Presidente da Câmara de Miranda do Douro defende a criação de uma fundação ou de um instituto para o Mirandês

O presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Artur Nunes, defende a criação de uma fundação ou de um instituto para promover e proteger a segunda língua falada e escrita em território português. A ideia do edil foi apresentada na II edição do Geada - Festival de Cultura Mirandesa, que terminou ontem, dia 28 de Dezembro, na cidade de Miranda do Douro.

Artur Nunes defende um organismo oficial do estado que represente de forma eficaz os interesses da língua mirandesa, e que a mesma integre obrigatoriamente os conteúdos curriculares de formação de todos os jovens que frequentam o ensino secundário do planalto mirandês, de maneira a que a “segunda língua oficial de Portugal deixe de ser tratada e estudada de uma forma voluntária”, disse o autarca.

Para que tal possa ser enquadrado de modo oficial e com responsabilidades estatuídas pelo estado, o presidente da câmara municipal de Miranda do Douro diz que “a solução passa pela criação de um instituto ou fundação para a língua mirandesa”, porque, sublinhou, “é preciso passar da teoria à prática para que o mirandês deixe de ser uma língua estudada e divulgada apenas por voluntários”.

Esta é uma ideia partilhada desde algum tempo por todos aqueles que estudam e fazem um esforço acrescido para a preservação e divulgação da segunda língua oficial de Portugal, mas só agora surge uma voz política a defender o assunto publicamente.

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