Médicos espanhóis estão a abandonar o Nordeste Transmontano

Os Centros de Saúde do Nordeste Transmontano funcionaram nos últimos anos com 14 médicos espanhóis que ajudavam a garantir a prestação dos serviços de saúde às famílias que habitam esta região.

Nos últimos tempos os profissionais do país vizinho têm abandonado concelhos como Carrazeda de Ansiães, Vinhais, Alfândega da Fé, Mogadouro e Miranda do Douro.

Dos 100 médicos de família que exerciam a sua actividade clínica no Nordeste transmontano, 14 eram espanhóis, mas esse número desceu nos últimos dois meses para metade.

Segundo a coordenadora da sub-região de Saúde de Bragança, Berta Nunes, a “fuga” desses clínicos obrigou a uma sobrecarga temporária dos restantes médicos, mas que a pouco e pouco tem sido minimizada com novas contratações.

A coordenadora está a promover um plano de contratações de novos médicos, a maior parte provenientes do Brasil, de países do Leste Europeu e dos PALOP.

A partida dos médicos espanhóis deve-se, segundo a coordenadora da sub-região de Saúde, às novas propostas de contratação dos serviços de saúde de Espanha, onde começa a surgir uma nova procura destes profissionais, facto que permite o regresso desses clínicos para junto das suas famílias e das suas raízes culturais.

Se para já o problema está temporariamente solucionado e o distrito de Bragança continua a ser dos poucos do país com a cobertura total de médico de família, no futuro o problema poderá voltar a agudizar-se, sobretudo se os restantes médicos espanhóis, que ainda exercem na região, resolverem acompanhar o fluxo de regresso à terra natal.

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