Interioridade em discussão: deputados ausentes

A Câmara Municipal de Bragança e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa foram responsáveis pela realização do 1º Curso de Direito e Interioridade que teve lugar durante o passado fim-de-semana na cidade de Bragança.

Marcelo Rebelo de Sousa, professor na Universidade de Direito de Lisboa foi uma das presenças conhecidas a nível nacional que esteve presente, e nas suas intervenções, o professor defende que, entre outras medidas, para desenvolver o interior do país deveria ser criado um fundo diferenciado para estas regiões de modo a incentivar o seu crescimento.

Outro dos pontos focados foi a Regionalização, Marcelo rebelo de Sousa também declarou que está convicto de que se a Regionalização vai avançar, com a criação de uma única região no Norte, o que poderá ser um problema para Trás-os-Montes uma vez que o centro de poder dessa região fica no Litoral, no Porto, ou eventualmente distribuído entre as áreas metropolitanas de Porto e Braga.

No que concerne á educação, em relação encerramento de cursos superiores com poucos alunos, o professor está convicto que estas medidas possam prejudicar os centros universitários e politécnicos do Interior.

Jorge Nunes, presidente da autarquia de Bragança achou lamentável que nenhum dos quatro deputados eleitos por Bragança estivesse presente no 1º Curso de Direito e Interioridade e afirmou que a exemplo da vizinha Espanha, talvez fosse melhor também começar a escolher os deputados portugueses.

Talvez também, por ter notado a ausência dos deputados de Bragança neste evento, Marcelo Rebelo de Sousa, no fecho desta cerimonia tenha afirmado que a defesa do interior passaria pelo facto dos políticos da terra darem a conhecer a situação em Lisboa, onde crê que ninguém tem ideia nas dificuldades sentidas no interior e arrematou dizendo: “Inventem um Primeiro-Ministro transmontano”.

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