"Mãe", poema de Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="2/3"][vc_column_text]Mãe

corro o risco de já não viver no teu centenário
por isso lembrar-me-ei especialmente de ti
aquando do nonagésimo aniversário

lá longe, em casa-de-branco do tupi-guarani
à vista dos remansos da guanabara, naquele
rio-de-janeiro que te acolheu em abril

em abril voltaste à casa de xisto que te pertencia
(por avoengos meus terem visto do outro lado mar)
lançando âncora de torna-viagem

num abril casaste e a partir voltaste para outro lugar
do mar. e daí para o sertão onde também em abril desse lugar
te arrancaram e comigo regressaste à terra montanhosa e fria

e noutro abril insististe em volver a pisar o caminho do mar
e mais uma vez em abril te arrancaram da terra ocre
que amaste e retrocedeste às sombrias quelhas piçarrentas

de negras paredes. foram muitas idas e retornos e às fadigas
soçobraste, resistindo apenas três abris mais, até que rua
além te levaram para o recinto onde jazes

e nele de ti me despedi no abril seguinte
em vésperas de rumar à praça do carioca mauá
prometendo-te ser capaz de subir os degraus
que se me deparassem para descer.

fui e em dois abris regressei também
sem saber se coisa alguma vencera
mas a minha peregrinação amainou, e agora sei apenas
que num ido abril à casa onde me pariste e comigo
viveste, voltei para recordar as já distantes canções de embalar

no doce e morno aconchego do teu regaço
(partiste em viagem sem retorno e eu órfão)
mas sei que a minha tristeza seria menos merencória

se ao menos pudesse estar na nossa casa
(a minha ante-câmara da morte)
em vez de só e desagasalhado.

nela hei-de verter todas as lágrimas
para quando em abril for ao teu encontro
repetir os sorrisos de menino

Carlos d´Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/3"][zoomsounds_player source="https://ia601406.us.archive.org/15/items/mae-licencadeaudio-podcast-poemario-20_202005/mae-licencadeaudio-Podcast%20Poem%C3%A1rio%2320.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="Mãe" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||" css=".vc_custom_1588462424593{margin-top: -15px !important;}"][vc_column_text css=".vc_custom_1588462037320{margin-top: 20px !important;}"]“Mãe”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos“, de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem.

A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de ‘novos sentidos e possibilidades'”.

Do prólogo de Norberto Veiga[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A liberdade, sim, a liberdade!

[vc_row][vc_column width="2/3"][vc_column_text]A liberdade, sim, a liberdade!

A liberdade, sim, a liberdade!
A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!

A liberdade do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade de amar a moral que é preciso dar à vida!
Como o luar quando as nuvens abrem
A grande liberdade cristã da minha infância que rezava
Estende de repente sobre a terra inteira o seu manto de prata para mim...
A liberdade, a lucidez, o raciocínio coerente,
A noção jurídica da alma dos outros como humana,
A alegria de ter estas coisas, e poder outra vez
Gozar os campos sem referência a coisa nenhuma
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!

Passos todos passinhos de criança...
Sorriso da velha bondosa...
Apertar da mão do amigo [sério?]...
Que vida que tem sido a minha!
Quanto tempo de espera no apeadeiro!
Quanto viver pintado em impresso da vida!

Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade,
Dêem-ma no púcaro velho de ao pé do pote
Da casa do campo da minha velha infância...
Eu bebia e ele chiava,
Eu era fresco e ele era fresco,
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre.
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?

Álvaro de Campos

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/3"][zoomsounds_player source="https://ia601503.us.archive.org/1/items/aliberdade/aliberdade.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="A liberdade, sim, a liberdade!" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_wp_text]Poema de Fernando Pessoa, no pseudónimo de Álvaro de Campos, dito por Carlos d'Ábreu no dia 25 de Abril de 2020. Os créditos do arranjo instrumental Grandola Vila Morena pertencem a António Teixeira.

[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

"A que morreu às portas de Madrid", poema de Reinaldo Ferreira (filho)

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]"A que morreu às portas de Madrid"

A que morreu às portas de Madrid,
Com uma praga na boca
E a espingarda na mão,
Teve a sorte que quis,
Teve o fim que escolheu.
Nunca, passiva e aterrada, ela rezou.
E antes de flor, foi, como tantas, pomo.
Ninguém a virgindade lhe roubou
Depois dum saque — antes a deu
A quem lha desejou,
Na lama dum reduto,
Sem náusea, mas sem cio,
Sob a manta comum,
A pretexto do frio.
Não quis na retaguarda aligeirar,
Entre champagne, aos generais senis,
As horas de lazer.
Não quis, activa e boa, tricotar
Agasalhos pueris,
no sossego dum lar.
Não sonhou minorar,
Num heroísmo branco,
De bicho de hospital,
A aflição dos aflitos.

Uma noite, às portas de madrid,
Com uma praga na boca
E a espingarda na mão,
À hora tal, atacou e morreu.
Teve a sorte que quis.
Teve o fim que escolheu.

Reinaldo Ferreira (filho)[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601500.us.archive.org/23/items/podcastpoemario-5/%23podcastpoemario5.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``A que morreu às portas de Madrid``" songname="Poemário de Carlos d’Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_wp_text]Reinaldo Ferreira (filho)

"Poeta português nascido em Barcelona, filho do famoso jornalista com o mesmo nome, que nos anos 20 se celebrizou por assinar as suas peças sob o pseudónimo «Repórter X». Teve uma vida breve e pouco bafejada pela sorte. Iniciou os estudos secundários em Espanha, tendo-os concluído já em Moçambique, onde se fixou. Colaborou em algumas publicações de Maputo (a então cidade de Lourenço Marques) e da Beira: Capricórnio, Itinerário, Paralelo 20, etc. A sua poesia só ficou conhecida aquando da publicação póstuma dos seus Poemas (1960). Uma segunda edição, de 1966, vinha acompanhada de um prefácio de José Régio, que, tal como Vitorino Nemésio, lhe teceu largos elogios. A sua poesia pode ser enquadrada na tendência presencista, encontrando-se também elementos que a ligam ao simbolismo e ao decadentismo. Se nos seus poemas imperam a ironia, o niilismo e o absurdo, existe por outro lado um forte pendor humanista, visível na crítica a certos mitos".

Fonte: Escritas.org [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""][/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

"Poemo", poema de Carlos d'Abreu, dito por Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Poemo

Poemo, serei um poemo
Não o poemo do liçanote
O ácrata engenhoso
Que se julgava quixote
Mas o apátrido poeto
O poeto que se repete
Que se perde e extravia
Se descobre e se encontra
Tanto é peixe alado de boch
Como pássaro remador de parafício
É memória mas também olvido
Nesta sala vazia de agasalhos
Onde o poeta julga estar
Reina apenas a solidão
Talvez tudo não passe
– incluindo-me –
de um equívoco![/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601403.us.archive.org/22/items/poemo_202004/Poemo.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Poemo``, poema de Carlos d'Abreu" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_wp_text]"Poemo", integra o livro de poesia "[des(en)]cantos e (alguns) gritos", de Carlos d'Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem.

"A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de 'novos sentidos e possibilidades'".

Do prólogo de Norberto Veiga[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

"Os Pobres", poema de Jesús Lizano dito por Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]"Os pobres"

Somos os pobres,
os famintos pobres,
os mutilados pobres,
os pestilentes pobres,
por todas as partes pobres,
os indesejáveis pobres,
os preguiçosos pobres,
os miseráveis pobres,
os estranhos, os irritantes
pobres,
pobres de nascimento,
pobres atirados às ruas,
os andrajosos pobres,
os enfermiços,
os marginalizados,
os exaltados pobres,
os pobres do porto,
os contagiosos pobres,
os cegos, os surdos,
os impotentes pobres,
os ridículos pobres,
carniceiros,
trapeiros,
inclassificáveis pobres,
pobres sobre pobres,
pobres vulgares,
pobres fantasmas,
pobres apátridas,
pobres de ninguém,
pobres de nada,
pobres bem pobres,
os delirantes pobres,
nos bancos dos parques,
indesejáveis,
indignos,
horripilantes pobres,
pobres com pobres,
condenados pobres,
malditos pobres,
tétricos, surrentos,
bófias,
pobres cobertos de pó,
esqueléticos pobres,
cada vez mais pobres.
Vivam os pobres!

Tradução de Carlos d'Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601508.us.archive.org/4/items/ospobres/ospobres.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Os Pobres``, poema de Jesús Lizano dito por Carlos d'Abreu" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_wp_text]Jesús Lizano foi um poeta e um pensador libertário espanhol, ligado ao movimento anarquista. Defendeu o Misticismo Libertário que concebia a evolução a partir do mundo selvagem, onde convergem todos os animais excepto a espécie humana, que agora está estagnada no mundo político real, a caminho do mundo real poético .

Estudou filosofia e leccionou, onde foi alcunhado “Antiseñor Lizano” por garantir a aprovação de todos os alunos. Publicou periodicamente “A coluna poética e o poço político” na revista libertária Polémica publicada em Barcelona. Escreveu em jornais.A Sua poesia era oral, o que o levou a participar em numerosos recitais participativos e apaixonados, dos quais existem alguns testemunhos em vídeo que ele editou.

“…exemplo de luta em defesa da humanidade
e de todas aquelas causas justas às quais dedicou a vida… que a sua figura e a sua obra de luta social a favor dos desiguais seja seguida e recordada por muito tempo…”[/vc_wp_text]

[better-ads type="banner" banner="3814" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""]

[/vc_column][/vc_row]

Poema “Irmãos” de Celso Emilio Ferreiro, dito por Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Irmãos

Caminham junto a mim muitos homens.
Não os conheço. São-me estranhos.
Mas tu, que te encontras lá longe,
mais além dos desertos e dos lagos,
mais além das savanas e das ilhas,
como a um irmão te falo.
Se é tua a minha noite,
se choram os meus olhos o teu pranto,
se os nossos gritos são iguais,
como a um irmão te falo.
Ainda que as nossas palavras sejam diferentes,
e tu negro e eu branco,
se temos as feridas iguais,
como a um irmão te falo.
Por cima de todas as fronteiras,
por cima de muros e valados,
se os nossos sonhos são iguais,
como a um irmão te falo.
De comum temos a mesma pátria,
de comum a luta, ambos.
A minha mão te dou,
como a um irmão te falo.

Poema “Irmaus” de Celso Emilio Ferreiro.
Tradução de Carlos d’Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801402.us.archive.org/31/items/irmao/irmao.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Irmão``, poema de Celso Emilio Ferreiro" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||" css=".vc_custom_1585397686787{margin-top: -10px !important;}"][vc_wp_text]Celso Emilio Ferreiro (1912-1979)

Celso Emilio Ferreiro foi um escritor galego. Era de família remediada, camponesa e galeguista. Aos 22 anos, em 1934, fundou com José Velo Mosquera a Federação de Mocedades Galeguistas.
Quando estalou a guerra Celso Emílio foi obrigado a entrar no exército franquista. Esteve condenado a morte e, nas quatro noites que passou no cárcere até a família conseguir o indulto, escreveu o poema “Longa noite de pedra“, núcleo central do livro do mesmo título.[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

"Portwine", poema de Joaquim Namorado dito por Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_wp_text]"Portwine", poema de Joaquim Namorado

O Douro é um rio de vinho
que tem a foz em Liverpool e em Londres
e em Nova-York e no Rio e em Buenos Aires:
quando chega ao mar vai nos navios,
cria seus lodos em garrafeiras velhas,
desemboca nos clubes e nos bars.

O Douro é um rio de barcos
onde remam os barqueiros suas desgraças,
primeiro se afundam em terra as suas vidas
que no rio se afundam as barcaças.

Nas sobremesas finas, as garrafas
assemelham cristais cheios de rubis,
em Cape-Town, em Sidney, em Paris,
tem um sabor generoso e fino
o sangue que dos cais exportamos em barris.
As margens do Douro são penedos
fecundados de sangue e amarguras
onde cava o meu povo as vinhas
como quem abre as próprias sepulturas:
nos entrepostos dos cais, em armazéns,
comerciantes trocam por esterlinos
o vinho que é o sangue dos seus corpos,
moeda pobre que são os seus destinos.

Em Londres os lords e em Paris os snobs,
no Cabo e no Rio os fazendeiros ricos
acham no Porto um sabor divino,
mas a nós só nos sabe, só nos sabe,
à tristeza infinita de um destino.

O rio Douro é um rio de sangue,
por onde o sangue do meu povo corre.
Meu povo, liberta-te, liberta-te!,
Liberta-te, meu povo! – ou morre.[/vc_wp_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601504.us.archive.org/24/items/portwinefinal/portwinefinal.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" cover="2489" artistname="``Portwine``, poema de Joaquim Namorado dito por Carlos d'Abreu" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PDCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||" css=".vc_custom_1584805834128{margin-top: -15px !important;}"][vc_wp_text]Joaquim Namorado (1914-1986)

Joaquim Victorino Namorado nasceu em Alter do Chão, a 30 de Junho de 1914 e faleceu em Coimbra, a 29 de Dezembro de 1986. Antifascista militante e de elevada estatura intelectual, notabilizou-se como poeta e como militante anti-fascista.

Licenciado em Ciências Matemáticas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra viria, após o 25 de Abril de 1974, a ingressar no quadro de professores da secção de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia daquela universidade.

Foi um dos iniciadores e teóricos do movimento neo-realista em Portugal e colaborou nas revistas Seara Nova, Vértice, Sol Nascente, entre outras.[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

"O ofício do Poeta", poema de José Agustin Goytisolo

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]José Agustin Goytisolo
Poeta espanhol da geração dos anos 50, cujo trabalho se centrou na experiência individual e no seu compromisso social. Membro da chamada Escola de Barcelona, estudou nas universidades de Barcelona e Madrid, graduando-se em Direito. Irmão mais velho dos romancistas Luis Goytisolo e Juan Goytisolo , destacou-se especialmente como poeta, embora também tenha realizado importante trabalho como tradutor, além de escrever artigos sobre literatura e alguns contos. Seu trabalho foi extensivamente estudado por ensaístas e críticos literários.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801504.us.archive.org/28/items/oficiodopoeta/oficiodopoeta.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" cover="2489" artistname="``O ofício do Poeta``, poema de José Agustin Goytisolo" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" css=".vc_custom_1583602619505{margin-top: -15px !important;}" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][/vc_column][/vc_row]

Poema “A Sentença” (para una nueva cultura del agua)

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]É este o primeiro poemário, publicado, de Carlos d’Abreu (abreu@usal.es), raiano do Douro Transmontano (1961), circunstância que o levou ao iberismo (sem estado espanhol), com vivências em Angola (onde teria nascido não fora o início da luta armada anti-colonialista desviar-lhe a rota, mas ainda assim aí voltou e se criou), Brasil e Espanha.

Muito cedo se aproximou da Poesia e nela se foi exercitando, publicando aqui e ali em jornais, revistas e uma ou outra antologia (sendo alguns desses poemas aqui incluídos) sobretudo com o pseudónimo de Álvaro Diz, a que acrescentou “de Mazores” a partir da lei da RATA (que extinguiu a freguesia a que mais pertence).

Libertário por timbre, Geógrafo (USAL), Arqueólogo (UP) e Historiador (UPT) por formação, investigador por vocação (onde os territórios e patrimónios da Ibéria, da Raia e do Durius sobressaem), associativista e cultivador por devoção, amante da Poesia dita e escrita (sem que esta alguma vez o tivesse asseverado). Nunca foi examinado como poeta, aguarda por isso o veredicto da potestade poético-tribunícia.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601404.us.archive.org/4/items/sentencacarlosdabreunn/senten%C3%A7acarlosdabreuNN.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" cover="2489" artistname="Poema “A Sentença” (para una nueva cultura del agua)" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" css=".vc_custom_1583602619505{margin-top: -15px !important;}" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][/vc_column][/vc_row]

Fuga da Estufa, poema de Jesús Lizano dito por Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]"Fuga da estufa", poema de Jesús Lizano dito por Carlos d’Abreu. Jesús Lizano foi um poeta e um pensador libertário espanhol, ligado ao movimento anarquista. Defendeu o Misticismo Libertário que concebia a evolução a partir do mundo selvagem, onde convergem todos os animais excepto a espécie humana, que agora está estagnada no mundo político real, a caminho do mundo real poético .

Estudou filosofia e leccionou, onde foi alcunhado "Antiseñor Lizano" por garantir a aprovação de todos os alunos. Publicou periodicamente "A coluna poética e o poço político" na revista libertária Polémica publicada em Barcelona. Escreveu em jornais.A Sua poesia era oral, o que o levou a participar em numerosos recitais participativos e apaixonados, dos quais existem alguns testemunhos em vídeo que ele editou.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801404.us.archive.org/29/items/estufa/estufa.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="Fuga da Estufa" songname="Poema de Jesús Lizano dito por Carlos d’Abreu" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||" css=".vc_custom_1583602478221{margin-top: -10px !important;}"][/vc_column][/vc_row]

www.CodeNirvana.in

© Autorizada a utilização de conteúdos para pesquisa histórica Arquivo Velho do Noticias do Nordeste | TemaNN