Astronomia, Geologia, Biologia e Arqueologia fazem parte este ano do programa de Ciência Viva no Verão em Macedo de Cavaleiros. São um total de 13 actividades de promoção da cultura científica dirigidos a todos. Não sendo acções muito exigentes do ponto de vista científico, é utilizada uma linguagem simples de fácil aprendizagem, são uma óptima oportunidade em período de férias para aumentar o conhecimento nestas áreas. Ciência Viva no Verão é um programa da Agência Nacional para a Cultura Científica, ao qual o Município macedense se tem associado nos últimos anos.
As actividades de Astronomia abrem o Programa de Ciência Viva. Nos dias 15, 16 e 17 de Julho, assim como a 1 e 2 de Agosto, em Vilarinho de Agrochão, Soutelo Mourisco, Gradíssimo, Malta e Castro Roupal, respectivamente, decorre a acção “Vale a pena olhar o céu”. As sessões terão uma explicação teórica de contextualização.
Nas observações à vista desarmada será privilegiada a orientação estelar e identificação de constelações. Com o telescópio será observada a Lua, alguns planetas e enxames de estrelas. Os pontos de encontro são às 21.30h nos largos das respectivas aldeias. No dia 31 deste mês, o Núcleo de Astronomia da UTAD leva a efeito a “Observação de Corpos Celestes no Céu Nocturno”, no Convento de Balsemão às 21.30h.
A 26 e 28 de Agosto, às 8.30h, a Biologia no Verão traz os “Habitantes das águas da Albufeira do Azibo”. No primeiro dia serão observadas diferentes espécies de fito, zooplâncton e de invertebrados de maiores dimensões. Durante o segundo será conhecida a comunidade piscícola e analisado o impacto das espécies exóticas. As interacções existentes entre os invertebrados, as plantas e os peixes, serão também alvo de análise. Nesse mesmo dia 28, às 16h, os participantes poderão “Descobrir a vida da Ribeira de Vale Moinhos”. Ao longo do percurso da ribeira até às proximidades do rio Sabor será observada a vegetação, as aves, os anfíbios e libélulas. Será feita uma análise acerca do papel da vegetação no equilíbrio dos ecossistemas ribeirinhos. e avaliada a qualidade da água através da presença ou ausência de determinadas espécies de macro invertebrados. Com propósito idêntico, a 3 de Setembro, às 8h, decorre a actividade “Descobrir a vida do rio Azibo”. Por constituírem aproximadamente 40% das espécies de mamíferos terrestres existentes em Portugal, a 11 de Setembro serão conhecidos os “Morcegos da Terra Quente Transmontana”.
Serão conhecidas as diferentes espécies de morcego, os seus hábitos e a sua importância ecológica na Terra Quente. O ponto de encontro é no Núcleo Central da Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo às 17h.
Ao nível arqueológico, a Universidade de Lisboa propõe uma “Visita guiada à Fraga dos Corvos” na aldeia do Vilar do Monte. A visita que decorrerá no dia 30 de Agosto a partir das 10h, apresentará a história das escavações na zona e a sua importância patrimonial. A actividade termina com uma visita à Sala-Museu de Arqueologia no Núcleo Central do Azibo.
A 4 de Setembro, pela manhã, é proposta “uma viagem de milhões de anos” na actividade “Maciço de Morais: antigo oceano enquadrado por dois antigos continentes”. No Maciço de Morais encontra-se bem representada a sutura do Orógeno Varisco. Num curto espaço geográfico poderão observar-se testemunhos do Continente Laurússia, do Oceano Rheic e do Continente Gondwana, os dois continentes e o oceano envolvidos na formação da Cadeia de Montanhas Varisca, formada entre 390-380 milhões de anos.