Sou transmontana, sou mulher: Retratos que resultam de um encontro entre fotojornalismo e Antropologia

Num encontro entre fotojornalismo e antropologia, captaram-se alguns retratos de mulheres transmontanas que vivem, trabalham e constroem o mundo (rural). Imagens, sons e textos dão-lhes rosto e voz.

Essas mesmas imagens vão estar expostas na Casa da Cultura Mirandesa a partir do dia 5 de Fevereiro até ao próximo 26 de Março.

Como nasceu a ideia deste projecto? Ao iniciar o seu estágio na Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, Lucía Burbano, fotojornalista catalã, propôs-se a descobrir as mulheres transmontanas através da fotografia.

Para que o resultado final fosse além do olhar de um estranho que retrata as cenas pelas quais passa na rua, procurou-se introduzir uma perspectiva antropológica, que levou ao convite de Teresa Nóvoa para participar no projecto.

A recém-formada equipa partiu então ao encontro das mulheres das aldeias dos concelhos de Vimioso e Miranda do Douro, dando início ao trabalho de campo que viria a durar cerca de cinco meses.

Travou conhecimento com dezenas de mulheres que abriram as portas das suas casas e das suas vidas, contando os seus percursos, partilhando as suas intimidades e ensinando os seus saberes. Esta proximidade mostrou realidades que despertaram a reflexão sobre o lugar diverso da mulher na esfera rural: não o da marginalização, raras vezes o da desigualdade, com frequência o do esquecimento; um lugar presente, valorizado, para o futuro.

A exposição “Sou transmontana, sou mulher: Retratos”, pretende assim dar rosto e voz a estas mulheres que vivem, trabalham e constroem o mundo (rural), através das suas imagens e das suas palavras.

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