Esta prova, tem desde logo um significado muito especial pois, em alguns anos nem é disputada porque não há equipas interessadas em jogar Campeonatos Nacionais. Este ano o caso inverteu-se e, não deveria ter sido jogada pela abundância de haver cinco equipas interessadas e ainda pelo facto de ser pública a desistência do São Roque do lote das seis equipas, actualmente na 2ª Divisão. Daqui poderá resultar um grupo de dez equipas que vai animar o sector Feminino do Ténis de Mesa português, podermos ter excelente Campeonato da 2ª Divisão para a próxima época e proporcionar ganhos de experiência em todas as atletas.Quanto à prova propriamente dita, o vencedor, C.T.M.Mirandela, foi de facto a equipa mais forte.
Assentando a sua formação na internacional Sub 21, Ana Torres, na Junior Ana Esteves e na campeã e vice-campeã nacional de Cadetes Rita Fins e Lúcia Ferreira respectivamente, a equipa mirandelense venceu todos os encontros que disputou, provando ser a melhor equipa em presença. Toda a estrutura da equipa beneficiou da maior experiência e qualidade da Ana Torres e da Ana Esteves e, por outro lado, tinha a irreverência, a ambição e também a grande qualidade das que querem ser grandes jogadoras, a Lúcia e a Rita. Individualmente, o maior destaque vai exactamente para as atletas mais novas, Rita Fins e Lúcia Ferreira que, provaram também o seu grande momento de forma, numa altura que se aproxima o Campeonato da Europa do seu escalão.
Quanto às restantes equipas, todas elas se bateram muito bem. Cada uma apresentou características muito próprias mas, todas elas proporcionaram excelentes espectáculos. O São Cosme – Maia, venceu os seus jogos depois do desaire inicial com o Mirandela e o Juncal, com a introdução da Karina Kostenko e da Ana Loureiro conseguiu formar um grupo para o terceiro lugar da classificação. O Ginásio de Valbom tem potencial para fazer mais e o Mexilhoeira marca uma presença simpática e torna o país mesatenístico mais completo ao representar a região algarvia.
Uma palavra final para as presenças da Isaura Amorim, no Mexilhoeira e do Paulo Fernandes a jogar a Qualificação Masculina, duas figuras do Ténis de Mesa nacional e que a modalidade não pode dispensar.
Será um bom pronuncio ver grandes atletas do passado, nos palcos do actual Ténis de Mesa e que continuam interessados e apaixonados pela sua modalidade.