Estudo conclui que muitos doentes com artrite reumatoide podem estar com medicação em excesso

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1593872775518{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1593872757839{margin-left: 25px !important;}"]Uma parte muito significativa de doentes com artrite reumatoide, doença inflamatória das articulações, pode estar com medicação excessiva devido a uma má autoavaliação da sua condição, conclui um estudo realizado por uma equipa liderada por José António Pereira da Silva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e diretor do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Uma vez que ainda não há cura para a artrite reumatoide, alcançar o estado de remissão da doença, isto é, a ausência completa de atividade inflamatória, é fundamental para os doentes e para os médicos. Para definir esse estado de remissão, um dos indicadores usados na clínica é a Avaliação Global pelo Doente (PtGA), reportada pelo paciente sobre o seu estado. No entanto, é um indicador que depende da interpretação do doente, podendo afetar o tratamento.

Segundo as normas internacionais estabelecidas para o tratamento da artrite reumatoide, apoiadas pelas associações europeia e americana de reumatologia, a remissão da doença exige que não exista mais do que uma articulação dolorosa ou inflamada e que e avaliação global pelo doente seja, no máximo, de 1, numa escala analógica de zero a 10.

Os investigadores quiseram analisar qual o impacto da avaliação global pelo paciente na obtenção do estado de remissão em doentes com artrite reumatoide. Para tal, foi realizada um meta-análise a oito estudos nacionais e internacionais, refletindo ensaios clínicos e contextos de prática clínica corrente, com dados de 23297 doentes.

Os resultados obtidos neste estudo permitem concluir que a avaliação global pelo doente «é a principal causa isolada de não atingimento do estado remissão. Com efeito, apreciando os resultados destes estudos, incluindo dois da nossa autoria, concluímos que 12% dos 23297 pacientes atingiam remissão completa, enquanto

19% a falhavam apenas pela avaliação global reportada pelo doente», relata José António Pereira da Silva.

Considerando que, em estudos anteriores, já tinha sido demonstrado que «a avaliação global pelo doente não traduz, nestas circunstâncias, a presença de inflamação persistente, antes estando relacionada com doenças concomitantes, dores de outra origem e estados depressivos, estes resultados indicam que uma parte muito significativa dos doentes com artrite reumatoide estará a receber tratamento em excesso, se forem seguidas as recomendações internacionais, visto que a circunstância que impede o atingimento do alvo terapêutico não é passível de melhoria por tratamento dirigido à artrite reumatoide», explica o catedrático da FMUC.

Ou seja, reforça, «esta avaliação global da doença pelo paciente impede, inadequadamente, que uma percentagem elevada de doentes atinja o alvo terapêutico de “remissão”, colocando-os assim em risco de tratamento excessivo». Segundo as diretrizes internacionais estabelecidas, «caso a remissão não seja atingida, o tratamento deve ser reforçado. Isto justifica-se porque a remissão corresponde ao melhor resultado sintomático e também à melhor garantia de preservação a longo prazo da integridade estrutural das articulações e da capacidade funcional do doente».

Este estudo, distinguido no Congresso Europeu de Reumatologia 2020, que decorreu recentemente em formato online devido à atual crise pandémica, insere-se «num movimento com forte impacto internacional, liderado pelo Serviço de Reumatologia do CHUC, no sentido de rever as definições internacionais de remissão e alvo terapêutico nesta importante condição clínica», refere ainda José António Pereira da Silva.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Desenvolvimento rápido de uma vacina para a Covid-19 irá exigir apresentação transparente sobre a sua eficácia e segurança

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1593794318962{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1593794285376{margin-left: 20px !important;}"]Os primeiros resultados dos testes em humanos de várias vacinas contra a Covid-19 mostraram alguns efeitos secundários, como dores de cabeça e desmaios. Para Miguel Castanho, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, esta informação não é, por si só, um indicador de insucesso do desenvolvimento da vacina já que apesar de “os primeiros testes de vacinas e medicamentos serem feitos em indivíduos saudáveis, o aparecimento de efeitos secundários deste tipo é relativamente frequente e não compromete o desenvolvimento dos projetos, embora obriguem a afinar estratégias e a introduzir melhorias até que a formulação final seja segura. São ocorrências desta natureza, a par de outras dificuldades frequentes, que levam a que o desenvolvimento de uma vacina tome, em média, 15 anos no total”. Para o investigador, no caso da vacina contra a Covid-19 e tendo em conta os resultados conhecidos até agora, o que poderá estar em causa é “o desenvolvimento excecionalmente rápido de uma vacina segura”.


As mais recentes notícias apontam para a comercialização de uma vacina já a partir do mês de setembro e, inclusivamente, a China acaba de comunicar a aprovação de uma vacina para uso exclusivo dos seus militares. Estas parecem ser boas notícias, mas a verdade é que existe ainda uma desconfiança sobre a verdadeira eficácia destas ‘soluções relâmpago’, se tivermos em conta que o período normal para o seu desenvolvimento é superior a uma década. Por isso, Miguel Castanho afirma que “o desenvolvimento muito rápido de uma vacina contra a Covid-19 vai exigir uma apresentação muito transparente sobre a eficácia e segurança da mesma, sobretudo para quem mais precisa de ser protegido: a população de idade mais avançada”.


Apesar disto, a urgência de uma cura para o novo coronavírus parece ser cada vez maior, sobretudo numa altura em que a ameaça de uma segunda vaga é cada vez mais discutida. A OMS e vários especialistas já alertaram para esta possibilidade, que pode chegar mesmo antes do inverno. Atualmente, “assistimos a um aumento do número de casos explicável pelo desconfinamento. Podemos ter a infelicidade de no próximo inverno surgir uma estirpe mais nociva do vírus SARS-CoV-2, mas nada aponta para que assim seja”. Miguel Castanho recorda o exemplo devastador da segunda vaga da Gripe Espanhola mas considera comparações diretas precipitadas. “No outono de 1918, em algumas áreas geográficas, começaram a surgir focos de gripe com uma mortalidade superior e atacando sobretudo adultos jovens. Crê-se que se tratou de uma nova estirpe do vírus, mais perigosa, que surgiu precisamente com o início do inverno, quando a fisiologia respiratória está mais fragilizada. Esta conjugação de fatores, aliada à debilidade das tecnologias médicas da altura, teve consequências trágicas. Não é o que estamos a viver agora, e estes acontecimentos não são diretamente extrapoláveis para a COVID-19, mas devem deixar-nos alerta.”


Sobre aumento do número de casos em Portugal após o desconfinamento, Miguel Castanho acredita que inicialmente “foi o sentimento de medo que assegurou a disciplina verificada durante a quarentena. Os exemplos de Espanha e Itália eram elucidativos. A disciplina do confinamento desse período inicial conteve, de facto, a expansão das infeções virais”. Contudo, atualmente “passámos da euforia triunfalista dos primeiros tempos a um sentimento de incredulidade. Não existe um plano de ação fixado pela positiva para encontrar as verdadeiras causas dos focos existentes e, por consequência, não há planeamento sólido de estratégias de mitigação. Faltam medidas pró-ativas assumidas para melhor caracterizar e combater o que está a suceder. Ser proibicionista não basta”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Dia Nacional da Paramiloidose: 2.000 portugueses afetados por esta doença rara

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1592294808051{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1592294792469{margin-left: 20px !important;}"]Para assinalar o Dia Nacional da Paramiloidose, comemorado a 16 de junho, a Associação Portuguesa de Paramiloidose, com o apoio da AKCEA Therapeutics Portugal, vai lançar a campanha de sensibilização “Viver agora, com os pés no futuro”.

Apesar da informação que já existe, a “doença dos pezinhos”, como também é conhecida a Paramiloidose, está a espalhar-se pela população nacional. «A doença está a ser detetada em novas famílias, que não tinham casos conhecidos nas gerações anteriores, pessoas com início tardio da doença, com sintomas e problemas diferentes daqueles a que estávamos habituados», daí a importância de se avançar com uma campanha deste género, sublinha Carlos Figueiras, Presidente da Direção Nacional da Associação Portuguesa de Paramiloidose.

A ideia para esta campanha assentou na criação de um conjunto de ferramentas de comunicação em meio digital que, interligadas, têm como missão alargar o conhecimento sobre esta doença rara e clarificar alguns mitos associados.

Assim, as mensagens desta iniciativa vão ter voz através de um site específico, de um filme animado que estará disponível em diversos meios online nacionais e da realização do Webinar “Paramiloidose: mitos & verdades”, que decorre no dia 16 de junho, pelas 17h00, a partir da página da campanha.

«Sabemos que os primeiros passos são os mais importantes para travar a Paramiloidose. Hoje já existem novas terapêuticas para o tratamento da doença e que contribuirão para melhorar o dia a dia dos portadores da doença. Mas há muito que podemos continuar a fazer», salienta Guilherme Oliveira, Diretor Geral Akcea Therapeutics Portugal.

A Paramoloidose, também conhecida por amiloidose hereditária por transtirretina (hATTR) ou Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), é provocada por uma mutação no gene da transtirretina (TTR). A mutação faz com que a proteína TTR esteja alterada e se acumule como fibras amiloides em vários órgãos. Esta doença afeta sobretudo adultos jovens, entre os 20 e os 40 anos de idade. Os primeiros sintomas consistem em dor neuropática, alterações sensoriais à dor e à temperatura, dormência e formigueiro, fraqueza muscular e, entre outras, dificuldade em caminhar e alterações gastrointestinais. Estima-se que existam cerca de dois mil doentes em Portugal e 50 mil em todo o mundo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Relação entre desnutrição, funcionalidade e desempenho cognitivo em idosos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1591178127876{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1591178110727{margin-left: 20px !important;}"]Em Portugal, 13,3% dos idosos com 65 ou mais anos, a viver na comunidade e sem compromisso cognitivo, encontram-se em estado de desnutrição ou em risco de desnutrição, com maior prevalência nas mulheres com mais de 85 anos e com menos escolaridade. Por sua vez, 29,4% apresentam limitações nas actividades relacionadas com a sua vida diária, como seja usar o telefone, fazer compras, preparar refeições, lavar roupa, utilizar um meio de transporte, fazer as lides domésticas, gerir adequadamente a toma da medicação ou levantar dinheiro numa caixa multibanco.

Estes resultados inserem-se num estudo levado a cabo por Mónica Fialho, nutricionista e investigadora do Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina de Lisboa. Tomando por base os dados recolhidos no âmbito do projecto PEN-3S [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], a investigadora procurou avaliar o efeito moderador da função cognitiva na associação entre estados nutricional e funcional em idosos não institucionalizados, em Portugal, e sem compromisso cognitivo.

Embora o estudo não tenha observado um efeito moderador da função cognitiva na associação entre estado nutricional e estado funcional, foi possível caracterizar melhor esta associação. De facto, os idosos com um melhor desempenho cognitivo apresentam uma menor possibilidade de desnutrição ou risco de desnutrição, o que se pode dever ao facto de se esquecerem menos de fazerem as suas refeições diárias ou de serem capazes de se alimentar de um modo adequado às suas necessidades nutricionais. Ademais, idosos desnutridos ou em risco de desnutrição apresentam uma possibilidade maior de verem o seu estado funcional comprometido, isto é, têm mais dificuldades em realizar as actividades da sua vida diária que impliquem mais recursos físicos e cognitivos.

Em Portugal, 21,7% da população tem 65 ou mais anos de idade, o que corresponde a mais 2,2 milhões de pessoas. Apesar da esperança média de vida ser superior à média da União Europeia, a verdade é que o número de anos de vida saudável, após os 65 anos, está entre os mais baixos dos países da OCDE. Estes anos de vida são afectados por um conjunto de alterações, nomeadamente do estado nutricional e do estado funcional, que têm um impacto significativo no bem-estar e na qualidade de vida destas pessoas.

Tendo em conta que este estudo incidiu em idosos que vivem na comunidade, de modo independente, e que, portanto, não são monitorizados quanto à sua capacidade de realizar as suas tarefas quotidianas, os resultados sublinham a necessidade de se desenvolverem estratégias, não apenas de monitorização do estado de saúde, em particular dos estados nutricional e cognitivo, mas também de promoção de estilos de vida saudáveis – por exemplo, alimentação saudável ou prática de exercício físico – que sejam capazes de prevenir a agudização de doenças crónicas e o declínio do estado funcional.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Adolescentes portugueses praticam menos actividade física e gostam pouco da escola

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1590831988207{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1590831972744{margin-left: 20px !important;}"]A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os adolescentes pratiquem diariamente, pelo menos, 60 minutos de actividade física moderada a vigorosa. Porém, segundo o recente estudo Health Behaviour in School-aged Children [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] (HBSC), os adolescentes portugueses são dos menos activos, praticando cada vez menos actividade física, quer moderada quer vigorosa, com particular destaque para os rapazes com 13 anos.

Entre os mais activo estão os jovens que integram famílias com um nível socioeconómico mais elevado. Para a psicóloga Margarida Gaspar de Matos [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], coordenadora da equipa portuguesa do estudo, “estes jovens têm uma possibilidade maior de se movimentarem, de terem equipamento adequado, de pagar uma mensalidade de um ginásio e, portanto, uma maior probabilidade de adquirirem hábitos de exercício físico”. Ademais, “a actividade física na escola”, acrescenta, “tem tradicionalmente carências de instalações, quer para a prática quer em questões de higiene com, por exemplo, a possibilidade de duche, sendo também frequente os jovens queixarem-se da falta de condições de segurança nos balneários”.

 Excesso de peso e obesidade

Situação igualmente preocupante é o excesso de peso e a obesidade, em que os adolescentes portugueses surgem piores classificados no conjunto dos 45 países, sobretudo em jovens de famílias mais pobres, ou seja, que praticam menos actividade física, moderada ou vigorosa. De facto, no último relatório [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] da OMS sobre obesidade na adolescência, publicado em 2017, mas com dados referentes ao intervalo de tempo 2002-2014, dava-se já conta de uma elevada prevalência da obesidade nos adolescentes aos 11, 13 e 15 anos, tendo-se registado inclusivamente um aumento de 0,3% entre 2002 e 2014.

Se a actividade física parece ser um problema, já o comportamento alimentar tem vindo a melhorar. Os adolescentes portugueses são, pois, os que mais tomam o pequeno-almoço, que comem com a família todos os dias, que consomem mais fruta, menos doces e menos refrigerantes, embora o consumo de vegetais seja ainda insuficiente. Na escola, por sua vez, apesar de reconhecerem uma melhoria da qualidade da oferta alimentar, reclamam por pratos mais apelativos e com um sabor mais agradável. Em todos estes aspectos, os jovens que pertencem a famílias com níveis socioeconómicos mais baixos são os mais prejudicados, pois não dispõem de recursos que lhes permitam encontrar uma alternativa à oferta alimentar das cantinas escolares.

 (Des)Amor pela escola

De um modo geral, as raparigas gostam mais da escola do que os rapazes. No entanto, em ambos os sexos, o desamor pela escola encontra-se abaixo da média dos 45 países participantes. É, de facto, preocupante. Aos 15 anos, apenas 9,5% dos jovens afirmaram gostar muito da escola. Os adolescentes sentem-se cada vez mais pressionados pelos trabalhos de casa (os chamados TPC). Embora ambos os sexos estejam acima da média dos 45 países, as raparigas sentem mais pressão do que os rapazes, em particular aquelas que pertencem a famílias com recursos socioeconómicos mais elevados.

De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2018 – um estudo feito de três em três anos que avalia a literacia de alunos de 15 anos em vários domínios, conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) –, de um modo geral, os rapazes passam mais tempo a jogarem videojogos e menos tempo a fazerem os TPC do que as raparigas. No entanto, embora o tempo despendido a fazer trabalhos de casa surja associado a um melhor desempenho escolar, tal não deve ser interpretado como uma relação causal. Nos últimos anos, vários especialistas têm defendido que os TPC acentuam desigualdade sociais. “Se não aprendem ou têm dúvidas, ou os professores não são capazes de concluir a matéria prevista, os jovens de famílias com mais recursos têm acesso a um suporte de segunda linha – os centos de explicação – que se tornaram quase uma instituição obrigatória para quem quer ir para a universidade”, explica Margarida Gaspar de Matos.

 Sentimento de segurança e violência

Embora uma grande maioria (80,3%) dos jovens se sinta sempre ou quase sempre seguro na escola, observa-se um aumento dos fenómenos de cyberbullying, sobretudo tendo como vítimas jovens com entre 11 e 13 anos, independentemente do sexo ou do nível socioeconómico. Curiosamente, apesar das lutas terem diminuído nos mais velhos, as situações de violência física aumentaram justamente nos jovens com 11 e 13 anos. “Em jovens com 11 anos, o cyberbullying aumenta, sendo estes, em geral, vítimas, aos 13 anos são vítimas e agressores, e aos 15 anos baixa”, explica Margarida Gaspar de Matos. “O cyberbullying, tal como o bullying, implica uma dinâmica de repetição, com intenção de fazer mal e associado a um certo desequilíbrio de poder”, acrescenta. No caso das lutas, “estas surgem mais como uma incapacidade de gerir emoções negativas, uma dificuldade de auto-regulação e de defender pontos de vista verbalmente”. Um aspecto interessante é que, com a idade, as lutas diminuem. Para a psicóloga, “tal deve-se ao facto de vítimas e agressores tenderem a encontrar um equilíbrio relacional sem recurso à provocação ou à violência. Aliás, alguns estudos mostram que, com a idade, surgem outras formas de violência mais socializadas, nomeadamente a hostilidade, isto é, comportamentos que tornam a vida dos outros menos agradável”.

 Saúde mental

Margarida Gaspar de Matos está particularmente preocupada com a saúde mental dos adolescentes portugueses. De um modo geral, e em comparação com 2014, observou-se um aumento na percentagem de jovens com sintomas de tristeza, irritação, nervosismo e dificuldade em adormecer. Aos 15 anos, as raparigas sentem-se tristes mais frequentemente do que os rapazes. E o desamor pela escola é verdadeiramente problemático, uma vez que, de acordo com o estudo, aqueles que mais gostam da escola, apresentam maior satisfação com a vida, menor risco de consumo de substâncias e melhores indicadores de saúde mental. “Para além da aprenderem e de serem fisicamente saudáveis, os adolescentes têm de se sentir bem, consigo mesmos, mas também com os outros, e este aspecto é muitas vezes descurado”, alerta a psicóloga. “Por exemplo, só muito recentemente é que os psicólogos, que não os de orientação vocacional, entraram na escola”, continua, “pelo que uma rede de psicólogos a trabalhar em prevenção e na promoção de competências socioemocionais faria toda a diferença, aliás, como o demonstram vários estudos”.

 Uma interpelação para a mudança

Quais são, então, os grandes desafios que este estudo nos traz? “Eu salientaria, pela negativa, a questão do desamor pela escola e a falta de actividade física”, afirma Margarida Gaspar de Matos. “Maior apoio dos pais e amigos, e melhoria na qualidade da alimentação, pela positiva”, conclui. Para tal, é necessário que todas as partes interessadas – famílias, comunidade escolar, sociedade, decisores políticos – se sintam convocadas para a reflexão e, sobretudo, para a acção. E este é, para Margarida Gaspar de Matos, um momento propício para a mudança. “Durante este período de confinamento, por causa da pandemia por COVID-19, foi espantoso ver o modo como professores e alunos, directores e dirigentes políticos do sector, se organizaram para responder de modo a diminuir os danos. Penso que esta dinâmica pode vir a despoletar um amplo debate e provocar uma excelente mudança. Não para manter este estado de coisas, mas para mudar práticas educativas seculares. E a verdade é que este processo já começou em muitas escolas.”

O HBSC realiza-se desde 1983, com uma periodicidade de quatro, e envolve 45 países. Em Portugal, começou a ser realizado a partir de 1998. O estudo agora apresentado refere-se a dados recolhidos em 2018, junto de uma amostra representativa de adolescentes portugueses com 11, 13 e 15 anos de idade. A equipa portuguesa foi, uma vez mais, liderado pela professora e investigadora Margarida Gaspar de Matos, da Aventura Social [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], da Faculdade de Motricidade Humana [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] e do Instituto de Saúde Ambiental [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Equipa do CNC-UC recebe financiamento internacional para o estudo da (in)fertilidade feminina

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1590136954057{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1590136931923{margin-left: 20px !important;}"]Um estudo que pretende perceber o impacto dos contaminantes industriais na infertilidade feminina, de modo a que, no futuro, sejam tomadas medidas de prevenção e mitigação dos seus efeitos nefastos, liderado por Renata Tavares, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), acaba de receber financiamento do LabEx DRIIHM (Dispositif de Recherche Interdisciplinaire sur les Interactions Hommes-Milieux).

É já o segundo financiamento consecutivo – no total de 30 mil euros – atribuído por esta instituição francesa, que agrega 13 observatórios dedicados ao estudo da interação Homem-Ambiente a nível mundial, à equipa do CNC para o estudo da infertilidade.

Sabendo-se que o aumento do risco da exposição a contaminantes industriais tem um impacto severo na fertilidade das populações suscetíveis aos mesmos, este estudo, com a duração de dois anos, vai centrar-se na avaliação do potencial reprodutivo das mulheres que vivem e/ou trabalham em Estarreja, cidade do distrito de Aveiro que possui o segundo maior complexo químico português, e onde já anteriormente foram descritos incidentes de contaminação por metais pesados.

«Considerando o aumento do risco de exposição devido ao crescimento industrial a que assistimos nas últimas décadas, tornou-se preponderante avaliar o potencial reprodutivo dos habitantes/trabalhadores de áreas fortemente industrializadas, principalmente se existe história local de contaminação, como no caso de Estarreja», fundamenta a investigadora Renata Tavares.

«Com a informação obtida neste projeto não só pretendemos perceber se o potencial reprodutivo feminino nesta área será afetado, como ajudará a entender se será necessário monitorizar outros locais semelhantes em Portugal. Este projeto poderá ainda salientar a necessidade da implementação de medidas mais urgentes para o decréscimo de contaminação/poluição em Portugal, bem como a nível mundial», clarifica.

A investigadora do CNC refere ainda que este projeto vai também contribuir para «a descoberta de novos mecanismos de ação destes contaminantes e com isto o desenvolvimento a longo prazo de estratégias para atenuar/tratar a infertilidade feminina».

Além de Renata Tavares, participam no projeto Ana Paula Sousa, Maria Inês Alfaiate e Maria Soares, também investigadoras do CNC, e ainda João Ramalho-Santos, docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e Teresa Almeida-Santos, docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Sete em cada dez pessoas com diabetes morrem por doenças cardiovasculares

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1589877717876{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1589877702720{margin-left: 20px !important;}"]

70% das pessoas com diabetes morrem por doenças cardiovasculares (1). Um controlo da doença pode ajudar a prevenir não só este desfecho, como o risco de desenvolver complicações a este nível, que é duas vezes maior em pessoas com diabetes tipo 2 em comparação com a população não diabética (2). Para tal, o médico de família desempenha um papel fundamental. “Sendo o médico que melhor conhece a pessoa com diabetes, quer do ponto de vista do seu historial de patologias, mas também do seu estilo de vida e da sua dimensão pessoal, assume uma posição privilegiada para avaliar o risco individual e particular de cada doente, gerindo-o ao longo dos anos, por forma a prevenir a ocorrência de complicações decorrentes do mau controlo da diabetes”, afirma Tiago Maricoto, médico de medicina geral e familiar.


Embora, segundo o especialista, o nosso país tenha vindo a assistir a “uma grande evolução nos últimos anos nos cuidados médicos à diabetes, muito fruto da implementação de um excelente programa de cuidados de saúde primários nesta matéria, ainda estamos longe de conseguir um bom controlo deste problema de saúde”(3). Na opinião de Tiago Maricoto, as razões prendem-se com a má adesão à terapêutica, que passa “não só pela toma de medicação, mas também pela prática de um estilo de vida saudável (4). Infelizmente este é um problema mundial, não é exclusivo da população portuguesa, e compromete significativamente a eficácia dos cuidados de saúde”. Esta baixa adesão está associada a “múltiplas causas, desde uma insuficiente relação médico-doente, a crenças e mitos, a pouca literacia em saúde, a problemas económicos ou dificuldades relacionadas com o estilo de vida profissional e pessoal das pessoas, a efeitos secundários dos medicamentos, entre outras”.


Para tentar minorar este problema, o especialista considera que é importante, durante a consulta, que estes profissionais de saúde procurem “identificar potenciais causas de não adesão, promovendo estratégias para ultrapassá-las, seja por parte do próprio utente, trabalhando nessas barreiras, ou mesmo por parte do próprio profissional, optando por estratégias alternativas, por exemplo”, reforçando que a equipa de saúde familiar, que acompanha estas pessoas ao longo dos anos, deve aproveitar essa proximidade para criar a “oportunidade para intervir de forma mais eficaz neste tipo de obstáculos e barreiras (5). É através do acompanhamento regular que se conseguem identificar as dificuldades que os utentes apresentam e procurar estratégias para as ultrapassar com opções terapêuticas e de estilo de vida que promovam o máximo benefício, com o menor risco”.


Nesta equipa, o Enfermeiro de Família assume também um papel fundamental e ao qual tem sido dado, cada vez mais, um maior destaque. Para Tiago Maricoto, “o Enfermeiro de Família assume uma figura central no apoio à consulta de vigilância de diabetes, não só na realização da avaliação de parâmetros de saúde, mas também no aconselhamento para boas práticas alimentares, de exercício físico e de estilo de vida em geral”. Por isso, é cada vez mais frequente as consultas nos centros de saúde que reúnem enfermeiro e médico de família, com “com significativos ganhos em saúde”, na opinião do especialista.


A articulação desta equipa com os cuidados hospitalares é igualmente importante e deve existir, de forma estreita e eficaz, sempre que necessário. “Frequentemente os médicos de família vêem-se na necessidade de solicitar ajuda a profissionais mais especializados para gerirem problemas específicos da diabetes”, sobretudo quando perante a necessidade de “tratamento de algumas complicações graves (amputações, retinopatia, insuficiência renal ou cardíaca ou mesmo os eventos cardiovasculares, etc..), ou mesmo de outras comorbilidades que podem também influenciar o controlo da diabetes (depressão, obesidade, hipertensão arterial, doença arterial periférica, entre outras)”, diz o especialista.


A 19 de maio assinala-se o Dia Mundial do Médico de Família e, dado o papel que estes profissionais de saúde desempenham no acompanhamento das pessoas com diabetes, a data foi escolhida para lançar o último episódio da série “O Casal”, protagonizada pelas personagens Maria Diabetes e Zé Coração. Ao longo de quatro episódios, o principal objetivo passou por alertar a população em geral para a relação perigosa entre a diabetes e as suas comorbilidades, mas também espelhar a importância do papel da pessoa com diabetes na gestão do seu risco em relação a outras doenças, nomeadamente, renais e cardiovasculares.


Esta foi uma iniciativa da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, do Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, que contou com o apoio da AstraZeneca, e que neste último episódio contou também com o apoio da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.


Referências


(1)   Aguiar, C. et al. 2019. Rev Port Cardiol. 38(1):53---63 Nova abordagem para o tratamento da diabetes: da glicemia à doenca cardiovascular


(2)   Gaurav S. Gulsin, Lavanya Athithan and Gerry P. McCann - “Diabetic cardiomyopathy: prevalence, determinants and potential treatments”


(3)   PROGRAMA NACIONAL PARA A DIABETES DESAFIOS E ESTRATÉGIAS, 2019


(4)   Gomes-Villas Boas, L. et al 2011.ADESÃO À DIETA E AO EXERCÍCIO FÍSICO DAS PESSOAS COM DIABETES MELLITUS. Abr-Jun; 20(2): 272-9.


(5)   Dias, A. M., Cunha, M., Santos, A., Neves, A., Pinto, A., Silva, A, Castro, S. (2011). Adesão ao regime Terapêutico na Doença Crónica: Revisão da Literatura. Millenium, 40: 201‐219. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Projeto Desenvolver e Integrar na Sustentabilidade

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1589876478766{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1589876462439{margin-left: 20px !important;}"]Teve início, no dia 4 de maio, a quarta geração do Projeto CLDS (Contrato Local de Desenvolvimento Social) no concelho de Bragança, que vigorará pelo período de 36 meses. Tem o Município de Bragança como entidade Coordenadora Local e o Centro Social Paroquial dos Santos Mártires como entidade Coordenadora e Executora das ações.

O Projeto CLDS 4G (com a designação DIS + “Desenvolver e Integrar na Sustentabilidade + “) pretende promover a inclusão social através da capacitação dos territórios e pessoas que neles vivem, sendo, a proximidade uma aposta no sucesso deste tipo de projeto, bem como na forte componente de parcerias dos territórios abrangidos pelo mesmo.

O Centro Social Paroquial dos Santos Mártires, desde a primeira edição do CLDS, tem sido a entidade de direito privado sem fins lucrativos que atua na área do desenvolvimento social, a escolhida para coordenar e executar o Projeto CLDS.

O Projeto CLDS 4G vem garantir a inovação de uma de intervenção social que se afigura reconhecida pelas várias entidades da área social, bem como pela comunidade local, como um espaço privilegiado de atendimento e intervenção social, sempre em complementaridade com outros equipamentos e serviços públicos e privados.

Numa perspetiva de evolução, este projeto ambiciona garantir uma consolidação dos efeitos produzidos nas famílias e territórios locais e em novos espaços críticos, dando continuidade ao trabalho profícuo das anteriores edições, assente em parcerias de sucesso nos domínios do emprego, formação e qualificação, na intervenção familiar e parental preventiva da pobreza infantil, na promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa e no auxilio e intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afetados por calamidades e/ou capacitação e desenvolvimento comunitários.

A equipa propõe-se desenvolver o trabalho de acordo com uma perspetiva multissetorial, onde se pretende integrar a sustentabilidade e inovação, construtos que dão nome ao Projeto apresentado.

O objetivo central remete para o reforço e envolvimento de todos os agentes, na procura de soluções para as diferentes problemáticas dos cidadãos, promovendo um crescimento comum, sustentável e inclusivo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Todos os eventos cancelados até final de setembro

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1589448831165{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1589448812177{margin-left: 20px !important;}"]Na reunião do Conselho Intermunicipal da CIM das Terras de Trás-os-Montes, realizado ontem através de videoconferência, foi decido que não haverá lugar à realização de eventos no território até ao final de setembro. O Conselho Intermunicipal determinou a proibição de realização de iniciativas culturais ou recreativas até ao dia 30 de setembro. A resolução foi unânime entre os Presidentes de Câmara dos nove municípios que integram esta CIM.

Esta deliberação aplica-se, assim, aos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais e engloba eventos como Festas, Feiras, Festivais e análogos.

No seguimento da posição tomada pela Igreja, que decidiu pelo cancelamento de todas as Festas e Romarias, a CIM também entende que não estão reunidas as condições para que qualquer iniciativa realizada no âmbito destas festividades religiosas tenha lugar.

Estas medidas visam contribuir para a contenção da Pandemia da COVID-19, em linha com a resolução do Governo de cancelar os Festivais de Música e similares. O Conselho Intermunicipal considera que o cancelamento de eventos, promovidos pelos municípios ou outras entidades, é a resposta necessária para evitar possíveis contágios e cadeias de contaminação potenciadas pela aglomeração de pessoas que estas iniciativas implicam.

A resolução de cancelar eventos no território abrange as iniciativas que se realizam ao ar livre, não englobando aquelas que têm lugar em espaços culturais onde seja possível fazer cumprir todas as diretrizes emanadas da Direção Geral de Saúde, como é o caso de museus, espaços expositivos entre outros.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Investigador da UC defende que refundar a participação cívica é um imperativo para a reconstrução do “novo normal”

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1589105813602{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1589105798305{margin-left: 20px !important;}"]Com vários países do mundo a efetuarem uma gradual saída do designado lockdown (bloqueio total) adotado para conter a pandemia da Covid-19, Giovanni Allegretti, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC) e coordenador do PEOPLES' - Observatório da Participação, da Inovação e dos Poderes Locais -, afirma que é importante «relembrar a classe política que a participação de cidadãs e cidadãos na reconstrução da sociedade no período pós-emergência é fundamental».


Numa reflexão sobre o papel dos cidadãos após a pandemia, Giovanni Allegretti sublinha que «é claro que a participação vai ter que ser repensada. As pessoas têm medo de se reencontrar em grandes grupos, e provavelmente estão saturadas de tecnologia nas suas vidas, mas querem, sobretudo, ser ouvidas sobre grandes questões, como a reconstrução do estado social (sobretudo educação e saúde) e a luta contra as novas desigualdades e exclusões».


O investigador do CES defende que Portugal não pode ficar fora deste debate. Vários países já estão a trabalhar nesse sentido. Por exemplo, «em França, um painel de 150 cidadãos selecionados aleatoriamente para integrar a “Convenção Cidadã para o Clima” apresentou o relatório “Contribuição para o plano de saída da crise”, enquanto uma centena de autarcas, governadores, intelectuais e líderes sociais enviavam ao Presidente Macron a petição “#NousLesPremiers: um cenário democrático para o mundo do depois”, que propõe um plano em três etapas, que prevê o envolvimento direto dos habitantes na reconstrução da sociedade e da economia».


Também em Espanha começou a debater-se a «forma de acompanhar a (polémica) proposta de um novo “Pacto da Moncloa”, prevendo a criação de painéis de


cidadãos sorteados para que possam partilhar as suas visões sobre o planeamento da era “pós-Covid”», refere.


Em Itália, um dos países do mundo mais afetados pela Covid-19, «cidades como Milão, Bari ou Nápoles têm vindo a abrir aos cidadãos os seus Planos de Resiliência, a organizar hubs para otimizar as atividades espontâneas de solidariedade, e a coordenar as mais de 40.000 iniciativas de crowdfunding que foram sendo financiadas durante o período de emergência», exemplifica o especialista.


Para um país como Portugal, «que entrou com força no mapa mundial da participação pública, à qual os meios de comunicação nacionais têm dedicado tanto espaço, é impossível ficar alheado deste debate», afirma.


«Somos dos poucos países que tem tido centenas de orçamentos participativos locais e até três experiências promovidas pelo governo nacional, e a RAP (Rede das Autarquias Participativas) é única no panorama europeu. Por dois meses, os nossos processos participativos formalizados ficaram em modalidade “stand-by”, bloqueados pelo distanciamento social e as urgências sanitárias. Mas agora é tempo de repartir, partilhar a reconstrução, canalizar as novas formas de ativismo solidário e lúdico que nasceram na emergência, e de transformá-los em ativismo estratégico», fundamenta o coordenador do Observatório da Participação, da Inovação e dos Poderes Locais.


Assim, prossegue Giovanni Allegretti, para que «o “novo mundo” seja mesmo novo, o Estado não pode atuar sozinho. As instituições são inerciais e as elites políticas não têm suficiente criatividade para se colocarem no lugar das tantas pessoas diferentes que compõem a nossa sociedade. Para não repetir os erros do passado, não precisamos de assistencialismo nem de paternalismo, mas que seja reconhecido aos cidadãos o direito de participar, sobretudo após estes meses de tragédia, com o nosso comportamento responsável e pró-ativo».


Ao Estado, segundo o investigador, cabe essencialmente estabelecer um processo de reconstrução tripartido (instituições, empresas, comunidades), «abrindo espaços


substantivos para cidadãs e cidadãos, e coordenando os níveis de governos num percurso participativo multinível, que possa imediatamente aproveitar (em cada nível administrativo) das tantas ideias e práticas de cogestão dos bens comuns que foram emergindo e – por certo – irão emergir ao longo do percurso».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Investigadores exploram possível ferramenta inovadora na terapia da doença de Alzheimer

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1588952168944{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1588952154971{margin-left: 20px !important;}"]Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) descobriu um possível novo alvo terapêutico para a doença de Alzheimer que poderá representar um passo importante para o tratamento desta doença neurodegenerativa.

Atualmente sem terapias eficazes, a doença de Alzheimer é um dos maiores problemas de saúde mundial, tendo um grande impacto económico e social. Caracteriza-se pela progressiva degeneração e morte dos neurónios, especialmente na zona do hipocampo, a região do cérebro responsável pela formação e consolidação de memórias. Acredita-se que a perda de função dos neurónios desta região estará na base da perda de memória observada na doença.

Deste modo, o estudo, já publicado na revista científica Molecular Therapy - Nucleic Acids [icon name="file-pdf-o" class="" unprefixed_class=""], procurou microARNs (pequenas sequências genéticas com um papel regulador nas nossas células) que fossem possíveis alvos terapêuticos inovadores para a doença de Alzheimer, tendo filtrado o microARN-31 como alvo promissor para este tipo de estratégias.

Este trabalho teve como objetivo principal «estudar se seria possível obter, através da modulação de um microARN específico, um efeito benéfico num modelo animal da doença de Alzheimer. Queríamos observar se aumentar os níveis do microARN-31 – já identificado em quantidades mais baixas no plasma de doentes, comparando com pessoas saudáveis da mesma idade - traria benefícios relevantes não só no que diz respeito às características histopatológicas da doença, como ao nível das alterações comportamentais características da patologia», afirma Ana Luísa Cardoso, coordenadora do projeto.

Para avaliar os efeitos benéficos do microARN-31, a equipa de investigadores recorreu a um modelo animal de ratinho para o estudo da doença de Alzheimer, utilizando apenas fêmeas.

Após injeção de um vírus geneticamente modificado que forçasse a expressão do microARN-31, foram avaliados marcadores da doença, como a acumulação de placas beta amilóide (aglomerados tóxicos de um peptídeo, característicos da doença) no cérebro dos animais, assim como a perda de função neuronal na zona do hipocampo. Realizaram-se também ensaios comportamentais, para aferir se o microARN-31 poderia prevenir a perda de memória associada à doença de Alzheimer.

«Uma das principais fases deste estudo focou-se no desenvolvimento de uma estratégia lentiviral, ou seja, uma ferramenta de expressão de um vírus, capaz de entregar o microARN-31 aos neurónios e passível de ser entregue no cérebro do modelo animal da doença de Alzheimer. Posteriormente, quisemos avaliar a deposição de placas beta amilóide, a função neuronal e o comportamento dos animais após a injeção do microARN, e avaliar se existiam melhorias quando comparado com animais não tratados com a sequência genética», explica Ana Teresa Viegas, primeira autora do estudo.

«Observámos que a expressão deste microARN no hipocampo dos animais levava a uma diminuição da deposição de placas beta amilóide, especialmente na zona do subículo – pequena área do hipocampo responsável pela memória de trabalho. Também verificámos que, comparando com os animais não tratados, os animais que receberam o microARN-31 apresentavam menores défices neste tipo de memória, que é recrutada em tarefas simples do dia-a-dia, não implicando vários processos de aprendizagem. Simultaneamente, observámos menores níveis de ansiedade e de inflexibilidade cognitiva – características observadas nos humanos em fases iniciais da doença», realça Ana Teresa Viegas.

A opção de realizar o estudo em modelos animais fêmeas pretendeu «mostrar a relevância de se focarem alguns estudos de doenças neurodegenerativas no sexo feminino, porque, especialmente no caso da doença de Alzheimer, esta é mais prevalente em mulheres, e a grande maioria dos estudos são ou foram feitos em animais machos, ignorando possíveis diferenças entre sexos. Por outro lado, o estudo também abordou, em termos comportamentais, tópicos que não temos visto abordados noutros estudos, como a inflexibilidade cognitiva, sendo que a maioria dos mesmos se focam na memória a longo prazo”, refere Ana Luísa Cardoso.

Na próxima fase do estudo, a equipa vai procurar compreender como a utilização deste microARN-31 poderá ser útil para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para outras doenças neurodegenerativas e explorar melhor como é que esta sequência exerce os efeitos protetores observados. Vai igualmente estudar o papel deste microARN em outros modelos da doença que sejam mais facilmente transponíveis para o ser humano.

Este estudo, que contou ainda com a participação de Vítor Carmona, Elisabete Ferreiro, Joana Guedes, Pedro Cunha, Ana Maria Cardoso, Luís Pereira de Almeida, Catarina Resende de Oliveira e João Peça - também investigadores do CNC - e com a colaboração de João Pedro de Magalhães, investigador da Universidade de Liverpool, Reino Unido, foi financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), pela Bial e pelo programa de ações Marie Curie.

Referência:
“MiRNA-31 improves cognition and abolishes amyloid-Beta pathology by targeting APP and BACE1 in an animal model of Alzheimer’s disease”, DOI: 10.1016/j.omtn.2020.01.010 [icon name="file-pdf-o" class="" unprefixed_class=""].
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Estudo da Universidade Europeia revela que maioria dos portugueses preferia não estar em teletrabalho

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1588174552377{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1588174537519{margin-left: 20px !important;}"]A Universidade Europeia desenvolveu um estudo sobre os “Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto” com o objetivo de caracterizar quais os principais desafios que se colocam às empresas, à gestão de pessoas e às próprias pessoas, que na presente conjuntura de combate à propagação de Covid-19 estão a trabalhar remotamente. Embora 65% dos inquiridos tenham revelado que preferiam não estar em teletrabalho, 79% dos participantes identifica o ganho de tempo como a principal vantagem deste regime.

Segundo os resultados do estudo, do total de 539 respostas avaliadas, a maioria dos portugueses inquiridos trabalha em regime de full-time (96%), estando também a maior parte em situação de isolamento social (84%). 90% dos inquiridos encontra-se em regime de teletrabalho, sendo que a maioria (65%) preferia não estar, no entanto apenas uma reduzida percentagem de participantes se encontra “nada satisfeito” (3%) ou “pouco satisfeito” (9%) com a situação.

No que se refere às perceções individuais sobre a experiência de teletrabalho, a maior parte dos participantes sente que trabalha mais (49%) ou que trabalha o mesmo (35%). De igual forma, a maior parte dos participantes sente que é mais produtivo (37%) ou que mantém o nível de produtividade (37%).

No que diz respeito à sensação de afastamento da empresa, o estudo revela que aproximadamente metade dos inquiridos (49%) sente-se mais afastado da empresa e praticamente a restante proporção de participantes (46%) sente que não há alterações.

Independentemente da dimensão da empresa, a maioria dos participantes (68%) refere não existir um mecanismo de controlo do tempo de teletrabalho por parte da chefia. No entanto, quando existe algum mecanismo, esse parece ser mais frequente em empresas de média dimensão, ou seja, em empresas com 50 a 249 colaboradores (28%) e empresas com 250 a 500 colaboradores (27%).

Relativamente às principais vantagens sentidas pela população em regime de teletrabalho, a esmagadora maioria identificou o ganho de tempo (79%), a gestão de horários (57%) e uma

maior flexibilidade (44%). Quanto às desvantagens do teletrabalho, destaca-se a sensação de afastamento dos colegas (76%), “mistura” entre a vida profissional e familiar (64%), bem como o sentimento de não ter apoio quando é necessário (39%). No que toca às principais dificuldades sentidas pelos participantes no estudo da Universidade Europeia, salienta-se a “mistura” entre a vida profissional e familiar (56%), a existência de um espaço físico apropriado para o trabalho (49%), bem como a dificuldade de acessos a tecnologia (35%).

Entre as diferentes repercussões do teletrabalho consideradas, o estudo constata que as mulheres, comparativamente com os homens, reportaram um nível de stress (média = 3,10 e 2,90, respetivamente) e cansaço mais elevados (média = 3,17 e 2,83, respetivamente).

Comparativamente com as pessoas solteiras e sem filhos, as pessoas casadas e com filhos avaliaram de forma diferente a experiência de teletrabalho. Mais precisamente, os participantes com filhos, comparativamente com aqueles que não têm filhos, reportaram níveis mais elevados de conflito trabalho-família (Média = 2,97 e 2,70, respetivamente), stress (Média = 3,20 e 2,87, respetivamente) e cansaço (Média = 3,18 e 2,92, respetivamente). Os indivíduos solteiros foram os que reportaram sentir-se mais isolados em relação aos outros (Média = 3,8).

No âmbito da análise do nível de satisfação geral com a situação de teletrabalho, verificou-se que os participantes sem filhos estavam significativamente mais satisfeitos (média =3,71), com a situação de teletrabalho, comparativamente com os participantes que têm filhos (média = 3,45).

Como conclusões do estudo “Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto” destacam-se o facto da gestão de pessoas dever assumir alguns princípios, como, padrões e medidas de promoção da saúde ocupacional, do equilíbrio emocional e do bem-estar pessoal, nomeadamente o “direito à desconexão” e a limitação dos espaços de trabalho; regulação dos tempos de trabalho e medidas de promoção da produtividade; “(Re)educação” de trabalhadores e chefias; contrato de trabalho específico para teletrabalho e suas condições.

Principais conclusões:

  • 90% dos portugueses encontra-se em regime de teletrabalho, sendo que a maioria (65%) preferia não estar, embora apenas uma reduzida percentagem de participantes se encontre “nada satisfeito” ou “pouco satisfeito” com a situação;

  • A maioria dos participantes identificou o ganho de tempo como a principal vantagem do teletrabalho (79%). Sendo a principal desvantagem, a sensação de afastamento dos colegas (76%) e, a principal dificuldade, a “mistura” entre a vida profissional e familiar (56%);

  • As principais repercussões do teletrabalho para os portugueses aparentam ser a sensação de maior isolamento pessoal em relação aos outros, o número excessivo de horas de trabalho e a influência negativa na postura;

  • As mulheres, comparativamente com os homens reportam um nível de stress e cansaço mais elevado e a maioria dos inquiridos com filhos identificam níveis mais elevados de conflito trabalho-família e stress e cansaço.


O relatório integral do estudo “Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto” está disponível para consulta através deste link [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].

Ficha Técnica do Estudo
Promovido pela Faculdade Empresariais e Sociais da Universidade Europeia, o estudo “Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto” foi realizado através de questionário disponibilizado nas redes sociais, entre os dias 20 e 30 de março, correspondendo ao período de “confinamento” definido pelo Estado de Emergência, tendo uma amostra composta por 539 indivíduos, residentes no Continente e Regiões Autónomas. O estudo foi desenvolvido por Isabel Moço (Docente), Sílvia Lopes (Docente e Investigadora) e Raquel Soares (Dean e Docente) da Faculdade de Ciências Empresariais e Sociais da Universidade Europeia.

Sobre a Universidade Europeia
Líder em Turismo e Design, a Universidade Europeia é também uma referência no ensino de outras áreas de conhecimento como Gestão, Recursos Humanos, Desporto, Direito, Psicologia e Comunicação, disponibilizando uma oferta diversificada de Licenciaturas, Mestrados e Doutoramentos. Para mais informações sobre a Universidade Europeia: www.europeia.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]

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Conjuntivites virais e alérgicas: como se distinguem e a melhor forma de as tratar

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1588158586584{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Não é frequente, mas a conjuntivite pode ser uma das formas de apresentação da COVID-19. Nuno Campos, oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) confirma que assim é e acrescenta “ser impossível distingui-la, só pelos sintomas oculares, de outras conjuntivites virais”. Mas esclarece: “neste caso, todos os outros sintomas respiratórios, a febre e a existência de contactos de risco, podem levantar a suspeita que poderá ser confirmada por teste laboratorial”.

Estamos numa altura do ano em que não só é possível, mas é sobretudo muito comum a ocorrência de conjuntivites alérgicas. Como distingui-las então de outros problemas? O especialista da SPO esclarece que este tipo de conjuntivite, a alérgica, “surge normalmente em doentes já com história conhecida de doença alérgica, tendo normalmente um padrão sintomático habitual e bilateral”.

Os sintomas, esses são fáceis de identificar: “prurido, lacrimejo persistente e vermelhidão ocular, com pouca ou nenhuma secreção, e pouca afetação da visão”. São, refere o médico, “muitas vezes episódios que se repetem, ano após ano, de forma crónica, e que são tratados com anti-histamínicos tópicos, lágrima artificial e, mais raramente, com colírios de corticoides, nos casos mais graves, sendo a evolução muito favorável em poucos dias”.

Já as conjuntivites virais costumam surgir de forma mais súbita, “inicialmente unilateralmente, podendo, numa fase mais avançada, envolver ambos os olhos, com vermelhidão mais marcada, maior compromisso da visão, incómodo já com alguma sensação de dor, secreção mais abundante, embora não purulenta”.

Cabe ao oftalmologista, através da observação em consulta, fazer o diagnóstico e decidir qual o melhor tratamento que, “no caso da conjuntivite viral, é essencialmente sintomática e de suporte, já que não há tratamento específico”, esclarece o médico.

Por cá, as conjuntivites alérgicas são relativamente comuns, “sem gravidade significativa e não são transmissíveis, sendo a conduta defensiva o evitar os alergénios conhecidos, aos quais se seja sensível”, enquanto as virais, essas “são bastante contagiosas, sendo comum variados elementos da mesma família serem afetados, e de uma forma muito rápida”.

Em caso de dúvida, o especialista reforça ser “totalmente seguro consultar, mesmo na fase de contingência que vivemos, o seu médico oftalmologista, que está disponível para observar casos prioritários, ou procurar uma urgência de Oftalmologia, estando todas a funcionar normalmente e de forma completamente segura”. E, acrescenta, é já conhecida a posição pública da SPO e do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos, que aconselha o uso de máscara em contexto social e em locais fechados, “melhorando assim a segurança do próprio e daqueles que o rodeiam, reduzindo igualmente a normal tendência para tocar na face com as mãos, que pode constituir um importante vetor de infeção”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

CIM das Terras de Trás-os-Montes adquire 36 mil máscaras

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587634512810{margin-left: 15px !important;}"]Chegaram à sede da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, em Bragança, as 36 mil máscaras cirúrgicas que esta entidade adquiriu para distribuir, principalmente, pelas infraestruturas que têm a seu cargo idosos institucionalizados.

Trata-se de equipamento que, num primeiro levantamento, foi identificado como essencial para atuar no campo da contenção e prevenção do novo Coronavírus junto de profissionais e utentes destas instituições.

As máscaras vão ser entregues às Câmaras Municipais dos concelhos que integram a CIM das Terras de Trás-os-Montes, que farão a distribuição das mesmas em função das necessidades. A prioridade são as IPSS e lares de idosos privados dos nove concelhos.

Recorde-se que a CIM das Terras de Trás-os-Montes integra os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimoso e Vinhais e que assumiu como prioritário, no seu plano de combate à COVID-19 o apoio à população idosa e aos seus cuidadores.

É nesse sentido que tem vindo a desenvolver contactos e esforços permanentes juntos das entidades de saúde pública e da Segurança Social. Um trabalho colaborativo que se traduz na identificação de necessidades, no acompanhamento do evoluir da situação e eficácia das respostas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

O sono como arma para um sistema imunológico funcional

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1587475015870{margin-top: 20px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587474998796{margin-left: 15px !important;}"]Sempre que se aproxima uma onda de gripe, são várias as dicas de saúde que começam a surgir. Um dos conselhos mais comuns e extremamente eficaz é o de dormir bem. No entanto, o novo coronavírus não é uma patologia da família da gripe mas uma variedade diferente do vírus. A forma como o sono ajuda o sistema imunológico a evitar vírus ou a mitigar os seus efeitos é explicado detalhadamente pela Dra. Verena Senn, Neurocientista e especialista do sono da Emma - The Sleep Company.

Porque é que o sono é tão importante para o bom funcionamento do sistema imunológico? Qual o papel do sistema imunológico na saúde?

Felizmente, a tendência da privação do sono em prol do sucesso está a diminuir. Em vez disso, o sono tornou-se um símbolo de status de tendência: quanto mais se dorme, melhor. Este é um desenvolvimento bastante importante porque uma noite de sono de qualidade também fortalece o nosso sistema imunológico. Um sistema imunológico que funcione bem é a espinha dorsal da nossa saúde, é essencial para a nossa defesa contra vírus, como muitos estudos independentes por todo o mundo demonstram.

Os vírus infetam as nossas células acoplando-se às proteínas da superfície e injetando a sua própria matéria. Como resultado, a produção das nossas próprias células é invadida e começa a produzir mais e mais vírus. Quando este processo é concluído, a célula infetada morre e liberta esses novos vírus que, por sua vez, infetam outras células. No entanto, somos regularmente expostos a uma variedade de vírus e o nosso sistema imunológico tem as suas próprias funções de proteção. Membros proeminentes das nossas defesas internas são as chamadas células assassinas naturais - um tipo de glóbulos brancos. Estas detetam as células infetadas e param a sua atividade ou removem-nas antes que novos vírus sejam reproduzidos.

Para termos células assassinas naturais suficientes no corpo, o sono é de extrema importância. Se dormimos pouco regularmente, somos muito mais suscetíveis a doenças e infeções. Investigadores estudaram como é que o número de glóbulos brancos (células assassinas naturais) se desenvolve sob privação de sono. Resultado: os grupos de teste que dormiram apenas quatro horas em vez de oito tiveram uma redução na proporção das suas células assassinas naturais em 70%. Esta é uma descoberta impressionante e um apelo claro para garantir sempre um sono de qualidade.

Quantas horas devemos dormir por noite e quando devemos ir para a cama?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda entre sete a nove horas de sono por noite. Ao contrário da crença popular, não é possível compensar o sono perdido. Não há um horário uniforme ou ideal para ir para a cama. Mas existe o relógio biológico interno - chamado pelos biólogos de cronógrafo - o ritmo circadiano. Durante o ciclo dia-noite da Terra, este relógio interno é sincronizado repetidamente. No entanto, a sincronização dos nossos relógios internos é muito individual, o que explica a existência de madrugadores e pessoas que preferem acordar tarde.

Além do ritmo circadiano, os bioquímicos também nos afetam quando estamos cansamos. No líquido cefalorraquidiano, esses compostos bioquímicos acumulam-se no corpo durante o dia e aumentam o nosso desejo de dormir. Por outro lado, enquanto dormimos, estas substâncias são decompostas. Um dos bioquímicos mais importantes é a adenosina. A adenosina inibe as “áreas ativas” do cérebro e provoca-nos o sentimento de cansaço. A cafeína atua como um inibidor da adenosina. Como a cafeína tem um período ativo de seis a oito horas antes de ser completamente degradada, deve ser evitada a partir do final da tarde.

O que mais pode ser feito para promover um bom sono?

Antes de mais, gostaria de destacar o relógio interno e a sua ligação com a luz e o escuro. O relógio interno é amplamente controlado pela melatonina. Os recetores dos nossos olhos são sensíveis à luz azul e sinalizam ao cérebro que é de dia e, por isso, devemos estar alertas e acordados. Para que a melatonina mantenha um ciclo saudável de sono/ vigília, telemóveis ou computadores, por exemplo, devem ser utilizados apenas até duas horas antes da hora de dormir. Para além deste, existe outro motivo: estudos comprovam que atividades online, como contatos sociais ou consulta de notícias atuais, podem impedir que estejamos calmos e relaxados adormecer.

Eu também recomendo dormir a uma temperatura ambiente de cerca de 19°C e beber mais água durante o dia do que à noite. Abraçar algo quente ou tomar um banho também pode melhorar a rapidez e facilidade com que adormecemos. O calor dilata os vasos sanguíneos nas mãos e nos pés. Parece paradoxal, mas isso liberta o excesso de calor corporal, e é exatamente isso que o corpo precisa para adormecer e dormir.

Devido à situação que vivemos atualmente, que cuidados é que as pessoas que estão a praticar teletrabalho devem ter em relação ao sono?

As pessoas que tiveram de montar o seu escritório em casa devem idealmente escolher um local fora do quarto ou, pelo menos, um canto separado para trabalhar. Recomendamos áreas compartimentadas para a rotina diária e para o trabalho, e locais para descanso e lazer. Isto também se aplica a horários - embora não deva sair de casa, é importante separar o horário de trabalho dos intervalos e, conscientemente, terminar o período de trabalho a uma hora estipulada.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Covid-19: CTT disponibilizam máscaras e gel desinfetante nas lojas

[vc_row][vc_column width="1/4"][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587468909039{margin-left: 15px !important;}"]Os CTT – Correios de Portugal vão disponibilizar a partir desta terça-feira, 21 de abril, máscaras e gel desinfetante nas Lojas da Empresa por todo o País, para venda aos clientes.

"Tendo em conta o atual contexto de pandemia por CoViD-19 em que vivemos, e tendo em conta a preocupação com a segurança e bem-estar dos clientes, os CTT estão a comercializar estes produtos na sua rede de retalho, procurando que os cidadãos se desloquem o menos possível na compra de bens essenciais", refere uma nota de imprensa dos CTT.

Os CTT estão a comercializar Máscaras cirúrgicas com certificação ASTM nível 2, de acordo com a diretiva da União Europeia e com embalamento próprio (por 10 euros o pack de 6 unidades). Estará também disponível gel desinfetante com 70% de álcool (5 euros uma embalagem de 100ML), cuja fórmula está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

"Os CTT estão conscientes do papel crítico que desempenham na manutenção de cadeias de comunicação e logística vitais para a economia e a sociedade portuguesa, tendo implementadas várias medidas de mitigação no âmbito da pandemia por CoViD- 19", salientam.

Os CTT apelam também ao seguimento rigoroso das recomendações da Direção-Geral da Saúde, por forma a garantir a segurança dos clientes, mas também dos colaboradores dos CTT.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Covid-19: farmácias apoiam controlo de preços

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587303835655{margin-left: 15px !important;}"]A Associação Nacional das Farmácias (ANF) apoia a fixação pelo Estado de uma margem máxima de comercialização das máscaras e outros produtos de prevenção do contágio pelo novo coronavírus. «Todas as medidas favoráveis à protecção da população merecem a adesão sem reservas das farmácias portuguesas», reage Paulo Cleto Duarte, presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF).


«A maioria das farmácias, na prática, já está a adoptar margens inferiores ao limite fixado pelo Governo. Muitas estão mesmo a revender esses produtos ao preço de aquisição, juntando apenas o IVA, sem qualquer lucro próprio, infelizmente nem todas o podem fazer», relata o presidente da ANF. Neste momento, 24% das farmácias enfrentam processos de penhora e de insolvência. «Esta epidemia apanhou a nossa rede numa situação de crise económica, mas não de valores. Primeiro temos de resolver a crise sanitária que ameaça a população, só depois a crise das farmácias», defende Paulo Cleto Duarte.


Máscaras, álcool, luvas e outros equipamentos de protecção individual contra a Covid-19 são vendidos em múltiplos estabelecimentos. Eram produtos de preço livre, mas as farmácias anteciparam a sua regulação. No dia 24 de Março, a ANF recomendou às suas associadas uma margem máxima de 17,5%, igual à margem legal dos medicamentos sujeitos a receita médica, que é a mais baixa da Europa.


A ANF escreveu então ao Primeiro-Ministro pedindo medidas para «restabelecer o fornecimento de matérias de protecção aos utentes e às equipas das farmácias a preços normais de mercado». A ANF fez chegar à ASAE centenas de denúncias relativas a propostas de comercialização apresentadas às farmácias com preços 100% a 1.000% superiores aos praticados antes da pandemia.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Sociedade Portuguesa de Transplantação alerta para “lado oculto” da epidemia COVID-19

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587292832681{margin-left: 15px !important;}"]“Nunca nos tempos modernos a medicina atravessou uma época como esta.” Em pleno cenário de luta contra um vírus que nos mudou a vida, a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) faz uma reflexão sobre o tema, numa carta aberta onde alerta para “os danos colaterais nos doentes que têm a infelicidade de ser acometidos por eventos de saúde agudos ou portadores de doenças crónicas”, neste caso específico, os doentes transplantados ou à espera de transplante.


É certo, confirma a SPT, que “nenhum serviço de saúde está preparado para uma situação destas e, por isso, é importante tomar medidas precoces e infelizmente aprender com os países que sofreram primeiro as consequências desta pandemia”. E confirma também a existência no País de “unidades de referência de excelência”, que nos colocam “na linha da frente na doação e na transplantação”. O que torna, por isso, importante, “que os hospitais, mesmo que de primeira linha no combate à infeção por coronavírus e que integram Unidades de Transplantação, sejam capazes de se organizar para manter níveis de assistência a este grupo de doentes de risco acrescido devido à terapêutica imunossupressora”.


Para reduzir os riscos de infeção e com o objetivo de manter a assistência a estes doentes, a SPT advoga algumas medidas, de acordo com as orientações das Sociedades Internacionais: organizar as consultas de seguimento em doentes estáveis, privilegiando o atendimento não presencial e com contacto telefónico;estabelecer circuitos hospitalares alternativos aos circuitos de doentes COVID, para doentes transplantados com intercorrências agudas e que necessitem de avaliação presencial; programar as colheitas de análises em locais dedicados a nível hospitalar ou através de protocolos com laboratórios periféricos e próximos das áreas de residência; programar o fornecimento de medicação hospitalar em horários restritos ou por marcação direta com os serviços farmacêuticos ou mesmo através de entrega ao domicílio e alargando os intervalos de entrega; manter asseguradas, nos internamentos destes doentes, as coberturas médicas e cirúrgicas para as intercorrências agudas e para os transplantes urgentes que neste período possam vir a ocorrer.


Medidas que devem ser implementadas e “transmitidas aos doentes de forma clara, para que não se gerem mal-entendidos. Parece-nos primordial que todos os circuitos alternativos estejam sinalizados e funcionais, para que não haja falhas nos procedimentos, que naturalmente conduzirão a sentimentos de insegurança e que são, na maioria das vezes, geradores de confusão que em nada ajuda os doentes, o bom funcionamento dos serviços e consequentemente das instituições”.


A SPT não tem dúvidas que, passada esta era que agora enfrentamos, o balanço feito irá revelar que as alterações feitas nas unidades de saúde face à COVID-19 “têm e terão como consequência a diminuição de sinalização de potenciais dadores”. Algo que, defende, “acarreta no imediato que doentes à espera de transplante de órgãos vitais, como fígado, coração e eventualmente pulmão, vejam negada essa oportunidade e venham a falecer. Na realidade, estes tipos de transplantes salvam a vida no imediato”.


As diretivas internacionais baseadas nas experiências de epidemias prévias como a gripe A ou a gripe das aves aconselham que o transplante considerado urgente deve manter-se, pesando o risco de vida do doente e avaliando caso a caso. Este também foi o entendimento do Instituto Português de Sangue e Transplantação e com o qual concordamos”, lê-se no documento.


Por fim, a SPT recorda que, se é verdade que se “morre por infeção com COVID-19, também se morre por falta de órgãos vitais. Quando esta situação for ultrapassada, perceberemos o que neste momento se encontra oculto pela voracidade dos números diários dos doentes infetados ou de perdas de vida por infeção COVID-19. Saberemos os números dos falecimentos, provavelmente subestimados, dos outros doentes que continuam a existir”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

COVID-19: Cientistas da UC avaliam as consequências da pandemia na família e na comunidade, em Portugal e no mundo

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587291684044{margin-left: 15px !important;}"]Uma equipa de investigadores do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra (UC), coordenada pela professora catedrática Paula Santana, está a realizar um questionário de âmbito mundial com o objetivo de compreender e avaliar as consequências que a pandemia de COVID-19 está a ter nas relações familiares, sociais e comunitárias.


Este questionário online [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""],tem «tradução em 13 línguas esperando, desta forma, conseguir chegar a indivíduos de diferentes territórios do mundo, com idade igual ou superior a 18 anos», refere a responsável pela equipa de investigação, apelando à participação dos cidadãos.


«Para além das características do indivíduo, da habitação e da área envolvente, queremos avaliar de que forma os contextos de vida, trabalho/estudo e lazer e o acesso e utilização de cuidados de saúde estão a ser afetados pela pandemia de COVID-19. Outro aspeto relevante, que sairá das respostas a este questionário, é relativo à perceção dos cidadãos sobre o papel das autarquias na minimização dos impactos sociais e económicos», destaca Paula Santana.


A equipa garante a confidencialidade dos dados e o anonimato dos inquiridos. «Não haverá qualquer divulgação ou comunicação de resultados individuais. Os dados recolhidos serão exclusivamente utilizados para fins de investigação científica fundamental e aplicada», esclarece a coordenadora do estudo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Covid-19: as desigualdades na educação podem ser aumentadas com o ensino básico e secundário não presencial, alertam cientistas da UC

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587063012598{margin-left: 16px !important;}"]

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Com o arranque do terceiro período escolar com aulas à distância devido à pandemia da Covid-19, um grupo de investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade Coimbra (FPCEUC) chama a atenção para os aspetos que devem ser acautelados para não reforçar as desigualdades na educação.

Partindo de uma análise ao roteiro para guiar a resposta educacional à pandemia de Fernando Reimers (Harvard Graduate School of Education) e Andreas Schleicher (OECD Diretorado de Educação) [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], Ana Maria Seixas, António Gomes Ferreira e Isabel Festas alertam que «é fundamental perceber que a atual situação pode potenciar ainda mais as desigualdades já existentes no ensino básico e secundário. Amplamente reconhecidas na realidade prévia à COVID, as desigualdades em educação podem ver-se muito aumentadas com o atual afastamento físico e social dos alunos da escola. Não apenas pela eventual ausência de acesso a estes meios que pode ser grandemente ultrapassada com medidas como a do Governo Português de incrementar programas através da TV, mas pela desmobilização e pelo abandono previsíveis numa população que, como é sabido, nunca terá o mesmo tipo de apoio familiar dos mais privilegiados».

Neste contexto, sublinham os especialistas da Universidade de Coimbra, «é necessário que se tomem medidas imediatas, de seguimento e apoio particular aos mais vulneráveis, mas, também, que se prevejam planos de ação num futuro a curto prazo, quando for possível o regresso às escolas. Estes planos devem contemplar programas de compensação e de recuperação das aprendizagens perdidas ou pouco conseguidas. Trata-se de um empreendimento que vai exigir um enorme esforço, mas em que vale a pena investir para prevenir uma situação que pode ser catastrófica em termos de acentuação das desigualdades».

A avaliação dos alunos que estão nestas situações, a elaboração dos programas e modalidades de compensação e de atuação, bem como recrutamento dos professores necessários são algumas das medidas defendidas por estes investigadores.

No que respeita ao recurso à educação a distância e às plataformas digitais, plenamente «justificado nesta situação de exceção», Ana Maria Seixas, António Gomes Ferreira e Isabel Festas afirmam que «a relevância que lhes é dada não pode servir para pensar este momento como algo regenerador do futuro. Admitindo que é necessário inovar em educação, é muito importante perceber que qualquer renovação/inovação tem de ser equacionada em função de ambientes ótimos de aprendizagem e de socialização, necessariamente reportados a formas presenciais, as únicas que permitem a partilha, a cooperação entre professores, entre alunos, entre professores e alunos e entre todos os intervenientes do processo educativo».

«Pela sua natureza e missão, a educação escolar no ensino básico e secundário ocorre num espaço coletivo e formativo, em que a criação de comunidades de aprendizagem reais e não virtuais é uma condição para a consecução das suas finalidades. Neste sentido, os meios digitais e a distância, podendo ser usados como recursos, não serão nunca substitutivos da presença em espaço escolar dos membros da comunidade educativa», fundamentam.

Por último, os três investigadores defendem o papel crucial da Universidade «como espaço de criação do conhecimento indispensável à resolução de problemas como este com que nos confrontamos. Por um lado, é o desenvolvimento da investigação em diversas áreas científicas que pode trazer as soluções necessárias à criação de vacinas e ao tratamento de doenças como aquela com que agora somos confrontados. Por outro lado, é o pensamento, tal como é desenvolvido nas áreas das ciências sociais e humanas que pode dar-nos grelhas de leitura sobre o que se passa, bem como apontar os caminhos e as saídas a seguir e a adotar».

O documento “A framework to guide an education response to the COVID-19 Pandemic of 2020”, de Reimers e Schleicher, identifica os aspetos e as áreas que devem ser considerados nos planos destinados a garantir a continuidade da educação e da aprendizagem, neste novo contexto, baseando-se num levantamento de necessidades junto de 98 países (Portugal incluído).[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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