“Portugal de Lés-a-Lés” arranca de Bragança

Honrar a tradição aventureira do Portugal de Lés-a-Lés, oferecendo inolvidável passeio na travessia do território nacional na décima edição do evento, é o sentimento generalizado dos elementos da Comissão de Mototurismo da Federação Nacional de Motociclismo após o reconhecimento, em condições reais, do percurso entre Bragança e Sagres.

A caravana que vai atravessar o país compõe-se por um milhar de motociclistas que calcorrearão um percurso que vai do extremo Nordeste à ponta Sudoeste de Portugal Continental. Feitas as contas serão 1040 quilómetros, divididos entre o prólogo e as duas etapas a cumprir entre os dias 22 e 24 de Maio, sem tocar em auto-estradas, Itinerários Principais ou Complementares, privilegiando sempre as mais recônditas e pitorescas estradas nacionais, municipais e mesmo alguns estradões de terra batida.

A organização deste evento fala de uma travessia à moda antiga que este ano vai dar o seu contributo para melhorar o ambiente com a oferta de 500 árvores autóctones ao concelho de Bragança (carvalhos, sobreiros, amieiros ou freixos) e 500 sobreiros ao concelho de Pinhel.

Um milhar de árvores – uma por participante, uma por quilómetro – que resulta do protocolo efectuado entre a Federação Nacional de Motociclismo e a ANEFA, Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, que produz árvores em viveiro para reflorestação do território nacional.

Em Bragança começará a edição 2008 do Lés-a-Lés, recordando, afinal, o pioneiro arranque de há uma década, quando uma centena de participantes arrancou de Rio de Onor rumo ao distante Algarve.

A célebre aldeia comunitária transmontana, que o rio afluente do Sabor lhe dá o nome será ponto de passagem no prólogo marcado para o dia 22 de Maio, feriado consagrado à celebração do Corpo de Deus.

Um périplo por paisagens de imponente amplitude, entrecortadas por belíssimas aldeias típicas de França, Aveleda, Varge, Guadramil e Gimonde, ao longo de 70 quilómetros de puro prazer, em passeio mototurístico sem hora marcada.

A caravana partirá do Domus Municipalis, situado no coração da cidadela de Bragança, após as indispensáveis verificações técnicas e documentais.

Depois os aventureiros seguirão em direcção à Beira Alta, mas não sem usufruírem das fabulosas paisagens no Parque Natural do Douro Internacional com monumentos antiquíssimos como em Algoso, por exemplo, onde a caravana desce ao rio Angueira antes de protagonizar a subida à serra da Marofa, nunca efectuada nas anteriores edições do Lés-a-Lés.

Cerca de 200 quilómetros de grande espectacularidade marcam esta passagem do Lés-a-Lés pela região do nordeste transmontano, aconselhando-se, por isso, o uso intensivo das máquinas fotográficas com o obturador sempre em posição de disparo para captar o mesclando dos vales, aldeias e vilas, e a sempre omnipresente fauna, destacando-se duas espécies de abutres (o grifo e o do Egipto) que muitos participantes deverão conseguir observar… e talvez guardar num registo de pixels.

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