia 7 de Julho com um acidente ocorrido com um agricultor que ficou debaixo de um tractor e com o acidente de dois operários que ficaram soterrados em valpaços .

No requerimento enviado ao Ministério da Saúde, Adão Silva, signatário do documento, considera a actual realidade como “escandalosa” e “uma situação inaceitável”, acusando o Governo, através do Ministério da Saúde, de não honrar os seus compromissos com a população transmontana.

Segundo os sociais-democratas do distrito de Bragança “as populações estão a ser enganadas, porque lhes foi prometido um meio de socorro emergente, que, afinal, falha quando é mais necessário e sem que ninguém saiba da sua inoperacionalidade”.

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