Obra completa do Abade de Baçal vendida a particular

Um alfarrabista no Porto vendeu recentemente por três mil euros a um coleccionador particular a obra completa do Abade de Baçal.

Esta aquisição provocou uma reacção de descontentamento nas hostes do Partido Comunista de Bragança que não gostaram da atitude da autarquia e, num comunicado, o PCP acusa a Câmara Municipal de ter tido uma postura inadmissível, que patenteia a "apatia cultural deste executivo camarário".

Por sua vez o edil de Bragança, refere-se a este episódio como "um lapso", porque apesar de tentar localizar o proprietário desta obra, nunca o conseguiu.

Um empresário da região vai recuperar a antiga Casa do Abade, para um projecto de turismo rural, e já tem a aprovação do município.

Francisco Manuel Alves, mais conhecido como Abade de Baçal, foi um arqueólogo e historiador português.

Nascido numa aldeia do concelho de Bragança, foi ordenado sacerdote em 13 de Junho de 1889, e até à sua morte, foi pároco da sua aldeia natal.

Dedicou a sua vida a recolher testemunhos arqueológicos, etnológicos e históricos da região de Trás-os-Montes, principalmente do distrito de Bragança. Autodidacta erudito, rústico e pitoresco, os críticos apontam-lhe, contudo, a sua falta de sistematização e poder interpretativo.

As Memórias arqueológicas-históricas do distrito de Bragança (1909-1947), em onze volumes, são a sua principal obra.

Em 1925 foi nomeado director-conservador do Museu Regional de Bragança, que desde o ano de 1935 foi baptizado de Museu do Abade de Baçal em sua honra.

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