Apostar na qualidade é o que a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro está a fazer para promover o azeite do Douro no país e no estrangeiro.
Essa qualidade poderá dentro de algum tempo ser reconhecida pelo certificado Denominação de Origem Protegida (DOP). O processo está a decorrer dentro da estrutura da União europeia que é a entidade que certifica w atribui as classificações DOP.
A seguir ao vinho, o azeite é o produto agrícola mais cultivado pelos agricultores de Trás-os-Montes e alto Douro e uma das produções regionais que mais dinheiro movimenta na agricultura transmontana.
António Branco, presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, acredita que a certificação ainda poderá ocorrer durante este ano, estando a ser preparado o caderno de encargo que está associado ao processo. Depois tudo dependerá da decisão da decisão da União Europeia.
Segundo António Branco “o azeite é a produção com maior peso na economia transmontana a seguir ao vinho e a sua qualidade tem sido reconhecida e distinguida além fronteiras com prémios internacionais e alguns azeites colocados entre os melhores do mundo”.
Na região existem mais de 36 mil olivicultores com 80 mil hectares de olival que produzem uma média anual de 90 milhões de quilos de azeitona. Não fossem os maus anos agrícolas e Trás-os-Montes já produziria uma média superior aos 120 milhões de quilos de azeitona por ano.
A última campanha somente rendeu 75 milhões de quilos, uma vez que a produção foi "afectada, primeiro pela seca e depois pelas chuvadas de 2009 e alguns produtores começam a ter problemas em termos de sustentabilidade", disse o presidente daquela associação.
Apesar desta quebra, a qualidade não tem sido afectada, continuando a existir bastante procura sobretudo do mercado espanhol.